Terceiro dia de festival e o foco da noite esteve desta vez no Grande Auditório (o aconselhável Guilty of Romance no Pequeno Auditório fica para outra sessão) com The Theatre Bizarre e Eva.
The Theatre Bizarre (2011), de Douglas Buck, Buddy Giovinazzo, David Gregory, Karim Hussain, Tom Savini e Richard Stanley
Na verdade, esta antologia de histórias de terror que tenta assemelhar-se, em estrutura, a clássicos como Twilight Zone ou The Outer Limits. Claro que nem sequer chega a aproximar-se do seu nível visto que, apesar do factor bizarro funcionar a favor do filme nas cenas que servem como separadores entre histórias (nem que seja pelo ambiente e design de produção), a qualidade e género das curtas-metragens é tão díspar entre si que contribui para a falta de coesão do filme. Entre as seis histórias encontramos terror de série-B, horror comedy e até um pequeno melodrama com ambições ao sentido da vida e morte. Não algumas delas não funcionem por si mesmas, mas neste conjunto perdem a identidade e apenas tornam o filme numa mera estrutura em retalhos.
[The Theatre Bizarre voltará a ser exibido quinta-feira, 1 de Março, às 21h15, no Grande Auditório do Teatro Rivoli no Porto]
Produção espanhola de ficção-científica que vai buscar muitas das suas influências a A.I. Artificial Intelligence (2001), de Steven Spielberg. O filme tem na verdade uma história bastante previsível e pouco original, mas é construído de uma forma inteligente, deixando o espectador interessado no lado emocional da mesma, fazendo com que o resto deixe de ter tanta importância. Pontos positivos na acertada recriação futurista de 2041, longe de toda a parafernália tecnológica esperada, mas deixando-a bastante próxima da realidade actual e até com uns curiosos apontamentos vintage a nível de vestuário, assim como todo o brilhante trabalho nível de efeitos visuais. Com um elenco competente e seguro, destaca-se sobretudo o trabalho dinâmico da jovem estreante Claudia Vega e o veterano Lluís Homar. Na sua estreia nas longas-metragens, Kike Maíllo revela-se um realizador inteligente, competente e a ter debaixo de olho no futuro.
[Eva voltará a ser exibido quinta-feira, 1 de Março, às 23h15 e sábado, 3 de Março, às 15h, no Grande Auditório do Teatro Rivoli no Porto]
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