segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Por quê agora?: Academia e a polémica da diversidade

Por Walter Neto, cinéfilo, licenciado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade de Coimbra com ênfase em Cinema.


Foi um caminho tortuoso que levou o público até esta edição dos Oscars. Foi o ano no qual finalmente não pudemos mais virar nossas caras para não vermos o problema do qual a premiação se tornou o maior sintoma: a falta de diversidade em Hollywood. Chris Rock, em determinado momento de seu monólogo de abertura – brilhantemente escrito- pergunta para seu público:

Por quê agora?

Ora não chegamos a 89.ª edição da premiação vendo só actores brancos indicados pela primeira vez? Então por que só agora? O primeiro motivo e o mais claro de todos são as mudanças sociais e conquistas de direitos pelas minorias; uma vez que sua representatividade social aumenta, a arte como um reflexo da sociedade, deve acompanhar isso. Então, começamos a nos perguntar qual o motivo de isso não acontecer. Mas 2015 foi o ano no qual um filme como Creed, uma releitura, de um dos maiores nomes e personagens do cinema americano, pelo ponto de vista de jovens negros, Coogler, Jordan, Tessa Thompson, foi de frontrunner a esnobado, mas uma coisa foi constante: o reconhecimento, ainda que merecido, do único actor branco em cena, Sylvester Stallone. O mesmo ocorreu com Straight Outta Compton e sua única indicação ao Óscar pelos seu roteiro, escrito por roteiristas brancos. Os casos ao longo da história da premiação são vários, e assim um padrão claro pode ser estabelecido: mesmo quando os actores, realizadores, e outros artistas negros conseguem espaço, não conseguem o reconhecimento.

Outra pedra no caminho da realização dos Oscars desse ano foi sua posição histórica de prémio que encerra a temporada de premiações. Já se falava em Oscars So White quando membros de outras premiações como SAG, Spirit e outras guildas de críticos votavam em seus respectivos prémios. Aqui está uma parte do problema pouco comentada: o Óscar não é o problema, ele é um sintoma. Assim uma febre não é a doença em si, mas sim, um sinal que há algo de errado. A indústria é culpada pela falta de oportunidade, mas a indústria entrega o que o público de uma maneira geral espera ver. Temos culpa pelo estado das coisas. As premiações acabam reflectindo isso também.

Vencedores do Spirit 2016 nas categorias de interpretação.

Vencedores dos Oscars 2016 nas categorias de interpretação.

A Academia tentou tomar providências, anunciou mudanças nas regras da premiação, mas como qualquer decisão tomada rapidamente no meio de uma crise está longe de ser suficiente. A instituição ainda está entendendo o problema. Um exemplo de como o momento é complicado foi o não convite para a cantora Anohni , segunda transexual indicada a um Óscar na história, cantar sua canção indicada ao prémio, mesmo com toda a promessa de inclusão e diversidade. Mas nem tudo são críticas.

Ainda que esteja longe de solucionar o problema de falta de diversidade em suas indicações, a Academia definiu com esta premiação o tom de como lidará com o problema: reconhecendo que há um problema. O monólogo de Chris Rock deixou muitas pessoas presentes desconfortáveis porque essa era a intenção. Era um riso nervoso. Um riso por saber que o problema existe e ninguém se incomodou em reconhecer sua gravidade. Falamos de racismo, homofobia, machismo quando esses assuntos ganham as manchetes dos principais jornais, geralmente ligadas a um crime de ódio. Mas e no dia-a-dia como fica esse debate e como ficam nossas atitudes? Rock não escolheu o caminho mais fácil, porque o problema não é fácil e não será resolvido logo. Mas seu acerto foi deixar claro que a abertura foi para todos os actores negros presentes na premiação como convidados, não indicados. Para todos que acompanham os Oscars e não se vêem representados quando os indicados são anunciados. O monólogo não foi para uma Academia que é formada maioritariamente por homens, brancos, cisgéneros, heterossexuais com uma média de idade superior aos sessenta anos. O discurso de abertura foi para todo que não fazem parte desse clube e ficam de fora assistindo ainda que continuem contribuindo para a arte em geral.

Pós o conturbado 2015/2016 para a Academia fico com a certeza que ano que vem teremos alguma diferença em relação aos indicados este ano. No ano seguinte mais mudanças, e no outro, mais ainda. Ainda que a passos lentos, a mudança está chegando e não há espaço para o que ocorreu este ano se repetir. Para abraçar a diversidade a Academia se viu obrigada a abraçar seus críticos e ouvi-los.

"Trumbo": Perseguidos por um pensamento livre

Por Miguel Stichini.

Inúmeras vezes a indústria de Hollywood abordou a história da chamada Lista Negra. Dedos foram apontados àqueles que elencaram nomes, numa época onde fascistas tremiam perante os comunistas, ainda que sem grande razão aparente. Vários artistas foram vítimas desta caça às bruxas, sendo impedidos de trabalharem em frente ou atrás das câmaras. Contudo, na sua maioria, essas dramatizações de uma época negra de McCarthy, onde a pergunta ‘têm ou alguma vez teve ligações a’ surgia em tom histriónico pelos corredores do Congresso Americano.

O argumento de John McNamara, baseado na biografia de Bruce Cook, vai mais longe afirmando que todas as audiências da altura foram feitas enquanto teatro político, originando apenas uma indústria que vivia sob o medo de se ser banido e que via o número de desempregados a aumentar diariamente. No momento em que Hollywood e a Guerra Fria colidem é que o trabalho do argumentista nos apresenta algo de novo.

