sexta-feira, 28 de outubro de 2016
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Bem-Vindos... Mas Não Muito, por Carlos Antunes
Título original: Le grand partage
Realização: Alexandra Leclère
Argumento: Alexandra Leclère
Elenco: Karin Viard, Didier Bourdon, Valérie Bonneton
Aceita-se que a comédia parta de um pressuposto mal engendrado quando quer ser crítica da sociedade contemporânea. O problema está em que nem com a quebra das regras de lógica política Bem-Vindos... Mas Não Muito consegue ter algo a dizer.
O filme assenta em clichés gastos que devem estar mais perto de um mito do que uma verdadeira memória da vida em Paris. Veja-se aqueles que terão de aceder a receber em sua casa algumas pessoas durante o Inverno.
O casal burguês, naturalmente de "direita", que dorme em quartos separados e tem uma empregada de origem africana, que despreza de tal maneira a nova lei do governo que vai buscar a velha mãe ao lar para onde foi desterrada.
O casal de esquerda, de ideas vanguardistas até na decoração da casa, mas que na hora da verdade mostram o seu pouco comprometimento com o que defendem.
O homossexual solitário que tomou conta da mãe toda a vida e está agora desejo de ter alguém em casa com quem passar um pouco de tempo.
Há ainda uma porteira que teme os emigrantes e certamente vota em Marine Le Pen (porque já não pode votar no pai) mais um casal de velhos em que ele só quer ter sossego enquanto ela passa o tempo a bisbilhotar a vida dos vizinhos e a rabujar.
Se isto é o retrato do universo que constitui um prédio de um dos mais chiques arrondissements parisienses, nem para se safar ao frio haveria quem lá quisesse ir parar!
Para os personagens o cliché não é o pior que lhes está reservado. Eles são fantoches de uma contínua mudança de mentalidade que impossibilita qualquer consistência.
Nenhum dos personagens é no final aquilo que era no início. E muito menos aquilo que foi de permeio.
Não porque sejam transformados por contacto humano de cinco minutos que só no cinema muda as crenças mais duradouras, mas porque as decisões contraditórias têm de acontecer pela mão dos mesmos intervenientes ou não haveria maneira do filme continuar.
Uma excepção, a porteira. Ela, entretanto, descobriu o prazer de ter um amante africano, que em tamanho é "tal e qual como dizem". Ela faz tão pouco no filme que tiveram de lhe dar a piada final - e umas rastas! - para que chegasse a ser uma memória.
O que é mais do que o casal idoso, que poderiam ser denominados como o casal Not-Appearing-In-This-Film se os Monty Python fossem para aqui chamados!
Isto está longe de querer dizer que o filme termina com aquela nota de esperança de que as pessoas melhoram o seu carácter e vivem de forma comunitária.
Contrariamente ao que o filme ameaçou durante a sua duração, no final ninguém quer gastar o seu tempo com a conversa dos vizinhos ou sequer parece ter para eles uma atitude diferente do desprezo inicial. No final apenas o transformaram em conversa de circunstância.
Não havendo imaginação, nem personagens, nem consistência, houvessem ao menos piadas que funcionassem. Não há e não vale a pena dizer mais nada sobre o assunto.
Sem talento nem como argumentista nem como realizadora, não se compreender como Alexandra Leclère reune o bom elenco que aqui se vê ou como supera um milhão de espectadores em França.
Um país conhecido pela sua militância política tem de reflectir quando esta visão grosseira de si próprio apela a tantas pessoas.
sábado, 22 de outubro de 2016
Terceira temporada de "American Crime Story" focar-se-á no assassinato de Gianni Versace
O Deadline revelou que a terceira temporada de American Crime Story irá situar-se em 1997, ano do assassinato do estilista Gianni Versace às mãos do serial killer Andrew Cunanan.
American Crime Story: Versace/Cunanan baseia-se no livro Vulgar Favors e será filmado ao mesmo tempo que a segunda temporada, focada no furacão Katrina. A temporada sobre Versace será filmada em Miami e Los Angeles durante a próxima Primavera, com Ryan Murphy a realizar o primeiro episódio. Os produtores estão a reunir-se com actrizes da chamada A-list para interpretar o papel da irmã Donatella Versace. O argumento está nas mãos de Tom Rob Smith (London Spy).
CBS cancela "BrainDead" e "American Gothic"
O canal CBS cancelou duas suas novas séries: BrainDead e American Gothic, ambas exibidas durante a Summer Season.
Dos criadores de The Good Wife, BrainDead é uma comédia sobre a vida de Laurel (Mary Elizabeth Winstead), filha de um democrata que se afastou de Washington para tornar-se uma documentarista. Mas quando o seu irmão senador precisa do seu apoio político, esta regressa à cidade para trabalhar no Congresso. Lá, acaba por descobrir que extraterrestres tomaram o corpo de vários políticos e funcionários do poder político. A série teve treze episódios produzidos para a sua primeira temporada, que foi vista por cerca de 2,61 milhões de espectadores.
American Gothic, um drama familiar, seguia uma família da alta sociedade que sofre com a morte do seu patriarca. Mas à medida que lidam com o luto, descobrem que este pode ter sido um serial killer, que contou com a ajuda de um familiar como cúmplice. A única temporada produzida, teve treze episódios, e foi vista, em média, por 2,7 milhões de espectadores.
Jennifer Lawrence deverá ser Zelda Fitzgerald no cinema
A Variety adianta que a actriz Jennifer Lawrence (Joy) deverá interpretar Zelda Fitzgerald no cinema.
