Título original: Music and Lyrics (2007)
Realização: Marc Lawrence
Argumento: Marc Lawrence
Elenco: Hugh Grant, Drew Barrymore, Scott Porter, Brad Garrett e Haley Bennett
É o género de filme que não nos leva a esperar muito. E isso é bom, não criar expectativas demasiado elevadas, porque no fim podemos surpreender-nos de uma forma muito mais positiva que o usual. Música e Letra não é, com toda a franqueza, um clássico, nem tampouco do melhor que já se fez. É antes de mais, um bom filme para ver num Domingo chuvoso, à tarde. É carinhoso, light e divertido. E isso já é bom.
Do autor de Miss Detective (Marc Lawrence), o filme prima pela não repetição dos mesmo conceitos básicos para os quais nos arrastam a maioria das comédias românticas. O argumento remete-nos para a nostalgia dos anos 80 e o pop contagiante que se fazia ouvir na altura. E PoP! Goes My Heart, música inicial da história e que nos contextualiza para o filme é uma recriação quase perfeita, das músicas pop e dos videoclips dos 80’s. Curiosamente, deixa o espectador com o “tique da perna” e com a música no ouvido, forçando-nos a cantarolá-la.
Hugh Grant tem aqui uma prestação interessante, como já não via desde About a Boy e Love Actually. Coerente, divertida e convincente, dá-nos a conhecer um ultrapassado membro de uma banda, que teve outrora os seus momentos áureos, o que dá origem a divertidas peripécias. Já Drew Barrymore também tem um desempenho aceitável, no papel de uma jardineira de ocasião, hipocondríaca e que descobre que tem aptidão para fazer rimas e compor canções. O elenco conta também com a participação de Haley Bennett, principiante e que poderemos ver no novo filme Marley e Eu, no papel de uma cantora pop, muito semelhante em popularidade e aparência à Britney Spears de outrora. O seu papel, sem grandes diálogos ou importância primordial, acaba por ser divertido.
Não esperem muito do filme, mas a surpresa acaba por ser grande. É original (e isso é raro em nos actuais tempos de Hollywood) e contagiante. Dá para rir (ou sorrir apenas), toca no coração, nem que seja pela nostalgia dos anos 80.
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