A obra de Jay Roach encontra o balanço perfeito entre entretenimento e representação de assuntos sérios de foro político, tal como seria de esperar por parte do cineasta que anteriormente tinha sido responsável pelo drama político Recount (2008) e pela trilogia sobre um homem internacional envolto em mistério, Austin Powers. Desta vez o realizador segue a vida de Dalton Trumbo, um dos dez argumentistas que constavam na lista negra de Hollywood por apoiar a ideologia comunista.

O cineasta, conhecido pelos seus trabalhos em comédias, deu o primeiro passo em caminhos dramáticos com o referido telefilme. De certa forma, podemos considerar este filme como a sua primeira tentativa de desenvolver um verdadeiro objecto de prestígio. Contudo, as suas predisposições cómicas colocam em causa grande parte das suas dignas ambições.

Desenvolver um argumento sobre a vida de um argumentista que documenta a sua luta contra a indústria cinematográfica através das suas obras vencedoras de um Oscar, parece torna-se em algo tão intrincado quanto Inception. Contudo, John McNamara fá-lo na perfeição, documentado a longa luta que actores, escritores, realizadores e produtores empreenderam durante mais de uma década contra a opressão governamental de alguns dos seus mais básicos direitos. Através de rápidos e impressionantes recursos léxicos da língua inglesa, a veia cómica e hilariante da história percorre toda a narrativa de forma a enfatizar os ridículos crimes pelos quais os protagonistas foram acusados. O argumento é impecável por entre momentos de raciocínio rápido e outros que nos colocam pensar. Existem alguns diálogos memoráveis que nos levam a questionar os nossos pensamentos, a nossa perspectiva face ao assunto e até nós mesmos.


Bryan Cranston é simplesmente incrível enquanto protagonista desta história. Ele eleva de tal modo a fasquia que o restante elenco não teve outro remédio que não segui-lo. O actor transforma- se em Dalton Trumbo perante os nossos olhos, encarnando verdadeiramente a personagem. O elenco secundário é igualmente soberbo. O comediante Louis C.K. é colocado contra o protagonista nas cenas iniciais, provando a existência de uma faceta do actor desconhecido do público. Helen Mirren consegue desenvolver alguém que é totalmente deplorável enquanto ser humano. Os actores que tiveram a cargo retratar pessoas tão conhecidas como John Wayne, Kirk Douglas e Otto Preminger submergem de tal forma nos seus personagens que criam a sensação de que estamos perante os verdadeiros. Todos estes actores em muito contribuem para criar profundidade e dimensão ao mundo em que habitam.

Apesar de grande parte do elenco ter em mãos personagens interessantes, algumas foram mal desenvolvidas e rapidamente percebemos que não levarão a lado algum. Existem narrativas paralelas como a que envolve a intriga entre o protagonista e a intolerante personagem de Adewale Akinnuoue-Agbaje, que não deviam existir. A única narrativa paralela importante, a que envolve a família de Dalton Trumbo, acaba por nos passar ao lado. Diane Lane é praticamente negligenciada, tendo apenas uma cena memorável enquanto esposa do protagonista.

O filme tem um esquema de iluminação e um humor musical familiar, que claramente invoca de forma nostálgica um Hollywood antigo, mas que acaba por dar ao produto final um tom caricatural. A introdução de figuras históricas da indústria torna-se num acto auto-congratulatório e os momentos de excessiva ode à indústria surgem como rebuscados uma vez que o foco principal do filme é um dos momentos mais negros da mesma.


É interessante verificar o frisson existente em torno deste filme, numa tentativa de nos recordar que os argumentos de Dalton Trumbo continham mensagens socialistas, como se isso revelasse o seu grau de cumplicidade num esquema magistral que não o absolve totalmente. Considerando os iniciais filosóficos do comunismo, parece questionável que alguém os incluísse no acto de contar uma história. Se as pessoas que tentam denegrir o nome do argumentista tivessem o mesmo grau de sensibilidade para com o filme de temas bíblicos, poucas seriam as obras cinematográficas a não serem consideradas propaganda.

Trumbo sente-se frequentemente como se se tratasse de uma história repetida inúmeras vezes. A forma como dramatiza um dos capítulos mais negros da história do cinema não produz nada de revelador sobre a indústria, ou sobre o seu protagonista, mas ainda assim consegue ser um retrato preciso de uma personagem central a uma trágica injustiça social.

"Spotlight" vence quatro prémios Satellite 2016


Os prémios Satellite 2016, entregues pela International Press Academy, consagraram Spotlight em quatro categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador.

CINEMA

Melhor Filme
Spotlight

Melhor Filme Internacional
Son of Saul (Hungria)

