Título original: Green Lantern
Realização: Martin Campbell
Argumento: Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard e Mark Strong
Argumento: Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg
Elenco: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard e Mark Strong
Green Lantern segue o modelo de filmes de super-heróis à risca, do interesse romântico ao vilão preparado para a sequela, sem esquecer outro que precisa de aparecer e ser destruído em menos de hora e meia.
A composição dramática não é de esperar nestes filmes lançados em quantidade - mais pela Marvel, mas suspeita-se que a DC pretende seguir esse caminho excepto para os dois maiores personagens da casa - para ter sempre o universo presente na mente das pessoas e estas a pagarem o bilhete respectivo.
Com as sequelas quase sempre garantidas é estranho que a narrativa seja despachada em vez de ponderada a longo prazo.
No caso particular deste filme, o filme torna-se inconsistente, passando do humor desajeitado à seriedade foleira sem que percebamos bem como (ou quando).
A segunda parte, cheia daqueles discursos moralizantes, parece ainda mais ridículo do que normalmente vindo depois da versão que Ryan Reynolds faz do estilo de Will Smith em Men In Black.
Sendo que Reynolds não tem assim tanto talento para ser engraçado, também não ajuda que as tiradas auto-depreciativas não cheguem a ser caústicas ou humoradas.
Os argumentistas - já agora aproveito para sublinhar a coincidência de dois péssimos filmes estreados esta semana acumularem uma mão cheia deles e serem uma trapalhada - mostram que têm menos imaginação para o humor do que para a criação de oportunidade dos responsáveis pelos efeitos especiais mostrarem o seu melhor.
Para uma arma cujo único limite de poder é a imaginação, merecia que os argumentistas pensassem em algo melhor do que um combate com espadas ou uma metralhadora
Só no momento em que Hal Jordan está a receber as primeiras lições no planeta Oa é que vemos o anel a dar origem a um pequeno traço de inventividade matemática. O resto do tempo os limites do que consegue fazer são tão cinzentos como o próprio filme.
Uma imaginação cuja pobreza só fica evidenciada pelo desnecessário 3D. Com todo o Espaço por onde voar, com um planeta criado de raíz e com uma quantidade ilimitada de espécies alienígenas à disposição, o 3D não aparece. Nem mesmo para nos distrair com os velhos truques com que se vende este efeito.
Se a má notícia é que este filme vai ter uma sequela, a boa notícia é que Mark Strong vai poder voltar a interpretar um vilão com o talento que lhe reconhecemos e, provavelmente, ter mais tempo de ecrã.
E podemos sempre ter esperança que haja um filme dedicado à Tropa dos Lanternas Verdes, sem as restrições humanas do super-herói de serviço!
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