Realização: Guy Maddin
Argumento: Guy Maddin
Elenco: Isabella Rossellini, Jason Patric, Udo Kier, Kevin McDonald, Tattiawna Jones e David Wontner
Avaliar Keyhole à margem da sua filmografia é uma tarefa ingrata. Não é um filme que deva ser visto de forma isolada e como apresentação ao trabalho do canadiano, não porque não seja digno, mas especialmente porque é importante conhecer o seu estilo e estética para compreendê-lo melhor. Adaptação livre da história de Ulisses em Odisseia, o filme abandona a estrutura linear de My Winnipeg (2007), para regressar a uma narrativa que não tenta sequer sequer coesa, muita segura de si própria e do seu estilo. Guy Maddin revela um olhar obcecado e cuidado pelos pormenores, num filme ambientado na temática gangster dos anos 30, mas que se preocupa muito mais com as imagens, conceitos e sensações que transmite. É uma expressão muito própria de um cineasta curioso, experimental que entra pelos terrenos do sobrenatural, com muita sexualidade e escuridão.
Um filme claustrofóbico, intrigante e até intransigente nos seus conteúdos psicossexuais e simbólicos, com Jason Patric bastante competente dentro da personagem, uma grande surpresa vinda de David Wontner (numa performance quase muda, mas bastante intensa) e uma Isabella Rossellini que encaixa perfeitamente no universo de Guy Maddin. A sua estética a preto e branco (magnífica fotografia de Benjamin Kasulke) contribui para a sensação fantasmagórica e de quase transe de todo o filme.
Keyhole é mais um objecto expressionista do cinema de Guy Maddin, mais preocupado com a sua estética que com a narrativa. É bizarro, mas hipnotizante. Tal como o seu cinema.
Elenco: Isabella Rossellini, Jason Patric, Udo Kier, Kevin McDonald, Tattiawna Jones e David Wontner
Avaliar Keyhole à margem da sua filmografia é uma tarefa ingrata. Não é um filme que deva ser visto de forma isolada e como apresentação ao trabalho do canadiano, não porque não seja digno, mas especialmente porque é importante conhecer o seu estilo e estética para compreendê-lo melhor. Adaptação livre da história de Ulisses em Odisseia, o filme abandona a estrutura linear de My Winnipeg (2007), para regressar a uma narrativa que não tenta sequer sequer coesa, muita segura de si própria e do seu estilo. Guy Maddin revela um olhar obcecado e cuidado pelos pormenores, num filme ambientado na temática gangster dos anos 30, mas que se preocupa muito mais com as imagens, conceitos e sensações que transmite. É uma expressão muito própria de um cineasta curioso, experimental que entra pelos terrenos do sobrenatural, com muita sexualidade e escuridão.
Um filme claustrofóbico, intrigante e até intransigente nos seus conteúdos psicossexuais e simbólicos, com Jason Patric bastante competente dentro da personagem, uma grande surpresa vinda de David Wontner (numa performance quase muda, mas bastante intensa) e uma Isabella Rossellini que encaixa perfeitamente no universo de Guy Maddin. A sua estética a preto e branco (magnífica fotografia de Benjamin Kasulke) contribui para a sensação fantasmagórica e de quase transe de todo o filme.
Keyhole é mais um objecto expressionista do cinema de Guy Maddin, mais preocupado com a sua estética que com a narrativa. É bizarro, mas hipnotizante. Tal como o seu cinema.
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