Melhor Filme de Animação
Inside Out

Melhor Documentário
The Look of Silence & Amy

Melhor Realizador
Thomas McCarthy por Spotlight

Melhor Argumento Original
Josh Singer e Thomas McCarthy por Spotlight

Melhor Argumento Adaptado
Aaron Sorkin por Steve Jobs

Melhor Elenco
Spotlight

Melhor Actriz 
Saoirse Ronan em Brooklyn

Melhor Actriz Secundária
Alicia Vikander em The Danish Girl

Melhor Actor
Leonardo DiCaprio em The Revenant

Melhor Actor Secundário
Christian Bale em The Big Short

Melhor Banda Sonora Original
Carter Burwell por Carol

Melhor Canção Original
"'Til It Happens To You", de The Hunting Ground

Melhor Fotografia
John Seale por Mad Max: Fury Road

Melhores Efeitos Visuais
The Walk

Melhor Montagem
Joe Walker por Sicario

Melhor Som
The Martian

Melhor Direcção Artística e Design de Produção
Bridge of Spies

Melhor Guarda-Roupa
The Assassin


TELEVISÃO

Melhor Série (Drama)
Better Call Saul

Melhor Série (Género)
Game of Thrones

Melhor Série (Comédia ou Musical)
Silicon Valley

Melhor Minissérie
Flesh and Bone

Melhor Telefilme
Stockholm, Pennsylvania

Melhor Actriz (Drama)
Claire Danes em Homeland

Melhor Actor (Drama)
Dominic West em The Affair

Melhor Actriz (Comédia ou Musical)
Taylor Schilling em Orange is the New Black

Melhor Actor (Comédia ou Musical)
Jeffrey Tambor em Transparent

Melhor Actriz em Minissérie ou Telefilme
Sarah Hay em Flesh and Bone

Melhor Actor em Minissérie ou Telefilme
Mark Rylance em Wolf Hall

Melhor Actriz Secundária em Minissérie, Telefilme ou Série
Rhea Seehorn em Better Call Saul

Melhor Actor Secundário em Minissérie, Telefilme ou Série
Christian Slater em Mr. Robot

Melhor Elenco
American Crime

"Spotlight" vence Melhor Filme, "Mad Max" arrecada seis Óscares 2016


Apesar das polémicas, a cerimónia dos Óscares 2016 decorreu tranquilamente, mas ainda houve tempo para adereçar assuntos importantes como a falta de diversidade racial, inclusão e o abuso sexual. O anfitrião, Chris Rock, foi mais comedido que o habitual, mas sempre que pode abordou o assunto do dia, a controvérsia #OscarsSoWhite, sem esquecer de criticar hipocrisia Jada e Will Smith e culminando com um "Black Lives Matter", depois de largar uma piada genial: «This year, in the In Memoriam package, it’s just going to be black people that were shot by the cops on their way to the movies».

Spotlight surpreendeu ao destronar The Revenant do trono de Melhor Filme, depois de uma corrida final apontar para o contrário. O filme venceu apenas outro Óscar, o de Melhor Argumento Original, tornando-se na segunda produção vencedora do Óscar de Melhor Filme, a vencer em apenas duas categorias. Ainda assim The Revenant levou três estatuetas importantes: Melhor Realizador (Alejandro González Iñárritu é apenas o terceiro realizador a vencer duas vezes consecutivas a categoria, depois de Joseph L. Mankiewicz [1949-1950] e John Ford [1940-1941]); Melhor Actor (Leonardo DiCaprio) e Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki é o primeiro a vencer três vezes consecutivas a categoria).

Mas Mad Max: Fury Road foi o principal vencedor da noite, ao levar para casa seis estatuetas e dez possíveis, de onde se inclui Melhor Montagem. Ex Machina também surpreende ao vencer a importante categoria de Melhores Efeitos Visuais, com um orçamento de apenas 15 milhões de dólares, comparativamente com nomeados como Star Wars: The Force Awakens, Mad Max: Fury Road, The Revenant ou The Martian. Mark Rylance também suplanta a concorrência de Sylvester Stallone ao receber o Óscar de Melhor Actor Secundário. O mesmo aconteceu com Sam Smith que levou para casa o prémio de Melhor Canção Original, apesar do favoritismo cair para Lady Gaga e Diane Warren.

Melhor Filme
Spotlight

Melhor Realizador
Alejandro G. Iñárritu por The Revenant

Melhor Actor
Leonardo DiCaprio em The Revenant

Melhor Actor Secundário
Mark Rylance em Bridge of Spies

Melhor Actriz
Brie Larson em Room

Melhor Actriz Secundária
Alicia Vikander em The Danish Girl

Melhor Argumento Original
Josh Singer e Tom McCarthy por Spotlight

Melhor Argumento Adaptado
Charles Randolph e Adam McKay por The Big Short

Melhor Filme de Animação
Inside Out

Melhor Filme Estrangeiro
Son of Saul (Hungria)

Melhor Documentário
Amy

Melhor Curta de Animação
Bear Story

Melhor Curta
Stutterer

Melhor Curta Documental
A Girl in the River: The Price of Forgiveness

Melhor Montagem
Mad Max: Fury Road

Melhor Fotografia
Emmanuel Lubezki por The Revenant

Melhor Banda Sonora Original
Ennio Morricone por The Hateful Eight

Melhor Canção Original
"Writing's on the Wall", de Spectre

Melhor Guarda-Roupa
Mad Max: Fury Road

Melhor Maquilhagem e Cabelo
Mad Max: Fury Road

Melhor Design de Produção
Mad Max: Fury Road

Melhor Edição de Som
Mad Max: Fury Road

Melhor Mistura de Som
Mad Max: Fury Road

Melhores Efeitos Visuais
Ex Machina

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Canal FX renova "Baskets" para uma segunda temporada


O canal FX anunciou a renovação de Baskets para uma segunda temporada. A série, criada por Louis C.K. (Louie), Jonathan Krisel (Portlandia) e Zach Galifianakis (The Hangover), segue a vida de um homem que decide tornar-se um palhaço profissional e matricula-se numa escola prestigiada de Paris. Contudo, o único emprego que consegue arranjar é de palhaço num rodeio.

