Título original: Secrets & Lies
Realização: Mike Leigh
Argumento: Mike Leigh
Elenco: Timothy Spall, Brenda Blethyn e Phyllis Logan
Editora: Castello Lopes Multimedia
Segredos e Mentiras é um filme construído através dos seus actores, sustentado na criação permanente em vez de numa linha condutora pré-estabelecida.
Um método comum a Mike Leigh e que exige uma capacidade elevada de quem trabalha com o realizador.
Este é um filme de grupo e, por isso mesmo, não tem um elenco mas um verdadeiro ensemble em que todos os papeís têm, mais do que a mesma importância, a mesma qualidade.
Qualidade muito elevada, que dá vida mais do que verdadeira às personagens e ao argumento muito bem escrito.
E digo vida mais do que verdadeira pois esta é moldada pelo genuíno talento dos actores, com um ritmo de desenlace mais sedutor e mais surpreendente do que a vida costuma ter.
Os actores fazem o filme que não tem um argumento que se possa resumir pois a sua importância está na consciência e nos sentimentos que se geram na dinâmica falhada da profundamente disfuncional família.
Família que tanto gera risos como gera choros. A violência dos seus silêncios - muitos deles internos, tentando convencer-se a si próprios - chega a ser caricata, mas é realmente dura.
Há, provavelmente, uma lição social - a questão da raça, se nada mais - inserida no filme, mas inserida como se ninguém lhe ligasse nada.
Isso ajuda a que o que fica por revelar, motivo de muitos choros e dos silêncios que permanecem quando chega a cena final, verdadeira catárse de grupo, tenha um impacto sobre o espectador que permanece longamente, que sugere crimes e ódios mais medonhos do que aqueles que se perpetuavam entre aqueles elementos.
Toda a envolvência destas pessoas deixa-nos um pouco como coscuvilheiros convidados para uma existência demasiado convidativa para os nossos prazeres.
Somos falsamente convencidos que pertencemos à vida de uma família que não é nossa. Isso é o resultado mais extraordinário que um filme assim "esculpido".
Um método comum a Mike Leigh e que exige uma capacidade elevada de quem trabalha com o realizador.
Este é um filme de grupo e, por isso mesmo, não tem um elenco mas um verdadeiro ensemble em que todos os papeís têm, mais do que a mesma importância, a mesma qualidade.
Qualidade muito elevada, que dá vida mais do que verdadeira às personagens e ao argumento muito bem escrito.
E digo vida mais do que verdadeira pois esta é moldada pelo genuíno talento dos actores, com um ritmo de desenlace mais sedutor e mais surpreendente do que a vida costuma ter.
Os actores fazem o filme que não tem um argumento que se possa resumir pois a sua importância está na consciência e nos sentimentos que se geram na dinâmica falhada da profundamente disfuncional família.
Família que tanto gera risos como gera choros. A violência dos seus silêncios - muitos deles internos, tentando convencer-se a si próprios - chega a ser caricata, mas é realmente dura.
Há, provavelmente, uma lição social - a questão da raça, se nada mais - inserida no filme, mas inserida como se ninguém lhe ligasse nada.
Isso ajuda a que o que fica por revelar, motivo de muitos choros e dos silêncios que permanecem quando chega a cena final, verdadeira catárse de grupo, tenha um impacto sobre o espectador que permanece longamente, que sugere crimes e ódios mais medonhos do que aqueles que se perpetuavam entre aqueles elementos.
Toda a envolvência destas pessoas deixa-nos um pouco como coscuvilheiros convidados para uma existência demasiado convidativa para os nossos prazeres.
Somos falsamente convencidos que pertencemos à vida de uma família que não é nossa. Isso é o resultado mais extraordinário que um filme assim "esculpido".
Extras
Sem extras
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