Título original: Le concert
Realização: Radu Mihaileanu
Argumento: Radu Mihaileanu, Matthew Robbins e Alain-Michel Blanc Elenco: Aleksey Guskov, Mélanie Laurent e Dmitri Nazarov
Argumento: Radu Mihaileanu, Matthew Robbins e Alain-Michel Blanc
O Concerto é um filme de público, um filme com vontade de chamar as pessoas ao cinema e dar-lhes um largo leque de emoções.
De mantê-las cativadas em dois espectros de emoções convincentes mas diametralmente opostas.
Parte da farsa inicial que coloca uma banda de retirados e amadores a fazer as vezes do Bolshoï e termina na catárse musical apoteótica de um drama familiar de ressonâncias num passado político.
A grande ligação entre os dois pontos emocionais diametralmente opostos, e que é afinal a história traçada entre eles, são os personagens, caídos e caricatos, sempre a manterem o coração do espectador colado ao ecrã.
O embalo do filme para chegar do riso disparatado à emoção à flor da pele é o essencial mas não o que ele tem de melhor.
A transição do que o filme foi primeiro ao que o filme é no final não é pacífica porque a farsa cresce de tom - velhos sonhos de glória comunista e novos sonhos de emigração - mesmo quando tem de começar a entrançar-se no drama.
A ligação, mesmo que tematicamente seja coerente, não tem uma mão sensível para a comandar e equilibrar.
Isso importava bem mais se o filme não tocasse o público, se o filme não apelasse às emoções universais e fosse transversal ao proporcionar a todo o público uma boa parte daquilo que este deseja.
A crítica faz-se, ainda assim, porque é inevitável, mas seria insensível não reconhecer que o filme descontraidamente cumpre os seus propósitos.
De mantê-las cativadas em dois espectros de emoções convincentes mas diametralmente opostas.
Parte da farsa inicial que coloca uma banda de retirados e amadores a fazer as vezes do Bolshoï e termina na catárse musical apoteótica de um drama familiar de ressonâncias num passado político.
A grande ligação entre os dois pontos emocionais diametralmente opostos, e que é afinal a história traçada entre eles, são os personagens, caídos e caricatos, sempre a manterem o coração do espectador colado ao ecrã.
O embalo do filme para chegar do riso disparatado à emoção à flor da pele é o essencial mas não o que ele tem de melhor.
A transição do que o filme foi primeiro ao que o filme é no final não é pacífica porque a farsa cresce de tom - velhos sonhos de glória comunista e novos sonhos de emigração - mesmo quando tem de começar a entrançar-se no drama.
A ligação, mesmo que tematicamente seja coerente, não tem uma mão sensível para a comandar e equilibrar.
Isso importava bem mais se o filme não tocasse o público, se o filme não apelasse às emoções universais e fosse transversal ao proporcionar a todo o público uma boa parte daquilo que este deseja.
A crítica faz-se, ainda assim, porque é inevitável, mas seria insensível não reconhecer que o filme descontraidamente cumpre os seus propósitos.
Eu quando vi o filme gostei bastante mas depois de sair da sala de cinema comecei a pensar mais nele e nos seus pormenores e reparei que, de facto, continha diversos problemas... A introdução da vertente comunista e, tal como referido na crítica, a transição de estilos foram algo mal trabalhadas... O ponto forte é, sem duvida, a sequencia musical final: um misto de sensibilidade e força capaz de deixar o público emocionado... Uma nota justa para um filme que funciona melhor em partes do que no seu todo.
ResponderEliminar