Os cinco episódios exibidos até ao momento registaram a média de 1,5 milhões de espectadores, somando o DVR de sete dias. Esta é uma das melhores audiências que uma nova série da televisão por cabo norte-americana conseguiu registar este ano, até ao momento. A segunda temporada de Baskets estreará em 2017.

"The Danish Girl" e "Mad Max: Fury Road" são premiados pelo sindicato de figurinistas


Os filmes The Danish Girl e Mad Max: Fury Road foram premiados pela Costume Designers Guild, sindicato norte-americano dos figurinistas. Os prémios destacam os melhores trabalhos do ano na área; ambos os filmes estão nomeados ao Óscar 2016 de Melhor Guarda-Roupa. Na categoria de filme contemporâneo, Jenny Eagan venceu por Beasts of No Nation, filme sem qualquer nomeação ao Óscar.

CINEMA

Filme Contemporâneo
Jenny Eagan por Beasts of No Nation

Filme de Época
Paco Delgado por The Danish Girl

Filme de Fantasia
Jenny Beavan por Mad Max: Fury Road


TELEVISÃO

Série Contemporânea
Lou Eyrich por American Horror Story: Hotel

Série de Época
Ellen Mirojnick por The Knick

Série de Fantasia
Michele Clapton por Game of Thrones

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

NBC renova "Superstore" para uma segunda temporada


O canal NBC anunciou a renovação de Superstore para uma segunda temporada. A sitcom ambienta-se numa grande loja de departamentos, seguindo a rotina e relacionamentos entre os funcionários, com protagonismo de America Ferrera (Ugly Betty) e Ben Feldman (Mad Men).

Os onze episódios da primeira temporada foram vistos por cerca de 6,9 milhões, se contarmos com o DVR dos primeiros sete dias. A segunda temporada de Superstore contará com treze episódios.

Estreias 25 Fev'16: Saul fia; Hail, Caesar!, Zootopia, Triple 9 e Gods of Egypt

Dia 25 de Fevereiro, pode contar com as seguintes estreias numa sala de cinema perto de si:

Destaques:

  O Filho de Saul (Saul fia)
Ano: 2015
Realização:
Argumento: ,
Género: Drama
Elenco: , ,
Auschwitz (Polónia), 1944. O judeu Saul Ausländer (Géza Röhrig) é membro do Sonderkommando, o grupo de prisioneiros recrutados entre os recém-chegados, cuja função é a execução das tarefas mais críticas dos campos de concentração, evitadas pelos alemães. A sua função é limpar as câmaras de gás e enterrar os mortos. Devido à sua condição especial – e para manter secretas as operações de extermínio – este grupo é mantido isolado dos restantes prisioneiros. Um dia, durante os trabalhos num dos crematórios, Saul descobre o corpo de um rapaz que reconhece como sendo o seu próprio filho. A partir daquele momento, a vida de Saul ganha um novo alento e ele fica obcecado com uma missão quase impossível: salvar o corpo do rapaz de uma autópsia e encontrar um rabino que lhe realize um funeral religioso que salve a sua jovem alma... Realizado por László Nemes, segundo um argumento seu em parceria com Clara Royer, um filme dramático que arrecadou o Grande Prémio do Júri e o Prémio da Crítica Internacional no Festival de Cannes 2015. Depois de vencer o Globo de Ouro para Melhor Filme Estrangeiro, foi escolhido para representar a Hungria na competição de Óscar de Melhor Filme Estrangeiro da edição de 2016.

Outras sugestões:

Salve, César! (Hail, Caesar!)

Ano: 2016
Realização:  ,
Argumento:  ,
Género: Drama, Comédia, Musical
Elenco: , , , , , , , e
Hollywood (EUA), década de 1950. Edward Mannix é uma das peças fundamentais do negócio do cinema. A sua principal função é proteger as grandes estrelas de escândalos de todos os tipos. A sua vida é um frenesim de acontecimentos e de problemas para resolver. Mas o seu maior desafio surge quando Baird Whitlock, o actor principal de uma superprodução chamada “Salvé, César!”, é raptado a meio das filmagens. O rapto é reclamado por uma organização criminosa autodenominada “Futuro”, que exige uma exorbitante quantia de dinheiro. Gerir os egos de um sem-número de actores, realizadores e produtores, ao mesmo tempo que tenta encontrar o paradeiro de Whitlock, não é tarefa para qualquer um. Mas parece que Mannix consegue estar sempre à altura das circunstâncias… Escrito e realizado por Joel e Ethan Coen (conhecidos pelos sucessos “Barton Fink”, “Fargo”, “O Grande Lebowski”, “Este País Não É para Velhos” ou “Indomável”), uma comédia ambientada nos anos dourados do cinema. O elenco, de luxo, conta com a participação de Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Jonah Hill, Scarlett Johansson, Frances McDormand, Tilda Swinton e Channing Tatum, entre muitos outros.


