Realização: Rob Cohen
Argumento: Marc Moss e Kerry Williamson
Elenco: Tyler Perry, Matthew Fox, Rachel Nichols, Edward Burns, Jean Reno, Carmen Ejogo e Cicely Tyson
Não invalidando a qualidade do material de origem (a saga Alex Cross, de James Patterson, é uma das mais vendidas em todo o mundo e conta já com dezoito volumes), a adaptação cinematográfica do décimo segundo capítulo da saga não soube aproveitar as potencialidades do género. Embora não sendo também de elevada qualidade, os dois anteriores filmes sobre o detective - Kiss the Girls (1997) e Along Came a Spider (2001) - faziam-se valer pelo menos do carisma de Morgan Freeman no protagonismo e alguma coerência a nível narrativo. Numa tentativa de fazer um reboot à saga, Eu, Alex Cross perde em todas as facetas: de uma realização desinspirada de Rob Cohen, a um argumento incoerente e insonso de Marc Moss e Kerry Williamson, até um protagonista (Tyler Perry) sem qualquer qualidade interpretativa, estamos perante aquele que se avizinha desde já como um dos piores filmes que tiveram a (infeliz) oportunidade de estrear em Portugal este ano.
Reunindo todas as características genéricas de um típico thriller de acção (desde explosões, combates, tiroteios, um vilão misterioso e extremista e um protagonista dividido entre a moral e a vingança), Alex Cross apresenta um argumento tão raso e linear que, sendo totalmente previsível, roça o completamente desinteressante e aborrecido. Rob Cohen, conhecido pela sua acção sem limites, também surge aqui suavizado por uma ridícula e melodramática história que mesmo assim poderia ser contornada Tyler Perry - um grande erro de casting - caso este não apresentasse tão severas limitações no seu trabalho de actor. Enquanto que o Alex Cross de Morgan Freeman apresentava uma perspectiva mais humana e ponderada da personagem, Tyler Perry cria uma impressão unicamente motivada pela acção, a apelar a um púbico não-exigente, sem qualquer carisma ou confiança, numa tentativa aproximada de um registo antigo de anti-herói rígido. Matthew Fox não convence também neste papel de vilão quase indestrutível, motivado para a destruição e vingança, numa performance repleta de esteróides, mas sem qualquer personalidade já que a transformação física não é acompanhada por carga psicológica, essencial para o processo. Cicely Tyson ainda tenta esbanjar algum talento, mas a sua personagem é tão tristemente subaproveitada que não chega para libertar este Eu, Alex Cross como produto irrisório, irrelevante e incompetente.
Não invalidando a qualidade do material de origem (a saga Alex Cross, de James Patterson, é uma das mais vendidas em todo o mundo e conta já com dezoito volumes), a adaptação cinematográfica do décimo segundo capítulo da saga não soube aproveitar as potencialidades do género. Embora não sendo também de elevada qualidade, os dois anteriores filmes sobre o detective - Kiss the Girls (1997) e Along Came a Spider (2001) - faziam-se valer pelo menos do carisma de Morgan Freeman no protagonismo e alguma coerência a nível narrativo. Numa tentativa de fazer um reboot à saga, Eu, Alex Cross perde em todas as facetas: de uma realização desinspirada de Rob Cohen, a um argumento incoerente e insonso de Marc Moss e Kerry Williamson, até um protagonista (Tyler Perry) sem qualquer qualidade interpretativa, estamos perante aquele que se avizinha desde já como um dos piores filmes que tiveram a (infeliz) oportunidade de estrear em Portugal este ano.
Reunindo todas as características genéricas de um típico thriller de acção (desde explosões, combates, tiroteios, um vilão misterioso e extremista e um protagonista dividido entre a moral e a vingança), Alex Cross apresenta um argumento tão raso e linear que, sendo totalmente previsível, roça o completamente desinteressante e aborrecido. Rob Cohen, conhecido pela sua acção sem limites, também surge aqui suavizado por uma ridícula e melodramática história que mesmo assim poderia ser contornada Tyler Perry - um grande erro de casting - caso este não apresentasse tão severas limitações no seu trabalho de actor. Enquanto que o Alex Cross de Morgan Freeman apresentava uma perspectiva mais humana e ponderada da personagem, Tyler Perry cria uma impressão unicamente motivada pela acção, a apelar a um púbico não-exigente, sem qualquer carisma ou confiança, numa tentativa aproximada de um registo antigo de anti-herói rígido. Matthew Fox não convence também neste papel de vilão quase indestrutível, motivado para a destruição e vingança, numa performance repleta de esteróides, mas sem qualquer personalidade já que a transformação física não é acompanhada por carga psicológica, essencial para o processo. Cicely Tyson ainda tenta esbanjar algum talento, mas a sua personagem é tão tristemente subaproveitada que não chega para libertar este Eu, Alex Cross como produto irrisório, irrelevante e incompetente.
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