sábado, 5 de março de 2011

Fantasporto 2011: Dia 7 (Secção Competitiva)

Sexta-feira, o Rivoli encheu para as sessões de cinema do Grande Auditório, com vários géneros à mistura.

The Rite (2011), de Mikael Håfström

A produção de The Rite parece acreditar que para se fazer um bom filme basta um elenco reconhecido e uma história baseada em factos reais. Obviamente que rapidamente confirmamos que tal não é verdade. Depois de um bom trailer, o filme parecia fadado a ser algo diferente e um pouco mais original que os filmes do género. O mesmo aconteceu nos primeiros minutos de filme que davam a anteceder um filme bem realizado, com bons ângulos de câmara e uma história interessante. Depressa nos apercebemos que não e caímos numa sucessão de acontecimentos cliché, mais que batidos e gastos, com direito ainda a cenas rídiculas. Vale-lhe uma fotografia e realização cuidada e um elenco competente, mas não passa de um filme medíocre.

Splice (2009), de Vincenzo Natali

Depois de muita espera, Splice finalmente chega ao Fantasporto. Esteve anunciado no cartaz da edição do ano passado, mas acabou por ser retirado da programação, após pressão por parte da produtora do filme em criar uma antestreia cheia de medidas de segurança extraordinárias, a que a direcção do festival acabou por não ceder. Este ano, o Fantasporto acaba por adquirir o filme... mas a ZON Lusomundo trocou-lhes mais uma vez as voltas e estreia o filme nas salas de cinema portuguesas um dia antes de passar no festival. Adiante, Splice é um interessante filme que aborda os limites da ética na ciência, criando um ambiente de ficção-científica, com contornos de terror, do realizador de Cube (1997) e Nothing (2005), também já premiadas no festival. Porém o argumento simples acaba por se revelar pouco cuidado, enquanto a história - repleta de clichés - se desgasta à medida que o tempo passa, acabando por se tornar demasiado esquizofrénico. Mas os actores são competentes, assim como o conceito da história e todos os efeitos visuais que permeiam a história, especialmente na caracterização de Dren e meios envolventes. Uma pequena desilusão por comparação com a filmografia do cineasta, mas agradável.

6 comentários:

  1. E eu que tinha algumas esperanças no The Rite... Pronto, é para esquecer. :P

    ResponderEliminar
  2. Ainda só vi o Splice, não gostei muito, achei desinteressante e pouco inovador. Em relação ao The Rite, fiquei bastante curiosa com o trailer, mas por acaso parece-me mesmo aquele tipo de filmes em que a premissa é boa, só que depois falha miseravelmente na sua execução.

    Sarah
    http://depoisdocinema.blogspot.com

    ResponderEliminar
  3. Já vi o Splice e concordo contigo. Podiam ter aprofundado as questões éticas e morais.

    Abraço
    Frank and Hall's Stuff

    ResponderEliminar
  4. Ainda ouvi pessoas que gostaram e tiveram muito medo... eu achei estúpido, apenas. :P

    ResponderEliminar
  5. Não achei desinteressante, mas fica a dever um bocadinho ao conceito e ao realizador. Pois, pelo trailer gostei muito do The Rite... mas no filme, é isso mesmo.

    ResponderEliminar
  6. A primeira parte é muito boa, depois fica simplesmente insonso.

    ResponderEliminar