Zootrópolis (Zootopia)

Ano: 2016
Realização:  , , Jared Bush
Argumento:  ,
Género: Animação
Como seria o Mundo se a raça humana nunca tivesse existido? Partindo desse pressuposto improvável, encontramos a cidade de Zootrópolis, um lugar moderno e civilizado, povoado por versões antropomórficas de todos os tipos de mamíferos. Todos vivem pacificamente até ao dia em que Nick Wilde, uma raposa esperta e tagarela, é acusado de um crime que não cometeu. É então que é capturado pela coelha Judy Hopps, uma jovem agente da polícia recentemente promovida e a quem ainda ninguém dá crédito. Como bons inimigos naturais que são, Wilde e Judy não se suportam. Mas quando ambos se dão conta de que são vítimas uma conspiração, vêem-se forçados a unir forças para encontrar os seus verdadeiros inimigos e provar a toda a gente a sua honestidade… Produzida pelos Walt Disney Animation Studios, uma comédia de animação que conta com a realização de Byron Howard (“Entrelaçados”,“Bolt”) e Rich Moore (“Força Ralph”,“Os Simpsons”) e co-realizada por Jared Bush (“Penn Zero: Part-Time Hero”). Na versão original as vozes são de Jason Bateman, Ginnifer Goodwin, Kristen Bell, Idris Elba, Shakira, John DiMaggio e Octavia Spencer, entre outros.

Triplo 9 (Triple 9)

Ano: 2016
Realização:
Argumento:
Género: Drama
Elenco:  , ,
Los Angeles, EUA. Um grupo de polícias corruptos é chantageado pela máfia russa para executar um assalto. Conscientes das fracas possibilidades de êxito, decidem que a única maneira de o realizar é matando um polícia, no lado oposto da cidade, de modo a accionar o código 999 – correspondente a “polícia abatido”. Dessa forma, aproveitando o caos que naturalmente ocorre em todas as esquadradas da polícia, eles ficam com um pouco mais de margem de manobra para concretizar o plano. Porém, nada corre como o esperado e eles vêem-se obrigados a improvisar para salvar a vida… Um filme de acção que conta com a realização de John Hillcoat (“Escolha Mortal”, “A Estrada”, “Dos Homens Sem Lei”) e argumento de Matt Cook. Casey Affleck, Chiwetel Ejiofor, Anthony Mackie, Aaron Paul, Norman Reedus, Woody Harrelson, Kate Winslet, Clifton Collins Jr., Michael K. Williams, Teresa Palmer e Gal Gadot dão vida às personagens.

Os Deuses do Egipto (Gods of Egypt)
Ano: 2016
Realização:
Argumento: ,
Género: Aventura
Elenco:  , ,
Muitas eras se passaram desde que os deuses caminhavam entre a Humanidade. Set, o impiedoso deus das trevas, roubou o trono ao seu irmão Horus e hoje governa o Egipto, sem complacência ou compaixão. O seu povo, outrora habituado à paz e à prosperidade, sobrevive ao caos e à destruição. O medo impera e são poucos os que se atrevem a mostrar descontentamento. Mas Set terá que enfrentar Bek, um jovem e corajoso mortal que, movido pelo amor de uma mulher, decide pedir ajuda ao deus Horus para que, numa aliança improvável consigam derrotar o senhor do mal. Mas libertar o povo não será fácil, pois Set tem do seu lado um exército de deuses, demónios e feras poderosíssimas... Um filme de acção e aventura realizado por Alex Proyas (“Cidade Misteriosa”, “Eu, Robot”, “O Corvo”) segundo um argumento de Matt Sazama e Burk Sharpless e que conta com Gerard Butler, Abbey Lee, Nikolaj Coster-Waldau, Geoffrey Rush, Chadwick Boseman e Courtney Eaton nos principais papéis.
Sinopses: Cinecartaz Público

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

"Carol": Vidas privadas

Por Miguel Stichini.

O realizador norte-americano Todd Haynes é indiscutivelmente o Douglas Sirk do cinema gay contemporâneo da nossa geração. Ou pelo menos o Rainer Werner Fassbinder. Um artista talentoso e sensível responsável por obras-primas como Far from Heaven (2002), Safe (1995) e Velvet Goldmine (1998), Todd Haynes encontra-se no topo da lista de autores do cinema queer, ao lado de Gregg Araki e John Cameron Mitchell. Recorrendo inúmeras vezes ao melodrama technicolor, como pano de fundo para os seus filmes, o cineasta deixa-se inspirar em All That Heaven Allows (1955) e Ali: Fear Eats the Soul (1974). A narrativa pouco convencional das suas obras foca menos sobre os seus personagens sexualmente conflituosos, mas mais nas construções sociais que geram esses mesmos conflitos.

Muito mais astutas que a visão heterossexual sobre uma história homossexual de Ang Lee em Brokeback Mountain (2005) e menos chocantes que Mysterious Skin (2004) de Gregg Araki, as obras de Todd Haynes ocupam um espaço na história de Hollywood de quem apresenta um conhecimento profundo do melodrama clássico e uma grande atenção ao posicionamento da câmara, captação de imagem e edição, muito mais que os seus contemporâneos gostam de admitir.

O casamento de grandes mentes, claramente, exige um certo nível de impedimento. Qual a razão pela qual o cineasta volta a visitar o mesmo tempo e tom que visitara aquando de Far from Heaven? Simplesmente porque o período garante não só armadilhas românticas de alta-qualidade, como também um grau perfeito de frustração sem o qual um romance não se tornaria drama. Se tivesse adaptado The Price of Salt de Patricia Highsmith aos dias de hoje, o efeito jamais seria o mesmo. A destruição de um casamento heterossexual em nome de uma relação homossexual é hoje saudada cinematicamente por uma honestidade emocional, enquanto a obra de Patricia Highsmith mergulha por entre o crime, um silvo de desprezo social e ao perigo a ele subjacente.

