Dia 9 de Julho, pode contar com as seguintes estreias numa sala de cinema perto de si:
Destaques:
Preso pela primeira vez em Julho de 2009, Jafar Panahi teve o passaporte apreendido e foi proibido de sair do Irão. Preso novamente em Março de 2010, ficou encarcerado em Evin, Teerão, até finais de Maio, saindo sob uma fiança de 145 mil euros; em Dezembro desse mesmo ano, foi condenado a seis anos de prisão e vinte anos de proibição de filmar ou de sair do país por, alegadamente, fazer “filmes críticos do regime”. Agora, neste falso documentário que decide fazer apesar das restrições legais que lhe foram impostas, Jafar Panahi instala uma câmara dentro de um táxi e segue pelas ruas de Teerão. À medida que vai encontrando clientes e os conduz ao destino, vai encetando conversa. Os assuntos abordados vão criando uma espécie de mosaico da sociedade iraniana e abrangem vários temas, desde a política nacional, os costumes locais ou mesmo a liberdade de expressão no Cinema. Estreado no Festival de Cinema de Berlim em Fevereiro de 2015, “Taxi” recebeu o Urso de Ouro e o prémio Fipresci (atribuído pela Federação Internacional de Críticos de Cinema). Na ausência do realizador em Berlim, impedido de sair do Irão, foi a sobrinha (que também aparece no filme) quem subiu ao palco, emocionada, perante a distinção oferecida a Jafar Panahi.
Outras sugestões:
Isabel e Miguel são jovens e têm a vida pela frente. Um dia conhecem-se numa aula de condução e tornam-se amigos. O que a princípio não passava de uma amizade como qualquer outra, depressa se transforma num amor profundo. Inseparáveis durante todo aquele Verão, eles vivem cada momento como se fosse o único. Cada dia se sentem mais próximos e parece que nada os poderá separar. Porém, com a chegada do Outono, tudo se altera… Com realização e argumento de Adriano Mendes (que também protagoniza, ao lado de Anabela Caetano) e produção de Rui Mendes, um filme dramático sobre as dores do crescimento e a iniciação à idade adulta. Na edição de 2014 do IndieLisboa “O Primeiro Verão” recebeu o Prémio TAP - Melhor Longa-metragem Portuguesa de Ficção e o Prémio Restart - Melhor Filme da Secção Novíssimos.
França, 1957. Albertine Amiens, uma jovem de 19 anos, salta o muro da prisão onde cumpria uma pena de sete anos e foge. Ao cair, faz uma fractura no astrágalo, um dos ossos do pé. Ferida e perdida no meio do nada, é encontrada por Julien, um pequeno criminoso, que a leva para casa e a ajuda a recuperar. Entre os dois nasce assim um amor inesperado. Enquanto ele faz alguns biscates para sobreviver, ela tenta manter-se longe dos olhares alheios. Sozinha e procurada pela polícia, Albertine vai vivendo de esconderijo em esconderijo, num esforço de se manter a salvo. Para suportar a dolorosa ausência do seu amante, que vê cada vez menos, dedica-se à escrita… Com assinatura da actriz e realizadora Brigitte Sy (“Les Mains Libres”) e argumento de Serge Le Péron, um filme dramático que se inspira na novela autobiográfica da escritora argelina Albertine Sarrazin (1937-1967). O elenco conta com os actores Leïla Bekhti, Reda Kateb e Esther Garrel (filha da realizadora com Philippe Garrel), entre outros.
Realização: João Pedro Plácido
Género: Documentário
Uz é uma pequena aldeia minhota de casas em pedra e onde ainda se podem ver construções cobertas com telhados de colmo. Depois de quase toda a população ter emigrado, restaram apenas 49 habitantes, que ainda hoje subsistem da agricultura e da pastorícia. Entre a recordação do passado e a esperança no futuro, este filme-documento mostra como seguem as vidas destas pessoas durante as quatro estações de um ano. Entre os habitantes de Uz encontramos António, um emigrante que realizou o sonho de voltar às origens e que se dedica a preparar a festa da aldeia para o Verão, e Daniel, um pastor que anseia encontrar o amor da sua vida. Com realização de João Pedro Plácido, segundo um argumento seu em parceria com Laurence Ferreira Barbosa, um filme que homenageia a aldeia dos avós de Plácido e onde se celebra aquilo que considera ser “a simbiose do Homem com a Natureza”. O filme recebeu o Prémio Liscont e o Prémio Escolas/IADE para Melhor Longa-Metragem da Competição Portuguesa no Doclisboa’14, e já passou pelo Visions du Réel (Suíça) e Trento IFF (Itália), onde venceu a Gentiana de Prata para Melhor Contribuição Técnica e Artística.
