Realização: Flávio Pires
Argumento: Flávio Pires
Elenco: Flávio Pires e Arlete de Sousa
A cena inicial de Noite é desde logo interessante do ponto de vista tanto cinematográfico como plástico. Uma bela desconstrução do ambiente de um concerto heavy metal que parte para um caminho intrigante e que desde logo sabe como utilizar os seus poucos minutos iniciais para reter a atenção do espectador e subverter a sua tendência para o estereótipo e generalização. Embora a sua intenção narrativa não seja necessariamente original, parte de um bom conceito para uma concretização repleta de potencial. Se do ponto de vista conceptual este é visível, há também todo um excelente trabalho técnico a notar, desde logo a fantástica direcção de fotografia de Tiago Carvalho, crucial neste trabalho. O ritmo soturno e sombrio do trabalho, num magnífico jogo de luz e sombras, repleto de um silêncio intenso e quase incomodativo jogam com a teoria do filósofo Derrida que dizia que não existem factos, mas sim interpretações.
Noite tenta como que comprovar essa teoria, atribuindo-lhe ainda toda uma interessante carga humana protagonizada pelo improvável actor que traz ao conceito uma composição adequada e ponderada, carregada de peso dramático, bastante visível na sua expressão corporal e facial. Noite é a notável evolução do jovem Flávio Pires, desde Humanity? (2010) e Artur (2011), que reflecte um amadurecimento do seu trabalho e um potencial que merece ser explorado.
Argumento: Flávio Pires
Elenco: Flávio Pires e Arlete de Sousa
A cena inicial de Noite é desde logo interessante do ponto de vista tanto cinematográfico como plástico. Uma bela desconstrução do ambiente de um concerto heavy metal que parte para um caminho intrigante e que desde logo sabe como utilizar os seus poucos minutos iniciais para reter a atenção do espectador e subverter a sua tendência para o estereótipo e generalização. Embora a sua intenção narrativa não seja necessariamente original, parte de um bom conceito para uma concretização repleta de potencial. Se do ponto de vista conceptual este é visível, há também todo um excelente trabalho técnico a notar, desde logo a fantástica direcção de fotografia de Tiago Carvalho, crucial neste trabalho. O ritmo soturno e sombrio do trabalho, num magnífico jogo de luz e sombras, repleto de um silêncio intenso e quase incomodativo jogam com a teoria do filósofo Derrida que dizia que não existem factos, mas sim interpretações.
Noite tenta como que comprovar essa teoria, atribuindo-lhe ainda toda uma interessante carga humana protagonizada pelo improvável actor que traz ao conceito uma composição adequada e ponderada, carregada de peso dramático, bastante visível na sua expressão corporal e facial. Noite é a notável evolução do jovem Flávio Pires, desde Humanity? (2010) e Artur (2011), que reflecte um amadurecimento do seu trabalho e um potencial que merece ser explorado.
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