A diferença entre as duas obras do realizador é que desta vez a iluminação incandescente, as paletas de cor saturada, diálogos over-the-top e a banda sonora de Elmer Bernstein são postas de lado. Este novo filme move-se para lá de uma simples homenagem ao género, capturando a sensação repressiva de uma América em plenos anos 50, apresentando uma estética mais íntima. Os rostos dos personagens são muitas vezes capturados através das janelas de um carro à chuva, cobertos por uma desfocada paisagem urbana, por entre diálogos pontuados por longas pausas e a angústia surge através de um desespero silencioso. Trata-se de um retrato definitivamente mais naturalista, mas não deixa de ser cuidado, rigoroso e maduro.


O argumento poderia simplesmente ter sido sobre um relacionamento vítima de uma época passada. Em vez disso, a dupla de argumentistas constrói um testamento à capacidade do amor em prosperar. Trata-se de uma história bela em parte devido à manipulação irrestrita do relacionamento lésbico das protagonistas e à precisão com que o mesmo é retratado. Existe uma certa rigidez tipicamente associada a filmes de época, onde guarda-roupa e diálogos apropriados se colocam no caminho das personagens. Tal não acontece no mais recente filme de Todd Haynes que recorre àquele período temporal como molde para um drama humanista.

O trabalho de fotografia de Edward Lachman evoca a memória de dias passados, adoptando a aparência inconfundível de um snapshot de cor em movimento tirado em 1952. A juntar-se a esta magia imagética quase perfeita encontram-se os atributos técnicos de Carter Burwell, cuja banda sonora se torna uma pontuação melancolicamente urgente; os guarda-roupas primorosamente envolventes de Sandy Powell e o detalhe onírico da direcção de arte de Jesse Rosenthal. A beleza do vintage que pontua o ecrã é rapidamente enfraquecida pela amarga e potencialmente sufocante realidade subjacente à época.

Em momento algum se sente a intenção em se criar uma tragédia, mas ainda assim ao evitar reconhecer as adversidades dos seus protagonistas, permite-lhes um raio de esperança no final das suas lutas interpessoais. Por entre toda a tolice e ignorância que as protagonistas enfrentam diariamente, no final do dia prevalece algo entre elas bem mais poderoso que coloca de lado os intrometidos e intolerantes que ousam empunhar as suas opiniões.

Sempre que se fala de filmes americanos com grandes nomes no elenco cuja história gere questões de género, a maioria das vezes a tendência dos críticos é sugerirem que os elencos e realizadores conseguem transformar a história em algo acessível e normativo. Trata-se de uma noção no mínimo insultuosa que involuntariamente sublinha uma agenda heteronormativa sobre qualquer obra romântica que ouse não conter um casal hetero no seu centro.


Cate Blanchett e Rooney Mara são as protagonistas de um dos romances mais marcantes do ano, e um dos casais mais magnéticos. A contenção de Carol e Therese exibida à medida que as duas conversam e aos poucos se tornam íntimas é retratada de uma forma honesta. O mesmo acontece aquando da consumação do seu relacionamento, que pungentemente rasca a narrativa. De um ponto de vista exterior, Carol de Cate Blanchett é impressionante, impecavelmente vestida, com o seu cabelo loiro ondulado enrolado apenas para a direita, exibindo um ar de confiança a cada a passo, mas onde nem tudo é perfeito na sua vida privada. A actriz é resplandecente a casa segundo, matreiramente hilariante num momento, desoladora no seguinte. O auge da sua crua e humanística disponibilidade surge no confronto final com Harge, numa sala repleta de advogados enquanto defende o direito de ser ao mesmo tempo mãe e alguém merecedor de afecto.

Para Therese a novidade da sua relação é ligeiramente perturbadora, mas não menos emocionante. A sua auto-descoberta sexual que, em última análise, a leva a tomar algumas decisões corajosas, é tratada sublimemente. Rooney Mara têm desenvolvido notoriamente quase todos os seus grandes papéis de forma contida. Por vezes funciona muito bem para a personagem, por vezes, inadvertidamente, dá-nos a sensação que a actriz tem falta de carisma. O estilo representativo da actriz assenta que nem uma luva na sua tranquilamente modesta personagem, onde actriz e personagem parecem ganhar confiança aos poucos simultaneamente.

Carol inteligentemente desenvolve um retrato de alguém que vive numa sociedade socialmente repressiva e o que isso realmente significa. Tristeza e esperança entrelaçam-se por entre a força gravitacional que atrai as duas protagonistas enquanto o universo de tudo faz para as separar.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Teaser trailer do remake de "Pete's Dragon"



Pete's Dragon, um filme que em Portugal ficou conhecido como Meu Amigo o Dragão, foi uma aventura sobre um rapaz orfão e o seu dragão de estimação.

Um filme da Disney que combinava imagem real com animação no que altura já era uma inovação para os estúdios americanos, era uma personagem animada a passear pelos cenários reais (ao contrário das famosas sequências de Mary Poppins).

Este é o filme que quase quarenta anos depois ganha o direito a um remake com a animação a dar lugar ao CGI, naturalmente.

O primeiro teaser para o filme já foi lançado e o tom parece bastante mais sério do que o do original. Afinal não há nem Mickey Rooney nem números musicais.

Em compensação há Robert Redford e Bryce Dallas Howard como estrelas de um elenco que conta também com Karl Urban e Wes Bentley.

O realizador do filme é David Lowery, cujo único ponto a assinalar na carreira é Ain't Them Bodies Saints, filme que venceu o prémio para Melhor Fotografia no festival de Sundance e passou fora de competição em Cannes mas nunca chegou ao nosso país.