O filme deverá ser realizado por Ron Howard (Rush), com argumento escrito por Emma Frost (Shameless), focado na vida de Zelda à medida que esta estabelece a sua própria identidade fora da sombra do seu famoso marido e escritor F. Scott Fitzgerald. O projecto está a cargo da Lionsgate, embora não seja ainda conhecido o cronograma da produção.
Prémios Gotham 2016 iniciam a temporada de prémios e dão destaque a "Manchester by the Sea"
Os The Gotham Independent Film Awards dão, todos os anos, o pontapé de partida na temporada de prémios e corrida aos Oscars, ao revelar os melhores filmes independentes norte-americanos do ano. Este ano, Manchester by the Sea lidera com quatro nomeações (Melhor Filme, Argumento, Actor e Actor Revelação), seguido por Moonlight e Paterson, com três nomeações cada um.
Contrário ao esperado, ausente da lista de nomeações ficou La La Land, um indie "moral" (já que teve um orçamento de mais de 30 milhões de dólares) e que é um dos principais candidatos aos Oscars 2017.
Em 2015, o vencedor na categoria de Melhor Filme foi Spotlight (repetiu o feito nos Oscars 2016).
Melhor Filme
Certain Women, de Kelly Reichardt
Everybody Wants Some!!, de Richard Linklater
Manchester by the Sea, de Kenneth Lonergan
Moonlight, de Barry Jenkins
Paterson, de Jim Jarmusch
Melhor Documentário
Cameraperson, de Kirsten Johnson
I Am Not Your Negro, de Raoul Peck
O.J.: Made in America, de Ezra Edelman
Tower, de Keith Maitland
Weiner, de Josh Kriegman e Elyse Steinberg
Realizador Revelação
Robert Eggers por The Witch
Anna Rose Holmer por The Fits
Daniel Kwan e Daniel Scheinert por Swiss Army Man
Trey Edward Shults por Krish
Richard Tanne por Southside with You
Melhor Argumento
Taylor Sheridan por Hell or Hight Water
Whit Stillman por Love & Friendship
Kenneth Lonergan por Manchester by the Sea
Tarell Alvin McCraney e Barry Jenkins por Moonlight
Jim Jarmusch por Paterson
Melhor Actriz
Kate Beckinsale em Love & Friendship
Annette Bening em 20th Century Women
Isabelle Huppert em Elle
Ruth Negga em Loving
Natalie Portman em Jackie
Melhor Actor
Casey Affleck em Manchester by the Sea
Jeff Bridges em Hell or High Water
Adam Driver em Paterson
Joel Edgerton em Loving
Craig Robinson em Morris from America
Actor Revelação
Lily Gladstone em Certain Women
Lucas Hedges em Manchester by the Sea
Royalty Hightower em The Fits
Sasha Lane em American Honey
Anya Taylor-Joy em The Witch
Melhor Elenco
Moonlight
Série Revelação (Long form)
Crazy Ex-Girlfriend
The Girlfriend Experience
Horace and Pete
Marvel's Jessica Jones
Master of None
Série Revelação (Short form)
The Gay and Wondrous Life of Caleb Gallo
Her Story
The Movement
Sitting in Bathrooms with Trans People
Surviving
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
A piada do Cinema
Com mais uma das personagens em que Stan Lee teve enorme influência a chegar ao cinema, Doutor Estranho, aproveitamos para lembrar uma criação do homem que revolucionou a "Casa das Ideias".
Melvin the Monster - já aqui se notava o gosto pelas aliterações - surgiu em 1956 para disputar o sucesso a Dennis the Menace - personagem que em 1993 chegou ao cinema para infernizar um pobre Walter Matthau.
O personagem não foi além de seis edições do título em nome próprio, mas isso foi tempo mais do que suficiente para dar cabo do juízo a vários espectadores de cinema, como se pode ver nas imagens abaixo.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Estreias 20 Out'16: O Ornitólogo, Café Society, Razredni Sovraznik, Avril et le monde truqué, Le Grand Partage, Jack Reacher: Never Go Back e Five
Dia 20 de Outubro pode contar com as seguintes estreias numa sala de cinema perto de si:
Destaques:
Outras sugestões:
Destaques:
Fernando (Paul Hamy) é um ornitólogo solitário que decide pegar no seu caiaque e descer um rio em busca das raras cegonhas pretas, conhecidas por apenas se encontrarem em regiões inóspitas, longe dos olhares humanos. Depois de algum tempo em viagem, distraído com a beleza da paisagem, é surpreendido pelos rápidos e quase morre afogado. Na luta pela sobrevivência, vai confrontar-se com alguns dos seus demónios mais íntimos e medos mais primitivos. Ao encarar-se desta maneira, vai sair de lá um homem irremediavelmente transformado… Depois de "O Fantasma" (2000) – que entrou no concurso oficial de Veneza -, "Odete" (2005) ou "Morrer como Um Homem" (2009) – ambos em competição em Cannes –, e de "A Última Vez Que Vi Macau" (2012) – que venceu o prémio de Melhor Documentário no Festival de Cinema de Turim (Itália) e uma menção especial do júri do Festival de Cinema de Locarno (Suíça) –, com este filme João Pedro Rodrigues arrecadou, já em 2016, o Leopardo de Melhor Realizador em Locarno.