Argumento: Juliette Towhidi
Inglaterra, 1914. Vera Brittain é uma jovem inteligente e de espírito livre que anseia ingressar na Universidade de Oxford. Contra os preconceitos de uma sociedade profundamente conservadora, ela está determinada a tornar-se escritora e dar livre curso à sua imaginação. Apesar de incompreendida pelos progenitores, Vera é encorajada pelo irmão e pelo melhor amigo dele, o brilhante Roland Leighton, que está apaixonado por ela e que partilha o sonho de um dia se tornar escritor. Mas os sonhos de Vera de ir para a universidade com Roland terminam com o declarar da Primeira Grande Guerra, que reclama a participação de todos. Assim, enquanto ele se alista no exército, ela voluntaria-se como enfermeira. Mas à medida que a rapariga se vai aproximando da frente de combate e deparando com as maiores atrocidades, vai-se dando conta do quanto a dor e o sofrimento são inúteis… Com realização de James Kent, uma história de amor em tempo de guerra que se baseia no livro de memórias de Vera Brittain (1893-1970).
Séc. XIX. Jay Cavendish é um jovem escocês de 16 anos que chega ao Colorado (EUA) determinado a encontrar Rose, a rapariga por quem está apaixonado. Ela foi obrigada a abandonar a Escócia quando o pai se viu injustamente acusado de um crime. Quando o rapaz se apercebe que a lei que impera no Oeste é a do mais forte e que sozinho não sobreviverá muito tempo, decide associar-se a Silas, um misterioso viajante que, em troca de uma determinada quantia de dólares, concorda em protegê-lo. Mas a demanda de Jay pela sua amada será marcada por traições, levando-o a perceber que, ao contrário do que sempre imaginou, o “país das oportunidades” é, acima de tudo, um país onde não existem escrúpulos ou piedade… Com argumento e realização do estreante John Maclean, um western que conta com Kodi Smit-McPhee, Michael Fassbender, Ben Mendelsohn e Caren Pistorius nos papéis principais. “A Caminho do Oeste” foi o vencedor do Prémio do Júri no Festival de Cinema de Sundance (EUA).
Barely Lethal: Missão Adolescência (Barely Lethal)
Ano: 2015
Realização: Kyle Newman
Argumento: John D'Arco
Megan Walsh nunca conheceu os pais. Órfã desde muito pequena, cresceu em Prescott, uma escola especial para crianças desamparadas. As raparigas da academia são treinadas, praticamente desde o seu nascimento para serem assassinas. Lá, para além do ensino tradicional, Megan recebeu também um treino intensivo em artes marciais e técnicas de autodefesa. Hoje, já com 16 anos, está prestes a ser membro de um grupo restrito de jovens agentes do governo dos EUA. Mas quando é enviada para o “terreno”, ela dá-se conta do que perdeu na sua vida de reclusão. Tudo o que agora deseja é ser uma rapariga igual às outras. Assim, determinada a encontrar o seu lugar no mundo, encena a sua própria morte e desaparece sem deixar rasto. Depois, com uma nova identidade, inscreve-se como aluna de intercâmbio numa escola pública. Tudo parece correr melhor do que o previsto e Megan começa a sentir-se quase feliz ao deparar-se com os problemas normais da adolescência. Mas tudo muda de figura quando um vídeo seu vai parar ao canal Youtube e é descoberto por Hardman, o seu antigo mentor em Prescott… Um filme de acção e aventura direccionado para o público mais jovem que conta com a realização de Kyle Newman (“Loucos e Fãs”) segundo um argumento original de John D'Arco. Hailee Steinfeld, Samuel L. Jackson, Sophie Turner, Dove Cameron e Jessica Alba dão vida às personagens principais.
Argumento: Lee Croudy
Género: Animação
Nascido e criado na selva, o leão Max possui dentro de si a coragem, o instinto e a impulsividade dos grandes leões africanos. Com um coração enorme e uma inabalável crença na amizade, todos sabem que podem contar com ele nas situações mais difíceis. Depois de ter enfrentado o vilão Sombra e restaurado a paz na Terra, encontramo-lo agora envolvido numa contenda entre uma empresa de minérios – que planeia a invadir Atlantos e explorar materiais preciosos do fundo do mar – e Kain, o implacável General do Conselho dos Tubarões. Com o poder da lendária Pérola da Destruição em sua posse, Kain reúne o seu exército de tubarões para atacar todos os que ameaçam o seu reino. Com o mundo marítimo e o terrestre à beira do confronto, Max une-se aos seus amigos de modo a recuperar a paz e o equilíbrio entre as partes. Mas, para que isso seja possível, terão de encontrar a Pérola da Criação, a única que tem o poder de combater o poder da destruição… Com realização de Lee Croudy, é a terceira adaptação ao grande ecrã da personagem da marca de gelados Olá, depois de "Max e os Dinossauros" (2012) e de "Max Magilika" (2014), ambos assinados por Nickson Fong. Na versão dobrada em português, as personagens contam com as vozes de Romeu Vala, Diana Chaves, Erika Mota e Rui Luís Brás, entre outros.
Sinopses: Cinecartaz Público
"Barely Lethal - Missão Adolescência": 3*
ResponderEliminar"Barely Lethal - Missão Adolescência" é um filme engraçado e divertiu-me, recomendo que o vejam.
"Barely Lethal" tem uma história interessante e gostei do seu enredo, contudo tem algumas falhas.
Cumprimentos, Frederico Daniel.