Argumento: Wayne Thornley, Andrew Cook, Raffaella Delle Donne e Anthony Silverston
Elenco de vozes: Francisco Areosa, Patrícia Bull, Vítor de Sousa, Manuel Marques, Inês Castel-Branco, Pedro Granger e Zé Diogo Quintela
Apesar do aumento em número de produções de animação, é raro elas chegarem ao circuito comercial do nosso país fora do habitual eixo Dreamworks, Pixar, Disney e até Blue Sky. Daí que a estreia de Zambézia deva ser assinalada no nosso país por esse e por mais dois motivos: marca o início de uma nova distribuidora de cinema (Outsider Pictures) e chega pelas mãos da recém-formada produtora Triggerfish Animation, oriunda da África do Sul (e que tem já um novo filme previsto para 2013). Porém nem tudo é motivo de destaque já que, se poderíamos esperar alguma frescura neste trabalho, isso acabou por não acontecer. Comecemos pela parte óbvia: o orçamento reduzido em comparação com os fundos quase ilimitados de outras produtoras, é notoriamente visível na qualidade da animação. Mas não vale a pena ser demasiado duro já que este é, apesar de tudo, um trabalho de enorme qualidade, colorido e bem dinâmico, apenas não tão detalhado como já nos habituámos em trabalhos semelhantes que envolvam computação gráfica. Parece que falta uma última camada de detalhe que permitisse um visual elaborado, mas que não é impeditivo de ser visto como uma produção elogiável.
Se existe algum problema em Zambézia não tem nada que ver com o seu trabalho técnico. O ponto negativo está relacionado precisamente com a sua narrativa já que, ao invés de aproveitar para ser inovador, compensando assim o tal défice a nível orçamental, apenas tenta emular grande parte das produções mainstream, com uma história bastante linear e acima de tudo, já demasiadamente familiar para o espectador. Embora a fórmula "crise familiar" seja tradicionalmente conhecida por resultar junto do público dos filmes de animação é também bastante gasta. As personagens são bastante lineares e rasas, assim como a história que não as privilegia e apesar do bom trabalho do elenco em fornecer-lhes as vozes, não é suficiente para salvar o argumento que tenta demasiadas vezes ser engraçado, sem o conseguir. E mesmo sendo apelativo a um público mais infantil, a verdade é que mesmo esses notarão a falta de personagens e histórias memoráveis. Não é um contudo um filme totalmente descartável, sendo colorido, agradável e apesar de tudo que merece ser notado face à disposição de tentar encontrar lugar num mercado competitivo. Espera-se com expectativa os seus novos trabalhos.
Apesar do aumento em número de produções de animação, é raro elas chegarem ao circuito comercial do nosso país fora do habitual eixo Dreamworks, Pixar, Disney e até Blue Sky. Daí que a estreia de Zambézia deva ser assinalada no nosso país por esse e por mais dois motivos: marca o início de uma nova distribuidora de cinema (Outsider Pictures) e chega pelas mãos da recém-formada produtora Triggerfish Animation, oriunda da África do Sul (e que tem já um novo filme previsto para 2013). Porém nem tudo é motivo de destaque já que, se poderíamos esperar alguma frescura neste trabalho, isso acabou por não acontecer. Comecemos pela parte óbvia: o orçamento reduzido em comparação com os fundos quase ilimitados de outras produtoras, é notoriamente visível na qualidade da animação. Mas não vale a pena ser demasiado duro já que este é, apesar de tudo, um trabalho de enorme qualidade, colorido e bem dinâmico, apenas não tão detalhado como já nos habituámos em trabalhos semelhantes que envolvam computação gráfica. Parece que falta uma última camada de detalhe que permitisse um visual elaborado, mas que não é impeditivo de ser visto como uma produção elogiável.
Se existe algum problema em Zambézia não tem nada que ver com o seu trabalho técnico. O ponto negativo está relacionado precisamente com a sua narrativa já que, ao invés de aproveitar para ser inovador, compensando assim o tal défice a nível orçamental, apenas tenta emular grande parte das produções mainstream, com uma história bastante linear e acima de tudo, já demasiadamente familiar para o espectador. Embora a fórmula "crise familiar" seja tradicionalmente conhecida por resultar junto do público dos filmes de animação é também bastante gasta. As personagens são bastante lineares e rasas, assim como a história que não as privilegia e apesar do bom trabalho do elenco em fornecer-lhes as vozes, não é suficiente para salvar o argumento que tenta demasiadas vezes ser engraçado, sem o conseguir. E mesmo sendo apelativo a um público mais infantil, a verdade é que mesmo esses notarão a falta de personagens e histórias memoráveis. Não é um contudo um filme totalmente descartável, sendo colorido, agradável e apesar de tudo que merece ser notado face à disposição de tentar encontrar lugar num mercado competitivo. Espera-se com expectativa os seus novos trabalhos.
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