Passatempo A Força da Verdade

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Curta portuguesa vence Urso de Ouro no Festival de Berlim 2016


O filme Balada de um Batráquio, da jovem realizadora portuguesa Leonor Teles, venceu o Urso de Ouro para Melhor Curta-Metragem no Festival de Berlim 2016. A curta-metragem fala da tradição portuguesa de colocar sapos de louça à porta dos estabelecimentos comerciais para manter os ciganos afastados. Este é o primeiro filme da jovem, de origens ciganas, depois de terminar o Mestrado em Audiovisuais e Multimédia da Escola Superior de Comunicação Social: anteriormente tinha dado cartas com Rhoma Acans (2012), onde já abordava temas relacionados com a etnia cigana em Portugal. Leonor Teles torna-se a mais jovem realizadora a vencer este galardão, aos vinte e três anos.

Esta é a segunda vez que uma curta-portuguesa recebe tal prémio, depois de Rafa, de João Salaviza, em 2012. Nesse mesmo ano, Tabu venceu o prémio Alfred Bauer pela nova perspectiva que trouxe ao cinema.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Passatempo Os Deuses do Egipto

Prémios SAG 2016 reforçam corrida aos Óscares


Os prémios do sindicato norte-americano de actores (Screen Actors Guild) reforçaram há umas semanas a corrida aos Óscares. Leonardo DiCaprio, Brie Larson e Alicia Vikander parecem agora um lugar quase garantido no lote de actores a vencerem um Óscar pela sua interpretação. Spotlight levou o prémio de Melhor Elenco.

CINEMA

Melhor Actor
Leonardo DiCaprio em The Revenant

Melhor Actriz
Brie Larson em Room

Melhor Actor Secundário
Idris Elba em Beasts of No Nation

Melhor Actriz Secundária
Alicia Vikander em The Danish Girl

Melhor Elenco
Spotlight

Melhor Elenco de Duplos
Mad Max: Fury Road


TELEVISÃO

Melhor Actor em Telefilme ou Minissérie
Idris Elba em Luther

Melhor Actriz em Telefilme ou Minissérie
Queen Latifah em Bessie

Melhor Actor em Série Dramática
Kevin Spacey em House of Cards

Melhor Actriz em Série Dramática
Viola Davis em How To Get Away with Murder

Melhor Actor em Série de Comédia
Jeffrey Tambor em Transparent

Melhor Actriz em Série de Comédia
Uzu Aduba em Orange is the New Black

Melhor Elenco em Série Dramática
Downton Abbey

Melhor Elenco em Série de Comédia
Orange is the New Black

Melhor Elenco de Duplos
Game of Thrones

"Orange is the New Black" é renovada para três temporadas


O site de streaming Netflix anunciou a encomenda de três novas temporadas de Orange is the New Black, garantindo assim, no mínimo, uma sétima temporada da série criada por Jenji Kohan (Weeds).

O anúncio da renovação é feito antes da estreia da quarta temporada, que ocorrerá a 17 de Junho em todo o mundo. A quarta temporada introduzirá novos actores: Brad William Henke (LOST), Mike Houston (Boardwalk Empire), Kelley Karbacz (Get Smart), Jolene Purdy (Under the Dome) e Shannon Esper (Mutual Friends).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Produção de "Motive" encerra na quarta temporada


O canal canadiano CTV anunciou que a produção de Motive encerrará na sua quarta temporada. O canal não adiantou o motivo do cancelamento, mas aquando da renovação para esta última temporada, referiu que a terceira temporada tinha registado cerca de 1,24 milhões de espectadores (a melhor audiência de sempre).

A quarta e última temporada da série estreará a 22 de Março e introduzirá novos detectives (interpretados por Victor Zinck Jr. e Karen LeBlanc). A temporada contará com treze episódios.

Estreias 18 Fev'16: Mustang, Trumbo, Zoolander 2, Sadilishteto e The Forest

Dia 18 de Fevereiro, pode contar com as seguintes estreias numa sala de cinema perto de si:

Destaques:

  Mustang (Mustang)
Ano: 2015
É Verão na Turquia. Lale e as suas quatro irmãs vivem numa pequena aldeia com a avó e com o tio. Um dia, depois do fim das aulas, são apanhadas a brincar na praia com alguns colegas de escola. A brincadeira, apesar de inocente, é mal interpretada pelos familiares, que a consideram inapropriada. O castigo não tarda e as cinco raparigas são fechadas em casa, proibidas de qualquer contacto com o mundo exterior. A casa da família transforma-se lentamente numa prisão e os seus casamentos começam a ser planeados. Porém, incapazes de se deixarem dominar, elas encontram as suas próprias formas de contornar as regras que lhes são impostas. Estreia na realização de longa-metragem de Deniz Gamze Ergüven, “Mustang” está nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro (representando a França).

