domingo, 11 de setembro de 2011

The Shrine, por Carlos Antunes


Título original: The Shrine
Realização: Jon Knautz
Argumento: Jon Knautz
Elenco: Aaron Ashmore, Cindy Sampson e Meghan Heffern

The Shrine vai em busca de inspiração em elementos alheios, de um tempo que terá sido melhor para o horro. Elementos bem escolhidos numa combinação da La maschera del demonio com The Fog e, até, um toque final de The Exorcist.
O problema é que o filme nada faz além de se inspirar nos elementos que vai buscar, circundando-os de forma previsível em mais um filme que envia um grupo de americanos para um país pouco evoluído nos limites mais distantes da Europa
O filme não investe nem um pouco em construir as suas personagens e, ainda mais grave, em construir uma mitologia para os elementos visualmente interessantes que apresenta.
É tudo vago, sendo despachada a realidade do que se passa naquela aldeia com um diálogo final que resume na perfeição a indiferença a que o filme sujeita a sua própria criação:
- Afinal o que é aquilo?
- Uma maldição.
Até mesmo o santuário que origina todos os eventos acaba por surgir apenas durante alguns segundos, tornando a escolha do título do filme tão aleatória quando outro qualquer detalhe serviria o mesmo propósito de nomear o filme acabado.
Isto cria uma espera demasiado longa e enfadonha - de tão inútil - por um final que, é inegável, está diversos furos acima do que veio antes.
Manter um ritmo tenso de ebulição lenta do medo é algo diferente de obrigar o espectador a atravessar mais de uma hora de filme falhado para ser parcialmente recompensado pelo final.
Olhando para os filmes que ainda me faltam ver no festival, não tenho medo em dizer que este é o pior filme apresentado, correctamente atirado para a espécie de limbo que é a sessão de início da tarde.



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