Realização: Jonathan Demme
Argumento: Jenny Lumet
Elenco: Anne Hathaway, Rosemarie DeWitt, Debra Winger e Jerome Le Page
O Casamento de Rachel é uma obra que não está livre dos clichês das famílias disfuncionais, dos dramas emocionais e das crises de consciência. Contudo diferencia-se de obras anteriores de Jonathan Demme como Philadelphia e The Silence of the Lambs. Enquanto nestes dois filmes assistíamos a uma cartilha de normas rígidas de realização, em O Casamento de Rachel rapidamente percebemos uma mudança na realização do mesmo, num registo documental, num retrato simples e claro das disfunções emocionais da protagonista e da sua família.
O curioso do filme e que se pode tornar uma faca de dois gumes é a sinceridade e honestidade com que os planos são revelados. A câmara de Jonathan Demme é agora instável, crua, sem grandes artifícios, sem medo de fraquejar ou tremer, numa franca imitação do estilo dos anos 70. E se por vezes isso contribui para o estilo honesto da narrativa, no género handycam que agora está em voga, por outro lado acaba por encher demasiado com cenas ou planos desinteressantes para o espectador e que acabam por cansar a determinada altura.
A nível do elenco de figurante parecem saído de uma real festa de casamento, sem grandes preocupações estéticas ou a nível de diálogos, tudo de forma a torná-los ainda mais credível perante o grande público. Mas o desempenho de Anne Hathaway é o grande triunfo e que merecidamente ganhou uma nomeação para o Óscar de Melhor Actriz, graças à impetuosidade da sua personagem Kym e ao facto de não ter medo de ser politicamente incorrecta na atitude e argumentos. No entanto, a maior questão é que em determinados momentos o filme parece demasiadamente sustentado pelo desempenho de uma única actriz, neste caso a Anne Hathaway. Nas prestações secundárias destacam-se Rosemarie DeWitt (Off the Black) e Debra Winger (Shadowlands).
O argumento de Jenny Lumet é excelente no plano emocional e afectuoso, que garante uma visão pessoal e intimista das disfunções de uma família assombrada por erros do passado, mas que se limita na visão tragicómica do quotidiano americano.
O curioso do filme e que se pode tornar uma faca de dois gumes é a sinceridade e honestidade com que os planos são revelados. A câmara de Jonathan Demme é agora instável, crua, sem grandes artifícios, sem medo de fraquejar ou tremer, numa franca imitação do estilo dos anos 70. E se por vezes isso contribui para o estilo honesto da narrativa, no género handycam que agora está em voga, por outro lado acaba por encher demasiado com cenas ou planos desinteressantes para o espectador e que acabam por cansar a determinada altura.
A nível do elenco de figurante parecem saído de uma real festa de casamento, sem grandes preocupações estéticas ou a nível de diálogos, tudo de forma a torná-los ainda mais credível perante o grande público. Mas o desempenho de Anne Hathaway é o grande triunfo e que merecidamente ganhou uma nomeação para o Óscar de Melhor Actriz, graças à impetuosidade da sua personagem Kym e ao facto de não ter medo de ser politicamente incorrecta na atitude e argumentos. No entanto, a maior questão é que em determinados momentos o filme parece demasiadamente sustentado pelo desempenho de uma única actriz, neste caso a Anne Hathaway. Nas prestações secundárias destacam-se Rosemarie DeWitt (Off the Black) e Debra Winger (Shadowlands).
O argumento de Jenny Lumet é excelente no plano emocional e afectuoso, que garante uma visão pessoal e intimista das disfunções de uma família assombrada por erros do passado, mas que se limita na visão tragicómica do quotidiano americano.
Correndo o risco de ser pouco sensível, pouco cinéfila, pouco elitista...
ResponderEliminarMas que seca de filme!
MJNuts
MJNuts, confesso que depois de tanto burburinho de roda do filme pensei que fosse melhor...
ResponderEliminarConcordo contigo, a realização propositadamente amadora cansa, e tem muito entulho pelo emio.
ResponderEliminarValeu pela intensa interpretação de Anne Hathaway,era a minha favorita para a estatueta