Com o objectivo de fomentar o intercâmbio cultural nos países de língua portuguesa, surgiu o FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa que ganha agora a sua segunda edição, que se inicia a 26 de Abril e termina a 01 de Maio, no Cinema São Jorge em Lisboa. Além da exibição de filmes está previsto ainda para o FESTin 2011, a realização de debates, workshops (Cinema de Animação e Os primeiros passos no cinema) e outras actividades paralelas.
Depois de o ano passado o país homenageado ser Moçambique - acabando ser o filme Terra Sonâmbula (2007), de Teresa Prata, a ganhar o grande prémio - esta segunda edição do festival é dedicada a Portugal. Haverá tempo para se homenagear o cineasta português Manoel de Oliveira - com a atribuição do seu nome à Sala 1 do Cinema S. Jorge e exibição de O Estranho Caso de Angélica - e também João Botelho - através de uma retrospectiva de quatro filmes escolhidos pelo realizador: Conversa Acabada (1982) que será o filme de encerramento do festival, Um Adeus Português (1986), Tempos Difíceis (1988) e Três Palmeiras (1994).
Este ano o filme de abertura será o documentário brasileiro Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim, que foi inclusive nomeado para o Óscar de Melhor Documentário. O filme terá estreia comercial em Portugal pela Midas Filmes a 28 de Abril, mas a sua antestreia decorrerá no FESTin com a presença do seu protagonista, o artista plástico Vik Muniz e e co-realizador João Jardim. Seguem-se alguns destaques para a programação do FESTin 2011:
Depois de o ano passado o país homenageado ser Moçambique - acabando ser o filme Terra Sonâmbula (2007), de Teresa Prata, a ganhar o grande prémio - esta segunda edição do festival é dedicada a Portugal. Haverá tempo para se homenagear o cineasta português Manoel de Oliveira - com a atribuição do seu nome à Sala 1 do Cinema S. Jorge e exibição de O Estranho Caso de Angélica - e também João Botelho - através de uma retrospectiva de quatro filmes escolhidos pelo realizador: Conversa Acabada (1982) que será o filme de encerramento do festival, Um Adeus Português (1986), Tempos Difíceis (1988) e Três Palmeiras (1994).
Este ano o filme de abertura será o documentário brasileiro Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim, que foi inclusive nomeado para o Óscar de Melhor Documentário. O filme terá estreia comercial em Portugal pela Midas Filmes a 28 de Abril, mas a sua antestreia decorrerá no FESTin com a presença do seu protagonista, o artista plástico Vik Muniz e e co-realizador João Jardim. Seguem-se alguns destaques para a programação do FESTin 2011:
Waste Land (2010), de Lucy Walker
Nomeado para o Óscar de Melhor Documentário, o filme venceu ainda o prémio do Público no Festival de Sundance 2010, o prémio do público na secção Panorama e prémio Amnistia Internacional ambos no Festival de Berlim 2010. Segue o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz e um grupo de pessoas que trabalham numa grande lixeira, o Jardim Gramacho no Rio de Janeiro. Com a sua ajuda criam arte através do lixo.
Também do Brasil e integrado na secção competitiva, Segurança Nacional é uma grande produção brasileira protagonizada por Thiago Lacerda e Milton Gonçalves sobre uma rede internacional de tráfico de drogas que ameaça a segurança do país, tendo o Presidente da República que accionar o serviço nacional de inteligência.
Estreado em Portugal o ano passado, Inimigo Sem Rosto é uma adaptação de Vicente Alves do Ó (Quinze Pontos na Alma) do livro da magistrada portuguesa Maria José Morgado e pelo jornalista José Vegar sobre fraude e corrupção em Portugal. O filme é um thriller policial em roda de três vigaristas com nomes de código - Feiticeiro, Albatroz e Turbo - e duas prostitutas, a quem confidenciam as suas vidas. O filme é protagonizado por José Wallenstein, Paulo Nery, António Melo, António Vitorino D'Almeida, São José Correia e Maria João Bastos.