Outras sugestões:
Ano: 2016
EUA, década de 1930. O jovem Bobby sonha conquistar fama e fortuna. Decidido a alcançar o estrelato, deixa Nova Iorque e ruma a Los Angeles, onde tenciona valer-se dos contactos do tio, Phil Stern, um famoso agente que fez carreira em Hollywood. Bobby consegue o emprego de mensageiro na empresa do tio. É então que conhece e se apaixona perdidamente por Vonnie, a belíssima secretária de Phil. Ao contrário de todos os que a rodeiam, ela olha com algum desdém para todo o "glamour" da indústria cinematográfica. Mas, para infortúnio de Bobby, ela está romanticamente envolvida com outra pessoa. Com realização e argumento do veterano Woody Allen, uma comédia romântica que conta com Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Steve Carell, Parker Posey, Blake Lively, Corey Stoll, Jeannie Berlin, Ken Stott e Tony Sirico, entre outros.
Realização: Rok Bicek
Argumento: Nejc Gazvoda, Rok Bicek, Janez Lapajne
Género: Drama
Elenco: Igor Samobor, Natasa Barbara Gracner, Tjasa Zeleznik
Argumento: Nejc Gazvoda, Rok Bicek, Janez Lapajne
Género: Drama
Elenco: Igor Samobor, Natasa Barbara Gracner, Tjasa Zeleznik
Quando a professora de alemão de uma turma eslovena vai de licença de maternidade, é substituída por Robert (Igor Samobor), um professor exigente e com especial gosto por impor a sua autoridade. Os alunos, habituados a um relacionamento próximo com a anterior docente, sentem-se intimidados por aquele estranho, que parece vê-los como inimigos. E as coisas complicam-se quando Sabina, uma rapariga sensível e pouco popular entre os colegas, abandona a sala em lágrimas depois de ser injustamente repreendida pelo professor. Quando, alguns dias mais tarde, os adolescentes ficam a saber que Sabina se suicidou, rapidamente encontram em Robert o "bode expiatório" de que necessitavam. De um momento para o outro, a rapariga de quem ninguém gostava torna-se uma espécie de símbolo para os seus protestos contra o excesso de autoridade do corpo docente… Estreia na longa-metragem de Rok Bicek, um filme dramático vagamente inspirado em factos reais acontecidos num liceu que o realizador frequentou durante a juventude.
Realização:
Christian Desmares,
Franck Ekinci
Argumento: Franck Ekinci, Benjamin Legrand,
Género: Animação
Argumento: Franck Ekinci, Benjamin Legrand,
Género: Animação
Ano de 1941. Napoleão V reina em França. Há sete décadas que algo de estranho acontece: os cientistas desaparecem sem que ninguém entenda o motivo. Sem as descobertas dos seus génios criativos, a tecnologia não evolui, ficando presa a usos limitados do carvão e do vapor. No horizonte não há electricidade nem invenções como televisão, rádio ou aviação. É neste cenário que Abril (Marion Cotillard) continua a investigação do soro da imortalidade, iniciada pelos pais – entretanto desaparecidos – uma década antes. Perseguida pela polícia, parte em busca dos progenitores na companhia de Darwin, o seu gato falante, e Julius, um rapaz de rua por quem se apaixona. Estreia na realização de Franck Ekinci e Christian Desmares, um filme animado que retrata um universo "steampunk" com um estilo baseado no trabalho de Jacques Tardi, um dos mais importantes autores franceses de banda desenhada, conhecido pela aclamada obra "Foi Assim a Guerra das Trincheiras" ou da série das "Aventuras de Adèle Blanc-Sec".
Ano: 2015
Perante um Inverno implacável que se prevê durar mais algum tempo, o Governo francês decide criar um decreto-lei que obriga todos os cidadãos a receber em suas casas as pessoas que não têm lugar para dormir. A ocasião, ao invés de fazer sobressair o melhor de cada francês, vai colocar o país em "estado de sítio". A verdade é que ninguém está verdadeiramente disposto a transformar a sua generosidade em algo mais que uma simples teoria... Com realização de Alexandra Leclère ("Zanga de Irmãs", "O Preço a Pagar", "Maman"), uma comédia de costumes que conta com a participação de Karin Viard, Didier Bourdon, Valérie Bonneton e Michel Vuillermoz.
Ano: 2016
Tom Cruise é Jack Reacher, um ex-investigador da Polícia Militar americana que, durante mais de uma década, liderou a Unidade de Investigações Especiais. Mas a sua mente brilhante e o seu sentido de justiça muito peculiar transformaram-no num apátrida. Hoje, ele é um homem sem nada a perder que se habituou a viver à margem do resto do mundo. Quando toma conhecimento de que Susan Turner, a major do Exército com quem trabalhou no passado, é presa por traição, decide ajudá-la. Convicto de que ela é alvo de uma conspiração, resolve iniciar uma investigação por conta própria. Mas depressa se apercebe que o caso tem ramificações muito mais complexas do que imaginava. Um filme com realização e argumento de Edward Zwick ("Lendas de Paixão", "O Último Samurai", "Diamante de Sangue", "Resistentes") a partir da conhecida personagem criada por Jim Grant (sob o pseudónimo Lee Child) e que deu origem a uma vasta série de literatura policial. Além de Tom Cruise, o elenco conta com Cobie Smulders, Danika Yarosh e Robert Knepper, entre outros.
Ano: 2016
Desde pequenos que Julia, Vadim, Nestor, Timothé e Samuel são amigos inseparáveis. Quando eram crianças, tinham um plano simples: assim que se tornassem independentes, arrendavam uma grande casa e iam morar juntos. Hoje, já crescidos, esperam ansiosamente pela primeira oportunidade. Quando Samuel, estudante de medicina, se oferece para pagar metade da renda com a mesada do seu pai rico, os outros ficam em êxtase. O problema é que, sem que os outros tenham conhecimento, o pai resolveu acabar com as mordomias. Para arranjar dinheiro para cumprir com o prometido, Samuel resolve começar a vender droga – uma decisão que se vai revelar desastrosa… Uma comédia escrita, realizada e protagonizada pelo francês Igor Gotesman. Ao seu lado estão Pierre Niney, François Civil, Margot Bancilhon e Idrissa Hanrot.
