Realização: Lasse Hallström
Argumento: Leslie Bohem e Dana Stevens
Elenco: Julianne Hough, Josh Duhamel, Cobie Smulders e David Lyons
Das inúmeras adaptações de romances de Nicholas Sparks que chegam aos cinemas (já se contam pelo menos oito e algumas em breve iniciarão a sua produção), convenhamos que raras vezes o resultado foi algo acima do medíocre. Do óbvio interesse e agrado que poderão ser para muito do grande público (ou não seria ele um dos autores que mais vende livros a nível mundial), a verdade é que de valor cinematográfico poderemos enumerar talvez um The Notebook (2004), como o melhor desse mundo melodramático e romanceado. O cineasta sueco Lasse Hallström pega pela segunda vez num trabalho do autor (o anterior foi em 2010, com Dear John) e traz-nos desta vez um filme que é, sejamos francos, menos lamechas que outros do género, mas que claudica precisamente perante essa tentativa de fazer algo diferente. Embora rodeando-se dos clichés do género romântico (porém pouco consegue emocionar a esse nível e nem o tão aguardado beijo é algo memorável - como o de The Notebook), grande parte da estrutura narrativa é desenvolvida como um policial de acção, com um mistério que ocupa grande parte da trama central. Não é porém devido isso que, mesmo quando tenta circundar esse género, evita os lugares-comuns e uma narrativa previsível e por vezes até descabida.
Apesar do elenco não ser de todo descartável, também não consegue convencer. Especialmente porque a química entre o par protagonista (os actores Julianne Hough e Josh Duhamel) é bastante fraca; com talvez apenas David Lyons a conseguir trabalhar suficientemente bem a sua personagem, dentro daquilo que o argumento lhe permite. Mas o pior é que a trama mesmo quando tenta surpreender, fá-lo de forma oca e sem sentido, seguindo um caminho meio sobrenatural, que se torna previsível e exaustivo. O ângulo da intriga policial nunca é suficiente para tirar o filme do marasmo que é, na realidade. E quando nem convence como melodrama açucarado (aquilo que afinal se esperam das adaptações ao cinema de Nicholas Sparks), nem como o género mais virado para a acção que tenta também ser, acabamos por concluir que apesar dos esforços, este Um Refúgio Para a Vida culmina num trabalho insosso e previsível, que até aos fãs do género poderá certamente desiludir.
Das inúmeras adaptações de romances de Nicholas Sparks que chegam aos cinemas (já se contam pelo menos oito e algumas em breve iniciarão a sua produção), convenhamos que raras vezes o resultado foi algo acima do medíocre. Do óbvio interesse e agrado que poderão ser para muito do grande público (ou não seria ele um dos autores que mais vende livros a nível mundial), a verdade é que de valor cinematográfico poderemos enumerar talvez um The Notebook (2004), como o melhor desse mundo melodramático e romanceado. O cineasta sueco Lasse Hallström pega pela segunda vez num trabalho do autor (o anterior foi em 2010, com Dear John) e traz-nos desta vez um filme que é, sejamos francos, menos lamechas que outros do género, mas que claudica precisamente perante essa tentativa de fazer algo diferente. Embora rodeando-se dos clichés do género romântico (porém pouco consegue emocionar a esse nível e nem o tão aguardado beijo é algo memorável - como o de The Notebook), grande parte da estrutura narrativa é desenvolvida como um policial de acção, com um mistério que ocupa grande parte da trama central. Não é porém devido isso que, mesmo quando tenta circundar esse género, evita os lugares-comuns e uma narrativa previsível e por vezes até descabida.
Apesar do elenco não ser de todo descartável, também não consegue convencer. Especialmente porque a química entre o par protagonista (os actores Julianne Hough e Josh Duhamel) é bastante fraca; com talvez apenas David Lyons a conseguir trabalhar suficientemente bem a sua personagem, dentro daquilo que o argumento lhe permite. Mas o pior é que a trama mesmo quando tenta surpreender, fá-lo de forma oca e sem sentido, seguindo um caminho meio sobrenatural, que se torna previsível e exaustivo. O ângulo da intriga policial nunca é suficiente para tirar o filme do marasmo que é, na realidade. E quando nem convence como melodrama açucarado (aquilo que afinal se esperam das adaptações ao cinema de Nicholas Sparks), nem como o género mais virado para a acção que tenta também ser, acabamos por concluir que apesar dos esforços, este Um Refúgio Para a Vida culmina num trabalho insosso e previsível, que até aos fãs do género poderá certamente desiludir.
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