Argumento: Angelina Jolie
Elenco: Zana Marjanovic e Goran Kostic
A estreia de Angelina Jolie atrás das câmaras e a temática escolhida é absolutamente compreensível tendo em vistas as suas convicções pessoais e a sua ligação a actividades humanitárias. É por isso um interessante objecto de quase propaganda de uma causa que abraça pessoalmente tendo como base a Guerra da Bósnia, no inicio dos anos 90. Poder-se-ia esperar porém deste Na Terra de Sangue e Mel um filme mais consensual do que é na realidade, o que é positivo. Se há algo que podemos destacar nesta estreia é precisamente a forma como Angelina Jolie não cai na tendência de amenizar o produto final tendo em vista um resultado comercial: não se coíbe de mostrar um lado cru e chocante da história e utiliza (pelo menos nesta versão, já que tem duas editadas) actores locais que falam a língua bósnia e sérvia. Um factor elogioso e que em muito contribuem para um maior sentimento de veracidade em relação à história. Enquanto realizadora, Angelina Jolie procura planos de câmara interessantes, criando uma atmosfera poderosa e opressiva, de forma credível e por vezes violenta, complementada pela excelente fotografia do australiano Dean Semler (Dances with Wolves). E sabe sobretudo dirigir bem os actores que estão excelentes nas suas composições, com destaque para os fabulosos Zana Marjanovic e Goran Kostic.
É contudo na sua vertente como argumentista que perde força. A forma como mostra apenas um dos lados da guerra e a tendência na sua recta final de cair no tom melodramático e exageradamente romanceado. Por vezes é também divisivo na forma como quer retratar a narrativa que é, a espaços, arrastada e com diálogos excessivamente retóricos. No entanto, há sempre a destacar a intenção - limitada ou não - que adquire um forte tom humanitário sem pôr demasiado em causa o ponto de vista cinematográfico da história. Daí que grande parte da sua recepção negativa junto de alguma da crítica especializada se deverá ao estigma da actriz que tem ambições a realizadora e todo o historial ligado às causas humanitárias. É uma ideia negativa, a meu ver, já que Na Terra de Sangue e Mel, longe de ser um produto magnífico é, no mínimo, interessante.
A estreia de Angelina Jolie atrás das câmaras e a temática escolhida é absolutamente compreensível tendo em vistas as suas convicções pessoais e a sua ligação a actividades humanitárias. É por isso um interessante objecto de quase propaganda de uma causa que abraça pessoalmente tendo como base a Guerra da Bósnia, no inicio dos anos 90. Poder-se-ia esperar porém deste Na Terra de Sangue e Mel um filme mais consensual do que é na realidade, o que é positivo. Se há algo que podemos destacar nesta estreia é precisamente a forma como Angelina Jolie não cai na tendência de amenizar o produto final tendo em vista um resultado comercial: não se coíbe de mostrar um lado cru e chocante da história e utiliza (pelo menos nesta versão, já que tem duas editadas) actores locais que falam a língua bósnia e sérvia. Um factor elogioso e que em muito contribuem para um maior sentimento de veracidade em relação à história. Enquanto realizadora, Angelina Jolie procura planos de câmara interessantes, criando uma atmosfera poderosa e opressiva, de forma credível e por vezes violenta, complementada pela excelente fotografia do australiano Dean Semler (Dances with Wolves). E sabe sobretudo dirigir bem os actores que estão excelentes nas suas composições, com destaque para os fabulosos Zana Marjanovic e Goran Kostic.
É contudo na sua vertente como argumentista que perde força. A forma como mostra apenas um dos lados da guerra e a tendência na sua recta final de cair no tom melodramático e exageradamente romanceado. Por vezes é também divisivo na forma como quer retratar a narrativa que é, a espaços, arrastada e com diálogos excessivamente retóricos. No entanto, há sempre a destacar a intenção - limitada ou não - que adquire um forte tom humanitário sem pôr demasiado em causa o ponto de vista cinematográfico da história. Daí que grande parte da sua recepção negativa junto de alguma da crítica especializada se deverá ao estigma da actriz que tem ambições a realizadora e todo o historial ligado às causas humanitárias. É uma ideia negativa, a meu ver, já que Na Terra de Sangue e Mel, longe de ser um produto magnífico é, no mínimo, interessante.
Classificação:
É um filme extraordinario
ResponderEliminarQuem esteve na Bósnia uma semana consegue escrever um livro.
ResponderEliminarQuem esteve na Bósnia um mês talvez consiga escrever um artigo.
Quem esteve na Bósnia 6 ou mis meses não consegue escrever nada.
Tal como previu Huntington, está em curso uma guerra civilizacional. Os muçulmanos estão a fazer o mesmo que os cruzados fizeram faz centenas de anos, só que desta vez é de lá para cá. Para já já conquistaram diversas bolsas na europa. A Bósnia foi apenas um ensaio.
Finalmente uma critica mais compatível com a qualidade deste filme. Angelina nunca disse que queria fazer um fiel documentário imparcial deste conflito, A história neste filme é contada sob o ângulo de uma mulher bósnia e portanto há uma certa diabolização dos sérvios, mas que Angelina assegura a sua humanização em várias cenas através de Danijel e outros soldados. Eu gostei e aconselho.
ResponderEliminarO filme não chega a ser ruim, mas está muito longe de ser bom. Ele sensibiliza o espectador porém não explica nada sobre o conflito (causas, desenrolar) e a única mensagem q ele passa é que a onu não fez nada e mimimi. Além de que o romance dentro do filme ficou difícil de comprar e o conflito inteior ético do personagem principal (o coronel) ficou MUITO mal feito.
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