Outras sugestões:

Trumbo (Trumbo)

Ano: 2015
Realização:
Argumento:
Género: Drama, Biografia
Elenco:  , , , , , , , , ,
James Dalton Trumbo nasceu em Montrose, EUA, a 9 de Dezembro de 1905. Aos 30 anos estreou-se com “Eclipse”, o seu primeiro romance. Já em 1939 escreveu “Johnny Vai à Guerra”, um clássico pacifista premiado com um National Book Award. Durante a década de 1940, com provas dadas na Sétima Arte, era já um dos argumentistas mais bem pagos de Hollywood, escrevendo sucessos de bilheteira como “Kitty - A Rapariga da Gola Branca” (que lhe valeu a primeira nomeação para um Óscar na categoria de melhor argumento adaptado), “Trinta Segundos sobre Tóquio” (1944) ou “Ternura“ (1945). Em 1947, ele e nove outras personalidades foram chamados a depor na comissão parlamentar de inquérito da Câmara dos Representantes dos EUA, presidida pelo senador Joseph McCarthy (1908-1957), cuja função era averiguar a suposta infiltração de comunistas na indústria cinematográfica. Trumbo recusou-se a acusar os colegas e foi condenado por desobediência civil, passando a integrar a primeira lista negra de Hollywood e obrigado a cumprir onze meses de prisão no estado de Kentucky. Após cumprir pena, muda-se com a família para o México. Ali, não desiste de trabalhar e arrisca escrever argumentos para cinema usando pseudónimos, arrecadando secretamente dois Óscares com os filmes “Férias em Roma” (1953), de William Wyler, e “O Rapaz e o Touro” (1956), de Irving Rapper. Mais tarde, com o apoio do realizador Otto Preminger, viu o seu nome ser creditado em “Exodus” (1960). Logo em seguida, Kirk Douglas tornou público que foi ele o responsável pelo argumento de “Spartacus” (1960), de Stanley Kubrick. Com isto, Trumbo foi reintegrado no Writers Guild of America, o sindicato dos argumentistas de Hollywood, e passou a ser creditado por todos os seus trabalhos. O seu último argumento para cinema foi com filme “Papillon” (1973), de Franklin J. Schaffner. “Night of the Aurochs”, publicado postumamente em 1979, foi o seu derradeiro romance. A 10 de Setembro de 1976, com 70 anos de idade, Dalton Trumbo tem um ataque cardíaco que se revelou fatal. Com realização de Jay Roach (“A Campanha”) e argumento de John McNamara, um drama que adapta a obra biográfica sobre Dalton Trumbo escrita, em 1977, por Bruce Alexander Cook. O elenco conta com Bryan Cranston, Diane Lane, Helen Mirren, Louis C.K., Elle Fanning, John Goodman e Michael Stuhlbarg, entre outros.


Zoolander 2 (Zoolander 2)

Ano: 2016
Há uma década, Zoolander e Hansel eram os modelos masculinos mais requisitados pelos grandes estilistas da época. Hoje, por mais que lhes custe aceitar, ambos sabem que já não há lugar para eles nesta indústria. O mundo da alta-costura mudou radicalmente, assim como os conceitos de beleza, hoje mais virados para a androginia. Mas quando várias personalidades famosas, jovens e bonitas, desde Justin Bieber a Demi Lovato, começam a aparecer mortas com o célebre olhar “Blue Steel” – outrora uma imagem de marca de Zoolander –, Valentina, uma agente da Interpol, pede-lhes ajuda para investigar os assassinatos. Entusiasmados com a oportunidade de regressarem ao universo da moda, os dois amigos sentem que é chegada a oportunidade de que necessitavam para demonstrarem o seu valor… Com assinatura do conhecido actor e realizador de comédia Ben Stiller, continua a história iniciada em 2001. Para além de Stiller no papel de Zoolander, o elenco conta com Owen Wilson, Will Ferrell, Penélope Cruz, Kristen Wiig e Fred Armisen e ainda com a participação especial de Justin Bieber, Demi Lovato, Ariana Grande e Mika, entre outros.

O Julgamento - Fronteira de Esperança (Sadilishteto)

Ano: 2014
Numa zona rural situada entre as fronteiras da Bulgária, Turquia e Grécia vive Mityo (Assen Blatechki) e o seu filho Vasko (Ovanes Torosian), de 18 anos. Desde o falecimento da mãe que o relacionamento entre ambos se vem revelando cada vez mais difícil. Tudo se agrava quando Mityo é despedido e percebe que está à beira de perder a casa onde moram. É então que resolve aceitar uma proposta de um antigo colega, que lhe oferece emprego no contrabando de imigrantes ilegais. Porém, apesar de saber que não tem alternativa senão aceitar, para Mityo esta situação traz-lhe lembranças de tempos terríveis, que há 25 anos se esforça por esquecer… Um filme dramático realizado pelo búlgaro Stephan Komandarev, que escreveu o argumento em parceria com Marin Damyanov e Emil Spahiyski.

A Floresta (The Forest)
Ano: 2016
Realização:
Argumento: , , Ben Ketai
Género: Terror
Elenco: , ,
As gémeas Sara e Jess sempre foram muito ligadas. Quando Jess fica alguns dias sem dar notícias, a irmã sente que algo de terrível se terá passado e decide procurá-la. É então que descobre que ela viajou até ao Japão com a intenção de ir até Aokigahara, uma floresta no sopé do monte Fuji. Devido à densidade das árvores, que bloqueiam o vento, e à ausência de vida selvagem, esta floresta é conhecida por ser estranhamente silenciosa. Famosa por ser o local escolhido por centenas de suicidas, são também muitas as histórias relacionadas com os fantasmas dos que morreram e com vários espíritos malignos característicos da mitologia japonesa. Decidida a encontrar a irmã e a trazê-la de volta para a segurança familiar, Sara voa até ao Japão em busca de um guia que a ajude a entrar em Aokigahara. Porém, lá chegada, ela apercebe-se de que aquele é um lugar maldito e que as probabilidades de encontrar a irmã com vida são muito reduzidas… Estreia na realização de Jason Zada, uma história de terror que conta com a participação de Natalie Dormer, Taylor Kinney, Eoin Macken e Stephanie Vogt.
Sinopses: Cinecartaz Público