Sinopses: Cinecartaz Público
Inferno, por Carlos Antunes
Título original: Inferno
Realização: Ron Howard
Argumento: David Koepp
Elenco: Tom Hanks, Felicity Jones, Ben Foster, Omar Sy
A evolução nas adaptações que Ron Howard vem fazendo das aventuras de Robert Langdon não disfarça o pouco mérito que tal melhoria tem considerando o ponto de partida.
Até porque os créditos da melhoria não pertencem ao realizador que continua sem conseguir tornar orgânica a verbosidade de um thriller que depende da informação para manter o espectador a par do que se passa quando os personagens encontram um enigma.
Enigmas que estão sempre em pontos do mapa que atraem pela sua sumptuosidade e pela sua História. Infelizmente o filme não pode parar para observar a beleza à sua volta senão brevemente em Florença quando tudo ainda está no arranque. Quando se chega a Veneza ou Istambul a pressa é demasiada.
Os pontos do mapa são marcas onde os personagens têm de se apresentar como num peddy-paper que se espera que seja bigger than life. Como não é, sobra apenas a correria.
Langdon e a sua parceira sempre em fuga de uns e de outros e a serem incapazes de um eficaz secretismo que evite que venham na sua peugada.
Tanto correr não cansa só o espectador, cansou também o próprio Tom Hanks que nunca investiu tão pouco numa interpretação. Ao ponto de, quando questionado sobre a adaptação d'O Símbolo Perdido, ele dizer num tom de piada que não o é que "a boa notícia é que não está contratualmente obrigado a isso".
Em compensação Felicity Jones acrescenta qualidade e não se limita a ser uma parceira de circunstância como as outras mulheres que andaram nestas desventuras com Langdon. A substância é pouca mas a actriz tenta transformá-la em personalidade.
Ela contraria a anonímia a que é votado o elenco - internacional e de prestígio só para que seja vistoso - somada a um Irrfan Khan que tem classe até sendo irónico com o papel.
Ainda assim não basta que incluam uma tirada de Khan a queixar-se ao subordinado por este lhe estar a explicar o que é evidente para compensar o facto do resto do filme assentar em explicações dadas a especialistas na matéria em causa.
Há que culpar o material de origem pelas maiores limitações deste - como dos anteriores - filmes.
Se o filme é um pouco melhor do que os anteriores é porque a história está mais perto do que a de um thriller deve ser.
Mais do que uma reviravolta acontece ao longo do filme, ainda que isso o torne apenas falsamente complexo.
Os acontecimentos internos são simplistas e o delírio da arquitectura do cenário global da aventura continua a desafiar a lógica (que desaparece quando o filme se encaminha para o final e precisa de começar a atar fios que não iam dar a lado nenhum).
A mecânica ficará sempre por afinar enquanto que a imaginação continuará sem estar ao serviço da narrativa.
Como já passou uma década desde The Da Vinci Code e Tom Hanks já não vai tendo idade para tanta correria, será razoável esperar que o tempo de Robert Langdon fique por aqui.
Não se vislumbra que a qualidade do material melhore e faltariam muitos filmes até que um deles atingisse o patamar da relevância.
Até porque os créditos da melhoria não pertencem ao realizador que continua sem conseguir tornar orgânica a verbosidade de um thriller que depende da informação para manter o espectador a par do que se passa quando os personagens encontram um enigma.
Enigmas que estão sempre em pontos do mapa que atraem pela sua sumptuosidade e pela sua História. Infelizmente o filme não pode parar para observar a beleza à sua volta senão brevemente em Florença quando tudo ainda está no arranque. Quando se chega a Veneza ou Istambul a pressa é demasiada.
Os pontos do mapa são marcas onde os personagens têm de se apresentar como num peddy-paper que se espera que seja bigger than life. Como não é, sobra apenas a correria.
Langdon e a sua parceira sempre em fuga de uns e de outros e a serem incapazes de um eficaz secretismo que evite que venham na sua peugada.
Tanto correr não cansa só o espectador, cansou também o próprio Tom Hanks que nunca investiu tão pouco numa interpretação. Ao ponto de, quando questionado sobre a adaptação d'O Símbolo Perdido, ele dizer num tom de piada que não o é que "a boa notícia é que não está contratualmente obrigado a isso".
Em compensação Felicity Jones acrescenta qualidade e não se limita a ser uma parceira de circunstância como as outras mulheres que andaram nestas desventuras com Langdon. A substância é pouca mas a actriz tenta transformá-la em personalidade.
Ela contraria a anonímia a que é votado o elenco - internacional e de prestígio só para que seja vistoso - somada a um Irrfan Khan que tem classe até sendo irónico com o papel.
Ainda assim não basta que incluam uma tirada de Khan a queixar-se ao subordinado por este lhe estar a explicar o que é evidente para compensar o facto do resto do filme assentar em explicações dadas a especialistas na matéria em causa.
Há que culpar o material de origem pelas maiores limitações deste - como dos anteriores - filmes.
Se o filme é um pouco melhor do que os anteriores é porque a história está mais perto do que a de um thriller deve ser.
Mais do que uma reviravolta acontece ao longo do filme, ainda que isso o torne apenas falsamente complexo.
Os acontecimentos internos são simplistas e o delírio da arquitectura do cenário global da aventura continua a desafiar a lógica (que desaparece quando o filme se encaminha para o final e precisa de começar a atar fios que não iam dar a lado nenhum).
