Realização: Joe Johnston
Argumento: Christopher Markus e Stephen McFeely
Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Hayley Atwell, Tommy Lee Jones, Dominic Cooper, Stanley Tucci, Toby Jones e Richard Armitage
Argumento: Christopher Markus e Stephen McFeely
Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Hayley Atwell, Tommy Lee Jones, Dominic Cooper, Stanley Tucci, Toby Jones e Richard Armitage
Capitão América: O Primeiro Vingador proporciona a mesma sensação da leitura da banda desenhada - sobretudo tal como ela era na altura em que começou a ser publicada - como tem sido raro nos filmes que vêm preparando caminho para The Avengers.
Tem o benefício de se inserir num período em que tem de justificar menos ligações a uma modernidade realista e no qual a distinção entre heróis e vilões era mais evidente.
Daí vem uma maior liberdade que permite misturar, sem artíficios estranhos, o humor e a dureza.
Para Joe Johnston este parece mesmo ser o cenário ideal com o retorno aos filmes de aventuras com que se familiarizou. Desde logo com os nazis como oponentes da sua personagem principal tal como no que era o seu melhor filme até agora, The Rocketeer.
Como nesse filme - e nos Star Wars e Indiana Jones em que participou como responsável pelos efeitos visuais - ele pode explorar a aventura em vez da acção. E até visualmente consegue sublinhar a genealogia deste filme e acrescentar os traços dos filmes de guerra que estão embrenhados na memória cinéfila.
A inserção de elementos extraordinários no seio de um período histórico bem conhecido é um risco mas é também uma fonte de liberdade se considerarmos que o público terá uma aceitação do papel da imaginação em vez de uma exigência de plausabilidade mínima.
Dos poucos momentos em que surge é possível ver na Feira do Futuro os traços do que viria a ser a reinvenção aventurosa daquele período (pensemos num exemplo ainda recente, como Sky Captain and the World of Tomorrow).
E quando o uniforme colorido surge na frente de batalha, entre os soldados, dá um sentido de divertido destom que é plausível pela forma como foi construída a chegada a esse ponto.
São muitas comparações para um filme que acaba por valer por si mesmo à conta do empenho de Chris Evans e da secundarização de Tommy Lee Jones e Hugo Weaving. Qualquer um deles os dois não está a fazer mais do que já sabíamos que eram capazes, mas ainda o fazem bem.
São muitas comparações para um filme a que não se assinala nada sobremaneira original e que, mesmo assim, resulta em refrescar o tom do que está a contar.
O filme é sempre mais interessante quando se foca em Steve Rogers e não no Capitão América, ou pondo de outra forma, quando explora uns traços de construção de personagem e não tem de resolver a trama com as sequências de acção do último terço do filme. E isso também contribuiu para o apreço do filme.
E era desnecessário, por exemplo, incluir o interesse romântico para um personagem que acabaria por desaparecer por 60 anos. Como era desnecessário manter uma série de referências que só interessam a quem já era fã da BD.
Essas são as condições que se aceitam ao ir ver este género de filmes e das quais não se pode reclamar (demais). Até porque neste caso resultam, de maneira inesperada, em dar um pouco mais de sabor ao filme.
Tem o benefício de se inserir num período em que tem de justificar menos ligações a uma modernidade realista e no qual a distinção entre heróis e vilões era mais evidente.
Daí vem uma maior liberdade que permite misturar, sem artíficios estranhos, o humor e a dureza.
Para Joe Johnston este parece mesmo ser o cenário ideal com o retorno aos filmes de aventuras com que se familiarizou. Desde logo com os nazis como oponentes da sua personagem principal tal como no que era o seu melhor filme até agora, The Rocketeer.
Como nesse filme - e nos Star Wars e Indiana Jones em que participou como responsável pelos efeitos visuais - ele pode explorar a aventura em vez da acção. E até visualmente consegue sublinhar a genealogia deste filme e acrescentar os traços dos filmes de guerra que estão embrenhados na memória cinéfila.
A inserção de elementos extraordinários no seio de um período histórico bem conhecido é um risco mas é também uma fonte de liberdade se considerarmos que o público terá uma aceitação do papel da imaginação em vez de uma exigência de plausabilidade mínima.
Dos poucos momentos em que surge é possível ver na Feira do Futuro os traços do que viria a ser a reinvenção aventurosa daquele período (pensemos num exemplo ainda recente, como Sky Captain and the World of Tomorrow).
E quando o uniforme colorido surge na frente de batalha, entre os soldados, dá um sentido de divertido destom que é plausível pela forma como foi construída a chegada a esse ponto.
São muitas comparações para um filme que acaba por valer por si mesmo à conta do empenho de Chris Evans e da secundarização de Tommy Lee Jones e Hugo Weaving. Qualquer um deles os dois não está a fazer mais do que já sabíamos que eram capazes, mas ainda o fazem bem.
São muitas comparações para um filme a que não se assinala nada sobremaneira original e que, mesmo assim, resulta em refrescar o tom do que está a contar.
O filme é sempre mais interessante quando se foca em Steve Rogers e não no Capitão América, ou pondo de outra forma, quando explora uns traços de construção de personagem e não tem de resolver a trama com as sequências de acção do último terço do filme. E isso também contribuiu para o apreço do filme.
E era desnecessário, por exemplo, incluir o interesse romântico para um personagem que acabaria por desaparecer por 60 anos. Como era desnecessário manter uma série de referências que só interessam a quem já era fã da BD.
Essas são as condições que se aceitam ao ir ver este género de filmes e das quais não se pode reclamar (demais). Até porque neste caso resultam, de maneira inesperada, em dar um pouco mais de sabor ao filme.
Achei fraquinho esse filme...
ResponderEliminarO Falcão
Maltês