Realização: Jim Field Smith
Argumento: Jason A. Micallef
Elenco: Jennifer Garner, Yara Shahidi, Ty Burrell, Olivia Wilde, Hugh Jackman, Ashley Greene, Alicia Silverstone e Rob Corddry
Manteiga desperta logo à partida sentimentos de indiferença no espectador. Mesmo antes de o ver, talvez os mais exigentes olharão para ele como mais uma comédia desprovida de interesse, enquanto que os mais habituados às comédias dos grandes estúdios, vê-lo-ão como um filme aborrecido e sem grande piada. Na realidade, Manteiga fica assim no meio termo, entre um divertimento ligeiro e um humor mordaz, capaz de despertar simpatia. Um tipo de filme já raro no panorama das distribuidoras nacionais mas que é bem-vindo. A história vem da famosa black list (neste caso a de 2008), a lista dos melhores argumentos não-produzidos de Hollywood, e percebe-se o porquê dado o inusitado contexto. Na verdade, não significa que Jim Field Smith tenha conseguido que o filme fosse muito mais além da excêntrica curiosidade da história, mas o pretexto deste concurso de manteiga serve para uma sátira subversiva da região centro-oeste dos Estados Unidos. Se esta sátira nem sempre consegue superar o carácter cartoonesco, com laivos de comédia sexual (com alguns dos defeitos que o realizador já tinha revelado em She's Out of My League) e por vezes grosseira, também não é menos verdade que a dada altura o filme assume uma carácter emocional bem agradável e sempre bem suportada pelo excelente elenco.
Dentro da excentricidade da personagem, Jennifer Garner (uma das mais subaproveitadas actrizes da actualidade) regressa ao grande ecrã com uma interpretação competente e talvez o seu mais interessante protagonismo desde 13 Going on 30 (2004), naquela que pode ser vista ainda como uma sátira às eleições presidenciais de 2008 (Sarah Palin, alguém?). Ty Burrell, Olivia Wilde e Ashley Greene têm também os seus bons momentos - mas infelizmente o argumento nunca permite que cresçam. É porém, a jovem Yara Shahidi que se destaca, numa interpretação adorável, consistente e segura, capaz de rivalizar o protagonismo com Jennifer Garner.
Entre a comédia disparatada e excêntrica, Manteiga assume o seu melhor quando opta lado emocional junto com a comédia negra e sátira aos ideais americanos. Não é um grande filme, nem sei se o poderia ser, mas o facto de fazer rir o espectador sem despojar o argumento de inteligência e emoção já fez dele uma aposta segura e simpática.
Elenco: Jennifer Garner, Yara Shahidi, Ty Burrell, Olivia Wilde, Hugh Jackman, Ashley Greene, Alicia Silverstone e Rob Corddry
Manteiga desperta logo à partida sentimentos de indiferença no espectador. Mesmo antes de o ver, talvez os mais exigentes olharão para ele como mais uma comédia desprovida de interesse, enquanto que os mais habituados às comédias dos grandes estúdios, vê-lo-ão como um filme aborrecido e sem grande piada. Na realidade, Manteiga fica assim no meio termo, entre um divertimento ligeiro e um humor mordaz, capaz de despertar simpatia. Um tipo de filme já raro no panorama das distribuidoras nacionais mas que é bem-vindo. A história vem da famosa black list (neste caso a de 2008), a lista dos melhores argumentos não-produzidos de Hollywood, e percebe-se o porquê dado o inusitado contexto. Na verdade, não significa que Jim Field Smith tenha conseguido que o filme fosse muito mais além da excêntrica curiosidade da história, mas o pretexto deste concurso de manteiga serve para uma sátira subversiva da região centro-oeste dos Estados Unidos. Se esta sátira nem sempre consegue superar o carácter cartoonesco, com laivos de comédia sexual (com alguns dos defeitos que o realizador já tinha revelado em She's Out of My League) e por vezes grosseira, também não é menos verdade que a dada altura o filme assume uma carácter emocional bem agradável e sempre bem suportada pelo excelente elenco.
Dentro da excentricidade da personagem, Jennifer Garner (uma das mais subaproveitadas actrizes da actualidade) regressa ao grande ecrã com uma interpretação competente e talvez o seu mais interessante protagonismo desde 13 Going on 30 (2004), naquela que pode ser vista ainda como uma sátira às eleições presidenciais de 2008 (Sarah Palin, alguém?). Ty Burrell, Olivia Wilde e Ashley Greene têm também os seus bons momentos - mas infelizmente o argumento nunca permite que cresçam. É porém, a jovem Yara Shahidi que se destaca, numa interpretação adorável, consistente e segura, capaz de rivalizar o protagonismo com Jennifer Garner.
Entre a comédia disparatada e excêntrica, Manteiga assume o seu melhor quando opta lado emocional junto com a comédia negra e sátira aos ideais americanos. Não é um grande filme, nem sei se o poderia ser, mas o facto de fazer rir o espectador sem despojar o argumento de inteligência e emoção já fez dele uma aposta segura e simpática.
Classificação:
Partilho da mesma opinião e principalmente revejo-me nesta frase:
ResponderEliminar" Dentro da excentricidade da personagem, Jennifer Garner (uma das mais subaproveitadas actrizes da actualidade) ". Espero que sempre se apresente na adaptação de Back Roads.