Filmado sem quaisquer apoios financeiros, a não ser dos próprios actores, amigos do realizador, que aceitaram trabalhar sem receber nada, Um Funeral à Chuva fez uma carreira discreta mas de sucesso em Portugal. De uma forma despretensiosa, o filme centra-se num grupo de antigos amigos, estudantes da Universidade da Beira Interior, que voltam a reunir-se na Covilhã passados dez anos, por causa da morte de um deles. No Festival Caminhos do Cinema Português 2010, o filme venceu o prémio de Melhor Longa-Metragem, Prémio de Imprensa e Prémio do Público.
Estreado em Portugal o ano passado, Inimigo Sem Rosto é uma adaptação de Vicente Alves do Ó (Quinze Pontos na Alma) do livro da magistrada portuguesa Maria José Morgado e pelo jornalista José Vegar sobre fraude e corrupção em Portugal. O filme é um thriller policial em roda de três vigaristas com nomes de código - Feiticeiro, Albatroz e Turbo - e duas prostitutas, a quem confidenciam as suas vidas. O filme é protagonizado por José Wallenstein, Paulo Nery, António Melo, António Vitorino D'Almeida, São José Correia e Maria João Bastos.
Filmado sem quaisquer apoios financeiros, a não ser dos próprios actores, amigos do realizador, que aceitaram trabalhar sem receber nada, Um Funeral à Chuva fez uma carreira discreta mas de sucesso em Portugal. De uma forma despretensiosa, o filme centra-se num grupo de antigos amigos, estudantes da Universidade da Beira Interior, que voltam a reunir-se na Covilhã passados dez anos, por causa da morte de um deles. No Festival Caminhos do Cinema Português 2010, o filme venceu o prémio de Melhor Longa-Metragem, Prémio de Imprensa e Prémio do Público.
Documentário sobre o famoso Complexo do Alemão, o maior complexo de favelas da América Latina, no Rio de Janeiro, filmado do ponto de vista interno por dois irmãos portugueses que viveram 24 horas por dia, durante três anos, na favela. Estreado no DocLisboa 2010 e vencedor do Prémio Internacional de Direitos Humanos no Artivist Film Festival, o filme é realizado pelo português Mário Patrocínio.
Documentário que começa a sua visão sobre Luís Gonzaga, um tocador de sanfona (nome pelo qual o acordeão é conhecido no Brasil), mas que abre portas para as mais diversas regiões brasileiras onde a sanfona ganhou destaque e de onde surgiram os seus maiores intérpretes, criando um segmento de música regional no país.
Documentário que começa a sua visão sobre Luís Gonzaga, um tocador de sanfona (nome pelo qual o acordeão é conhecido no Brasil), mas que abre portas para as mais diversas regiões brasileiras onde a sanfona ganhou destaque e de onde surgiram os seus maiores intérpretes, criando um segmento de música regional no país.
Tchiloli - Identidade de um Povo (2010), de Felisberto Branco
Realizado pelo jornalista Felisberto Branco, o documentário fala sobre a encenação de uma peça de teatro, de nome Tchiloli, que data do século XVI e que se transformou na representação histórica de São Tomé e Príncipe. Escrita por Baltasar Dias, a peça é um longo espectáculo com cerca de quatro horas, baseado num crime cometido pelo príncipe, herdeiro da coroa do imperador francês Carlos Magno. O documentário regista esse espectáculo, através de danças e discursos, mas cria ao mesmo tempo analogias com a realidade cultural das ilhas de S. Tomé e Príncipe.
Hortas di Pobreza (2010), de Sara de Sousa Correia
O filme retrata uma comunidade rural de agricultores numa aldeia remota no sul de Guiné-Bissau, onde os seus habitantes vivem como pequenos produtores. De nome Pobreza, esta aldeia de etnia balanta, embora isolada numa remota península de sal, não vive alheia às dinâmicas económicas globais.
Conheça a programação completa do festival FESTin 2011 aqui.
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