Título original: I Am Legend (2007)
Realização: Francis Lawrence
Argumento: Mark Protosevich e Akiva Goldsman
Elenco: Will Smith e Alice Braga
É um blockbuster. Mas um blockbuster invulgar. E sente-se o risco tomado por Francis Lawrence quando sustenta todo o argumento num único actor: Will Smith. E se de início nos poderíamos sentir agarrados ao ecrã, à medida que se vai desenvolvendo o misto de heroísmo com insanidade quebra-se a intereressante complexidade da história original num inverosímel projecto que tenta a todo o custo assemelhar-se a um Série B, recheado de efeitos especiais.
A realização de Mark Lawrence inspira dúvidas. Em algumas cenas enquadra competentemente a suposta vida rotineira do protagonista, com uma boa banda sonora e com planos rígidos, mas não de todo desinteressantes. Mas especialmente nas cenas de acção de confronto, perde-se a qualidade na montagem e choca-se com uma fraca animação dos infectados com o vírus. E é este artificialismo que vai acabando por minar a qualidade de Eu Sou a Lenda.
Ao longo de todo o filme, tenta-se seguir uma espécie de catárse do herói, enquanto luta por manter a sua sanidade mental, à medida que enfrenta a solidão numa enorme cidade e a morte da família. Mas assiste-se à impotência de Mark Lawrence em conseguir fazer os espectadores esse sentimento de solidão angustiante, ao que o desempenho de Will Smith também não ajuda. O final por seu lado resulta num tentativa de fazer o protagonista um herói, como num último acto de redenção, que cria uma conclusão por demais prevísivel.
A presença de Alice Braga no elenco do filme revela-se interessante, com um desempenho credível, mesmo que o seu surgimento na cronologia do filme revela-se antecipado e acelerado. Lamentavelmente a nova temática introduzida pela personagem de Alice Braga, cria uma tremenda manipulação ao argumento, numa tentativa desesperada de criar controvérsia por parte do realizador, mas que conduz o filme à previsibilidade.
Contudo, I Am Legend vale pela temática e efeitos especiais, complementada com alguma versatilidade de Will Smith.
A realização de Mark Lawrence inspira dúvidas. Em algumas cenas enquadra competentemente a suposta vida rotineira do protagonista, com uma boa banda sonora e com planos rígidos, mas não de todo desinteressantes. Mas especialmente nas cenas de acção de confronto, perde-se a qualidade na montagem e choca-se com uma fraca animação dos infectados com o vírus. E é este artificialismo que vai acabando por minar a qualidade de Eu Sou a Lenda.
Ao longo de todo o filme, tenta-se seguir uma espécie de catárse do herói, enquanto luta por manter a sua sanidade mental, à medida que enfrenta a solidão numa enorme cidade e a morte da família. Mas assiste-se à impotência de Mark Lawrence em conseguir fazer os espectadores esse sentimento de solidão angustiante, ao que o desempenho de Will Smith também não ajuda. O final por seu lado resulta num tentativa de fazer o protagonista um herói, como num último acto de redenção, que cria uma conclusão por demais prevísivel.
A presença de Alice Braga no elenco do filme revela-se interessante, com um desempenho credível, mesmo que o seu surgimento na cronologia do filme revela-se antecipado e acelerado. Lamentavelmente a nova temática introduzida pela personagem de Alice Braga, cria uma tremenda manipulação ao argumento, numa tentativa desesperada de criar controvérsia por parte do realizador, mas que conduz o filme à previsibilidade.
Contudo, I Am Legend vale pela temática e efeitos especiais, complementada com alguma versatilidade de Will Smith.
Classificação:
Péssimo, horrivel, detestavel!
ResponderEliminarTiago, tenho de discordar (há uma primeira vez para tudo xD) contigo em dois pontos. Primeiro na classificação: para mim, I Am Legend nem duas estrelas merece, é tão incongruente, é péssimo. Discordo também quando te referes à 'versatilidade de Will Smith'. Isso é ironia?
ResponderEliminarbom filme, Tiago. só não curti muito a concepção dos infectados - um tanto falso. mas vale pela presença de Will Smith.
ResponderEliminarabraço :)
Cleber,
ResponderEliminarNão é dos que mais detesto, mas também está longe de ser um dos meus preferidos.
Jackson,
É verdade, tinha de ser algum dia. Não considero o filme péssimo, tanto que assenta numa boa premissa de um interessante e complexo livro. E dentro do género há bem piores. Quanto a Will Smith não sou em nada fã, mas admito alguma competência no seu trabalho e neste mesmo guião, o actor consegue alguma versatilidade no seu desempenho, enquanto explora a dualidade do herói solitário...
Jeniss Walkerz,
Esse é realmente o ponto mais fraco no filme.
já viram o final alternativo é muito mais interessante e valoriza o filme
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminarNão. Julgo que surge apenas na edição especial. Mas é assim tão bom?