A mecânica ficará sempre por afinar enquanto que a imaginação continuará sem estar ao serviço da narrativa.
Como já passou uma década desde The Da Vinci Code e Tom Hanks já não vai tendo idade para tanta correria, será razoável esperar que o tempo de Robert Langdon fique por aqui.
Não se vislumbra que a qualidade do material melhore e faltariam muitos filmes até que um deles atingisse o patamar da relevância.
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
domingo, 16 de outubro de 2016
"Certain Women", de Kelly Reichardt, vence o Festival de Londres 2016
A realizadora Kelly Reichardt venceu a competição oficial do BFI - London Film Festival 2016 com Certain Women. O júri considerou que foi «a magistral encenação e a tranquila modéstia do filme» que determinou a escolha.
Enquanto isso o prémio Sutherland para Melhor Primeira Obra foi entregue a Grave, de Julia Ducornau, com a história de o apetite insaciável de uma jovem mulher, outrora vegetariana, por carne.
Melhor Filme
Certain Women, de Kelly Reichardt
Melhor Primeira Obra
Julia Ducournau por Grave
Melhor DocumentárioStarless Dreams, de Mehrdad Oskouei
Melhor Curta
9 Days - From my window in Aleppo, de Issa Touma, Thomas Vroege e Floor van de Muelen
Homenagem
Steve McQueen
Melhor Curta
9 Days - From my window in Aleppo, de Issa Touma, Thomas Vroege e Floor van de Muelen
Homenagem
Steve McQueen
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Lista das submissões ao Óscar 2017 de Melhor Filme Estrangeiro
O Split Screen mantém uma lista actualizada com as submissões oficiais de cada país ao Oscar 2017 de Melhor Filme Estrangeiro. Nesta categoria, cada país pode apenas indiciar um representante oficial para que seja submetido à apreciação de um comité especializado da Academia norte-americana de Artes e Ciências Cinematográficas.
Este ano, foram oitenta e nove as produções que submeteram filmes à categoria, mas apenas oitenta e cinco foram aceites. Os filmes de Afeganistão (Parting), Camarões (Yahan Ameena Bikti Hai) e Tunísia (As I Open My Eyes) não foram incluídos na lista final da Academia, enquanto que a submissão da Arménia (Earthquake) foi desqualificada. O Iémen (I Am Nojoom, Age 10 and Divorced) submeteu pela primeira vez um filme à categoria.
África do Sul: Call Me Thief, de Daryne JoshuaEste ano, foram oitenta e nove as produções que submeteram filmes à categoria, mas apenas oitenta e cinco foram aceites. Os filmes de Afeganistão (Parting), Camarões (Yahan Ameena Bikti Hai) e Tunísia (As I Open My Eyes) não foram incluídos na lista final da Academia, enquanto que a submissão da Arménia (Earthquake) foi desqualificada. O Iémen (I Am Nojoom, Age 10 and Divorced) submeteu pela primeira vez um filme à categoria.
Albânia: Chromium, de Bujar Alimani
Alemanha: Toni Erdmann, de Maren Ade
Arábia Saudita: Barakah Meets Barakah, de Mahmoud Sabbagh
Argélia: Le puits, de Lotfi Bouchouchi
Argentina: El ciudadano ilustre, de Mariano Cohn e Gastón Duprat
Austrália: Tanna, de Martin Butler, Bentley Dean
Áustria: Stefan Zweig: Farewell to Europe, de Maria Schrader
Bangladesh: The Unnamed, de Tauquir Ahmed
Bélgica: The Ardennes, de Robin Pront
Bolívia: Sealed Cargo, de Julia Vargas Weise
Bósnia e Herzegovina: Death in Sarajevo, de Danis Tanovic
Bulgária: Losers, de Ivaylo Hristov
Brasil: Pequeno Segredo, de David Schürmann
Cambodja: Before the Fall, de Ian White
Canadá: Juste la fin du monde, de Xavier Dolan
Cazaquistão: Amanat, de Satybaldy Narymbetov
Chile: Neruda, de Pablo Larraín
China: Xuan Zang, de Huo Jianqi
Colômbia: Alias Maria, de José Luis Rugeles Gracia
Coreia do Sul: The Age of Shadows, de Kim Jee-woon
Costa Rica: About Us, de Hernán Jiménez
Croácia: S on strane, de Zrinko Ogresta
Cuba: El acompañante, de Pavel Giroud
Dinamarca: Land of Mine, de Martin Zandvliet
Egipto: The Clash, de Mohamed Diab
Equador: Such Is Life in the Tropics, de Sebastián Cordero
Eslováquia: Eva Nová, de Marko Skop
Eslovénia: Houston, We Have a Problem!, de Ziga Virc
Espanha: Julieta, de Pedro Almodóvar
Estónia: Mother, de Kadri Kousaar
Filipinas: Ma'Rosa, de Brillante Mendoza
Finlândia: The Happiest Day in the Life of Olli Mäki, de Juho Kuosmanen
França: Elle, de Paul Verhoeven
Geórgia: House of Others, de Russudan Glurjidze
Grécia: Chevalier, de Athina Rachel Tsangari
Holanda: Tonio, de Paula van der Oest
Hong Kong: Port of Call, de Philip Yung
Hungria: Kills on Wheels, de Attila Till
Iémen: I Am Nojoom, Age 10 and Divorced; de Khadija Al-Salami
Índia: Interrogation, de Vetri Maaran
Indonésia: Letters from Prague, de Angga Dwimas Sasongko
Irão: The Salesman, de Asghar Farhadi
Iraque: El clásico, de Halkawt Mustafa
Islândia: Sparrows, de Rúnar Rúnarsson
