O filme Cartas da Guerra é o representante oficial de Portugal na categoria de Melhor Filme Estrangeiro nos Oscars 2017 e na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano nos prémios Goya. A decisão foi feita pela Academia Portuguesa de Cinema, que o ano passado tinha escolhido As Mil e Uma Noites: Volume 2, O Desolado. A produção foi escolhida em detrimento de Montanha, Cinzento e Negro e Amor Impossível, numa votação que foi pela primeira vez extensível a todos os membros inscritos na academia.
Cartas da Guerra é um filme de Ivo M. Ferreira, protagonizado por Miguel Nunes e Margarida Vila-Nova, que adapta as cartas que o escritor português António Lobo Antunes escreveu à mulher, enquanto servia como médico na Guerra Colonial. O filme estreou no Festival de Berlim onde competiu pelo Urso de Ouro, foi um dos finalistas do prémio LUX 2015 e figura na pré-lista para os prémios da Academia Europeia de Cinema. Encontra-se em exibição nos cinemas portugueses onde já foi visto por cerca de 12 mil espectadores.
No caso dos Goya, os mais famosos prémios de cinema espanhol, a categoria de Melhor Filme Ibero-Americano premeia a melhor longa-metragem produzida em qualquer país da comunidade ibero-americana, cujos diálogos-base sejam na língua oficial dos países integrantes. Em 2008, o tema "Fado da Saudade", do português Carlos do Carmo, venceu o prémio Goya para Melhor Canção Original. Fados esteve nomeado na categoria de Melhor Documentário.
Para os Oscars, cada país pode apenas submeter um filme para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Portugal já submeteu trinta e duas candidaturas oficiais desde 1980 sem nunca ter conseguido qualquer nomeação. Este ano o nosso representante compete por uma vaga entre filmes como Toni Erdmann (Alemanha), Julieta (Espanha) ou Sieranevada (Roménia).
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