Num dia em que a sessão da noite era constituída por filmes exibidos durante o pré-Fantas, dedicamos este dia aos filmes que foram exibidos no Grande Auditório durante a tarde.
Miyoko Asagaya kibun (2009), de Yoshifumi Tsubota
Miyoko poderia ser um bom filme, mas arrasta-se demasiado em contemplações estéticas para agarrar o espectador. Poder-se-ia dizer que é mais um ensaio artístico e delirante sobre a vida de Shinichi Abe, um pioneiro autor de manga que atravessa uma fase negra da sua vida. É um filme que não prende o espectador ao ecrã a não ser no próprio início, onde se intercalam imagens de manga e a vida real e onde se estabelece o mote do filme. Contudo, compreende-se o exagero e a melancolia da maior parte das cenas, agregando-se à fase esquizofrénica da vida do autor e ilustrando-a do ponto de vista de Abe e da devastação da sua vida pessoal e personalidade.
Eighteen Years Later (2010) de Edoardo Leo
É possível, e bastante provável que este filme não traga nada de novo ao cinema, já que no fundo é um repisar de filmes do género em que facilmente se adivinha o final. Mas a verdade é que este é um daqueles filmes em que, tal como no argumento, o que interessa é a viagem e não o destino. Edoardo Leo consegue com este seu filme trazer de novo a comédia europeia e um filme que, não sendo excelente, é um óptimo entretenimento.
Nas sessões da noite do Grande Auditório foram exibidos os filmes The Chameleon e I Saw The Devil que já tivemos oportunidade de visionar no pré-Fantas, podem ver as respectivas críticas na cobertura ao dia 3 e dia 1.
Nota: é lamentável o descuido a nível do desfasamento som/imagem do primeiro filme e da projecção do segundo, onde por mais do que uma vez a imagem esteve cortada pela metade durante mais tempo do que seria recomendável.
Incrível a capacidade dos italianos em fazerem boa comédia sem nunca "insultar" o espectador ao contrário da maior parte das milhentas que saem por ano de Hollywood.
ResponderEliminar"18 anni dopo" pode não ter um argumento nada de especial mas este também nunca cai no lamechas ou no irrisório e ainda oferece um apontamento interessante perto do final... O restante é o que os italianos melhor sabem fazer: colocar uma plateia inteira a rir o filme todo.