Israel: Sand Storm, de Elite Zexer
Itália: Fuocoammare, de Gianfranco Rosi
Japão: Living with My Mother, de Yôji Yamada
Jordânia: 3000 Nights, de Mai Masri
Kosovo: Home Sweet Home, de Faton Bajraktari
Letónia: Dawn, de Laila Pakalnina
Líbano: Very Big Shot, de Mir-Jean Bou Chaaya
Lituânia: Seneca's Day, de Kristijonas Vildziunas
Luxemburgo: La supplication, de Pol Cruchten
Macedónia: The Liberation of Skopje, de Rade Serbedjiza,Danilo Serbedzija
Malásia: Beautiful Pain, de Tunku Mona Riza
Marrocos: A Mile in my Shoes, de Sai Khalaff
México: Desierto, de Jonás Cuarón
Montenegro: The Black Pin, de Ivan Marinovic
Nepal: The Black Hen, de Min Bahadur Bham
Noruega: The King's Choice, de Erik Poppe
Nova Zelândia: A Flickering Truth, de Pietra Brettkelly
Palestina: The Idol, de Hany Abu-Assad
Panamá: Salsipuedes, de Ricardo Aguilar Navarro, Manolito Rodríguez
Paquistão: Mah-e-Mir, de Anjum Shahzad
Peru: Videophilia (and Other Viral Syndromes), de Juan Daniel F. Molero
Polónia: Afterimage, de Andrzej Wajda
Portugal: Cartas da Guerra, de Ivo M. Ferreira
Quirguistão: A Father's Will, de Bakyt Mukul e Dastan Zhapar Uulu
Reino Unido: Under the Shadow, de Babak Anvari
República Checa: Lost in Munich, de Petr Zelenka
República Dominica: Flor de Azúcar, de Fernando Baez Mella
Roménia: Sieranevada, de Cristi Puiu
Rússia: Paradise, de Andrei Konchalovsky
Sérvia: Train Driver's Diary, de Milos Radovic
Singapura: Apprentice, de Boo Junfeng
Suécia: A Man Called Ove, de Hannes Holm
Suíça: Ma vie de courgette, de Claude Barras
Tailândia: Karma, de Kanittha Kwunyoo
Taiwan: Hang in There, Kids!, de Laha Mebow
Turquia: Cold of Kalandar, de Mustafa Kara
Ucrânia: Ukrainian Sheriff, de Roman Bondarchuk
Uruguai: Bradcrumbs, de Manane Rodríguez
Venezuela: Desde allá, de Lorenzo Vigas
Vietname: Yellow Flowers on the Green Grass, de Victor Vu
Índia: Interrogation, de Vetri Maaran
Indonésia: Letters from Prague, de Angga Dwimas Sasongko
Irão: The Salesman, de Asghar Farhadi
Iraque: El clásico, de Halkawt Mustafa
Islândia: Sparrows, de Rúnar Rúnarsson
Israel: Sand Storm, de Elite Zexer
Itália: Fuocoammare, de Gianfranco Rosi
Japão: Living with My Mother, de Yôji Yamada
Jordânia: 3000 Nights, de Mai Masri
Kosovo: Home Sweet Home, de Faton Bajraktari
Letónia: Dawn, de Laila Pakalnina
Líbano: Very Big Shot, de Mir-Jean Bou Chaaya
Lituânia: Seneca's Day, de Kristijonas Vildziunas
Luxemburgo: La supplication, de Pol Cruchten
Macedónia: The Liberation of Skopje, de Rade Serbedjiza,Danilo Serbedzija
Malásia: Beautiful Pain, de Tunku Mona Riza
Marrocos: A Mile in my Shoes, de Sai Khalaff
México: Desierto, de Jonás Cuarón
Montenegro: The Black Pin, de Ivan Marinovic
Nepal: The Black Hen, de Min Bahadur Bham
Noruega: The King's Choice, de Erik Poppe
Nova Zelândia: A Flickering Truth, de Pietra Brettkelly
Palestina: The Idol, de Hany Abu-Assad
Panamá: Salsipuedes, de Ricardo Aguilar Navarro, Manolito Rodríguez
Paquistão: Mah-e-Mir, de Anjum Shahzad
Peru: Videophilia (and Other Viral Syndromes), de Juan Daniel F. Molero
Polónia: Afterimage, de Andrzej Wajda
Portugal: Cartas da Guerra, de Ivo M. Ferreira
Quirguistão: A Father's Will, de Bakyt Mukul e Dastan Zhapar Uulu
Reino Unido: Under the Shadow, de Babak Anvari
República Checa: Lost in Munich, de Petr Zelenka
República Dominica: Flor de Azúcar, de Fernando Baez Mella
Roménia: Sieranevada, de Cristi Puiu
Rússia: Paradise, de Andrei Konchalovsky
Sérvia: Train Driver's Diary, de Milos Radovic
Singapura: Apprentice, de Boo Junfeng
Suécia: A Man Called Ove, de Hannes Holm
Suíça: Ma vie de courgette, de Claude Barras
Tailândia: Karma, de Kanittha Kwunyoo
Taiwan: Hang in There, Kids!, de Laha Mebow
Turquia: Cold of Kalandar, de Mustafa Kara
Ucrânia: Ukrainian Sheriff, de Roman Bondarchuk
Uruguai: Bradcrumbs, de Manane Rodríguez
Venezuela: Desde allá, de Lorenzo Vigas
Vietname: Yellow Flowers on the Green Grass, de Victor Vu
Estreias 13 Out'16: Fuocoammare, Inferno, Jane Got a Gun, Cézanne et Moi; O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu; Ascensão, Bølgen, Adopte un veuf e Savva
Dia 13 de Outubro pode contar com as seguintes estreias numa sala de cinema perto de si:
Destaques:
Outras sugestões:
Destaques:
Género: Documentário
