sexta-feira, 24 de abril de 2009

DVD: Cubo, por Tiago Ramos



Título original: Cube (1997)
Realização: Vincenzo Natali
Argumento: André Bijelic e Vincenzo Natali
Elenco: Nicole de Boer, Nicky Guadagni, David Hewlett, Andrew Miller e Maurice Dean Wint

Vencedor do prémio Fantasporto em 1999, Cube foi dos filmes mais comentados na altura, devido ao seu intrigante enredo e simplicidade/complexidade do cenário. Cubo conta a história de seis pessoas comuns, totalmente estranhas entre si, que acordam presas num labirinto. Nele, existem salas interligadas em forma de cubos e preparadas com armadilhas mortais. O filme centra-se sobretudo nas emoções humanas, na sua natureza e no seu instinto de sobrevivência. Todo o enredo centra-se nas diferenças entre as pessoas e na forma como agem na resolução dessas diferenças. O problema mais grave, no interior do Cubo, não são as armadilhas. O que poderá impedir alguém de sair vivo do Cubo será mesmo ele próprio, expondo assim o nível a quem um ser humano chega quando assolado pelo desespero.



Um dos grandes pontos a favor do filme é o elenco que, apesar de não ser muito conhecido, consegue fazer interpretações excelentes, num cenário sempre igual, com textos completos e longos. O filme ajuda-nos a compreender a gestão de um grupo, a capacidade de decisão e valorizar quem nos rodeia de modo a compreender as suas especialidades. A interpretação de Andrew Miller, o autista, é das mais importantes de todo o filme, pois é ele que possui a solução para o enigma e consequente salvação de todos. As cenas finais do filme demonstram como o ser humano ainda está muito propenso a julgamentos pela aparência e não pelas capacidade. A saída do Cubo, envolta em luz branca, revela o enigmático espaço como uma espécie de catarse humana, onde só os puros são salvos.


Nunca se percebe muito bem o porquê da construção do Cubo ou o motivo de serem aqueles seis os escolhidos, contudo todos eles têm um papel preponderante lá dentro. O cenário do filme acaba por brincar com o espectador, levando-o a ter uma atitude activa e por vezes claustrofóbica, em relação ao desenrolar do argumento.

Sem dúvida alguma, Cubo apresenta como uma inovação para a época em que surgiu, sendo um filme cheio de pontas soltas e enigmas por resolver.

Classificação:

Extras:



  • Menus Interactivos
  • Selecção por Capítulos
  • Trailer



Classificação dos Extras:

2 comentários:

  1. Um excelente filme, que marcou igualmente nesse ano o FantasPorto.
    Inovador em muitos sentidos e teve direito a mais dois desenvolvimentos, a sequela Cubo 2: Hipercubo (que é mesmo muito interessante) e a prequela Cubo Zero (que antecede e de certa forma dá algumas respostas ao Cubo 1).
    Cubo é altamente recomendado. E dos mesmos criadores de Cubo, recomendo ainda o "Nothing", que é muito invulgar.

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  2. ArmPauloFerreira,
    Foi uma agradável surpresa e uma inovação para a época. Quanto à sequela e prequela, já as vi, mas são de qualidade inferior.

    Quanto a Nothing ainda não vi, mas fica registado.

    Abraço cinéfilo

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