Lampedusa é uma pequena ilha italiana situada no Mar Mediterrâneo. Desde o princípio deste século que é recorrentemente ponto de desembarque de milhares de migrantes clandestinos vindos do Norte de África e do Médio Oriente. É um dos locais mais representativos da crise de refugiados na Europa. Nesta ilha vive Samuele Pucillo, um rapaz de 12 anos que, tal como outros da sua idade, vai à escola e passa o resto do tempo a deambular pela zona, a descobrir o mundo. Apesar da sua existência aparentemente normal, Samuele, tal como todos os outros habitantes daquele lugar, assiste diariamente a uma das maiores tragédias humanitárias de sempre: a chegada de um sem-número de embarcações sobrelotadas de pessoas que fugiram de guerras ou de vidas miseráveis e procuram novas oportunidades. Muitos destes estrangeiros chegam mortos, outros quase a desfalecer, sobrevivendo a longas viagens, desidratados, famintos ou doentes. Observar a tragédia diária, mesmo que não o afecte directamente, transforma-o. Urso de Ouro na 66.ª edição do Festival de Cinema de Berlim, um documentário com assinatura do realizador, argumentista e produtor italiano Gianfranco Rosi que, em 2013, já tinha ganho o Leão de Ouro em Veneza com o filme “Sacro GRA”, tornando-o o primeiro documentário a receber o galardão.
Outras sugestões:
Ano: 2016
Quando Robert Langdon, professor de simbologia da Universidade de Harvard (EUA), desperta amnésico numa cama de hospital em Florença (Itália), fica desorientado. Sienna Brooks, uma das médicas que o assiste, explica-lhe que, dois dias antes, deu entrada nas urgências com ferimentos de bala. À medida que o ajuda a recuperar a memória, apercebem-se de que ele está envolvido numa conspiração internacional que aparenta colocar em risco a sobrevivência de toda a Humanidade. Numa corrida contra o tempo que os arrasta para o desconhecido, vêem-se obrigados a seguir estranhas pistas relacionadas com a simbologia oculta encontrada em "Inferno", a primeira parte da célebre obra "A Divina Comédia", do escritor florentino Dante Alighieri (1265-1321) … Baseado no "best-seller" homónimo de Dan Brown, esta é a terceira aventura adaptada ao cinema do simbologista Robert Langdon (mais uma vez interpretado por Tom Hanks), o herói que encontrámos em "O Código Da Vinci" e "Anjos e Demónios" (que, tal como "Inferno", foram realizados por Ron Howard). O argumento fica a cargo do realizador e argumentista David Koepp, conhecido por filmes como "Espíritos Inquietos" (1999), "A Janela Secreta" (2004) ou "Encomenda Armadilhada" (2012). Para além de Hanks, o elenco inclui Felicity Jones, Ben Foster, Omar Sy e Irrfan Khan.
Realização: Gavin O'Connor
Argumento: Brian Duffield, Anthony Tambakis, Joel Edgerton
Género: Drama, Western
Elenco: Natalie Portman, Joel Edgerton, Ewan McGregor
Argumento: Brian Duffield, Anthony Tambakis, Joel Edgerton
Género: Drama, Western
Elenco: Natalie Portman, Joel Edgerton, Ewan McGregor
EUA, finais do século XIX. Depois de um passado de privações, Jane construiu uma nova vida com o marido, Bill "Ham" Hammond, e a filha nas áridas planícies do Oeste. Mas, quando Bill regressa a casa com ferimentos graves depois de se envolver num tiroteio com John Bishop e o seu bando de criminosos, Jane sabe que a sua família corre perigo. Sem saber o que fazer, decide pedir ajuda a Dan Frost, um homem com quem teve um relacionamento no passado e que se tornou a única pessoa de confiança. Apesar de relutante em envolver-se com a mulher que nunca deixou de amar, Dan resolve ajudá-la… Um "western" dirigido por Gavin O'Connor ("Miracle", "Orgulho e Glória", “Warrior - Combate Entre Irmãos") e co-escrito por Brian Duffield, Joel Edgerton (que também protagoniza) e Anthony Tambakis. No elenco surgem ainda Natalie Portman, Noah Emmerich, Rodrigo Santoro, Boyd Holbrook e Ewan McGregor, entre outros.
Realização: Danièle Thompson
Argumento: Danièle Thompson
Género: Drama
Elenco: Guillaume Canet, Guillaume Gallienne, Alice Pol
Argumento: Danièle Thompson
Género: Drama
Elenco: Guillaume Canet, Guillaume Gallienne, Alice Pol
Esta é a extraordinária história de amizade entre o pintor Paul Cézanne (1839-1906), artista determinante na transição do impressionismo do final do século XIX para o cubismo do início do século XX; e o escritor Émile Zola (1840-1902), o mais expressivo representante da escola literária naturalista. Durante a década de 1850, ainda rapazes, Paul e Émile encontram-se no Colégio Bourbon (actualmente conhecido por Colégio Mignet), onde se tornam companheiros inseparáveis. Crescendo juntos e habituados a partilhar os mínimos detalhes das suas existências, acabam por se ligar não apenas por um sentimento de cumplicidade e companheirismo, mas também por uma rivalidade artística que os afasta e aproxima ao longo de mais de quatro décadas. Escolhido para filme de abertura da 17.ª edição da Festa do Cinema Francês, uma história biográfica sobre Cézanne e Zola, duas das mais influentes personalidades francesas do séc. XIX. Com argumento e realização de Danièle Thompson ("O Lugar Ideal", "Aconteceu em Saint-Tropez"), é protagonizado por Guillaume Canet e Guillaume Gallienne.
Ano: 2016
Género: Documentário
Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu na cidade do Porto a 11 de Dezembro de 1908, no seio de uma família da alta burguesia com origens na pequena fidalguia rural. À data da sua morte, a 2 de Abril de 2015, com 106 anos de vida, era o mais velho realizador do mundo em actividade. O Governo português decretou dois dias de luto nacional e a Câmara do Porto três dias de luto municipal. Manoel de Oliveira é autor de 32 longas-metragens e, apesar de uma periodicidade rarefeita nas primeiras décadas, acabaria por realizar quase sete dezenas de títulos, desde que, em 1931, se iniciou com a curta-metragem "Douro, Faina Fluvial". Através de "O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu", que mistura documentário e ficção, o realizador João Botelho tenta fazer um filme que serve, nas suas palavras, "como uma introdução à obra de Oliveira, uma divulgação de algumas das suas invenções cinematográficas e um manifesto contra o esquecimento, a perda da memória", sendo também "uma viagem ao cinema de Oliveira, ao seu método, ao seu modo de filmar, às suas prodigiosas invenções cinematográficas (…). E como, para ele, e agora para mim, documentário e ficção vão de par – de cinema se trata – atrevi-me a filmar uma história magnífica, que o Manoel amava mas nunca filmou, que deixou para trás. Como se a mão dele e os seus olhos lá perto de Deus, ou no meio dos Deuses, me conduzissem. Para que, ainda hoje, ele possa, através de mim, continuar a filmar".
Ano: 2015
Desde 2005 considerado Património da Humanidade pela UNESCO, o fiorde de Geiranger é um dos locais mais visitados da Noruega, dada a sua grande beleza natural. Mas cientistas acreditam que, tal como já aconteceu no passado, a instabilidade das montanhas que o rodeiam as faça desabar a qualquer momento, originando uma onda gigante com consequências devastadoras. Neste filme, Kristoffer Joner dá vida a um geólogo conceituado que se prepara para abandonar o centro de alerta local onde trabalhou durante vários anos para aceitar um novo cargo numa cidade distante. Porém, pouco antes de partir, ele e alguns dos seus colegas deparam-se com mudanças geológicas no subsolo que revelam uma catástrofe prestes a acontecer. Com o desabamento previsto daí a dez minutos, a única coisa que podem fazer é soar o alarme para que o maior número de pessoas possa subir a montanha ao mais alto ponto possível e assim sobreviver a uma onda que se prevê atingir os 80 metros de altura… Realizado pelo norueguês Roar Uthaug ("Fritt vilt", "Flukt"), segundo um argumento de John Kåre Raake e Harald Rosenløw-Eeg, um filme-catástrofe que se tornou um sucesso de bilheteira no seu país de origem. O elenco conta ainda com a participação de Ane Dahl Torp, Jonas Hoff Oftebro e Fridtjov Såheim.
Ano: 2016
Depois da morte da mulher com quem foi casado durante décadas, Hubert Jacquin leva uma existência solitária e triste, deambulando pelo enorme apartamento onde sempre viveram. Com sérias dificuldades em adaptar-se a esta nova condição, passa aos dias em frente à televisão, esperando que a vida lhe passe ao lado. Mas tudo muda quando Manuela, uma jovem em busca de um lugar para ficar, julga que ele lhe está a oferecer a sua casa. Apesar de um pouco baralhado com tanta energia a ocupar-lhe a casa e a vida, Hubert depressa começa a afeiçoar-se a ela e a habituar-se à companhia. As coisas avançam de tal maneira que Manuela acaba por convencê-lo a arrendar quarto a outros dois inquilinos: Marion, uma enfermeira, e Paul-Gérard, um recém-divorciado em busca de um recomeço. Juntos, e apesar de algumas peripécias, estes quatro estranhos vão acabar por se transformar numa grande família… Uma comédia realizada por François Desagnat ("Um Pai Fora de Prazo"), com André Dussollier, Bérengère Krief, Arnaud Ducret, Julia Piaton, Guillaume Delorme e Mathieu Madénian.
Ano: 2015
Género: Animação
Savva, de dez anos, vive numa pequena aldeia em tempos protegida por uma alcateia de lobos. Quando o lugar é atacado por hienas sanguinárias e os seus habitantes tomados prisioneiros, apenas o pequeno Savva consegue esconder-se e escapar para a floresta. Apesar dos perigos, está empenhado em enfrentar os inimigos para salvar a mãe e os restantes companheiros. É então que faz amizade com Angee, um grande lobo branco que o leva ao encontro de um feiticeiro que vive isolado nas montanhas e que parece ser o único capaz de os ajudar. Com o apoio do feiticeiro e de vários parceiros de jornada, Savva vai descobrir a coragem necessária para derrotar os inimigos… Um filme de animação sobre amizade, heroísmo e capacidade de sacrifício, com a assinatura de Maksim Fadeev. Trata-se do primeiro trabalho em realização do cantor e compositor russo, que também assina a banda sonora, além de ter escrito a história original em 2007. Na versão internacional, as vozes pertencem a Milla Jovovich, Whoopi Goldberg, Sharon Stone, Will Chase e Joe Pesci, entre outros.
Sinopses: Cinecartaz Público
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