Realização: Isabel Coixet
Argumento: Nicholas Meyer e Philip Roth
Elegia, para quem estranhe o título do filme, é um poema terno e triste. É de certa forma adequado à história que a espanhola Isabel Coixet adapta do escritor Philip Roth, mas esconde o original (muito mais mordaz) Animal Moribundo.
O filme retrata a angústia de um homem na crise da meia-idade, habitualmente apaixonado pelas suas alunas jovens, mas que não permite uma maior aproximação a nível mental. É um tratado sobre a possessão e sobre a ilusão de posse, num tom soturno e sombrio como habitualmente Isabel Coixet nos traz. O seu fascínio pela morte e doença é habilmente retratado e apesar de apresentar alguns clichés, consegue fugir de alguns desses (mortais) lugares comuns.
A história de um amor proibido, torna-se a história da descoberta do Amor e de nós próprios, uma viagem aos mais profundos sentidos humanos, não isenta de uma pretensiosa intelectualidade da cineasta. Mas esse sentido mais filosófico é superado pela excelente interpretação de Ben Kingsley, que parece acordar do estado letárgico que se viu nos seus últimos filmes, numa prestação comovente e difícil. Já Penélope Cruz, com 32 anos à data de produção do filme, não parece enquadrar-se nem um pouco no perfil de uma aluna com pouco mais de duas décadas de vidas. Imprime uma sensualidade latina ao papel, mas não revela sentir-se à vontade com o papel. Por seu lado, Patricia Clarkson e Dennis Hopper, embora demasiado secundários, garante carisma e talento à película.
Elegia traz-nos erotismo, amor e drama numa película que se podia ter revelado uma adaptação melhor. Mas não deixa de ser um filme interessante.
O filme retrata a angústia de um homem na crise da meia-idade, habitualmente apaixonado pelas suas alunas jovens, mas que não permite uma maior aproximação a nível mental. É um tratado sobre a possessão e sobre a ilusão de posse, num tom soturno e sombrio como habitualmente Isabel Coixet nos traz. O seu fascínio pela morte e doença é habilmente retratado e apesar de apresentar alguns clichés, consegue fugir de alguns desses (mortais) lugares comuns.
A história de um amor proibido, torna-se a história da descoberta do Amor e de nós próprios, uma viagem aos mais profundos sentidos humanos, não isenta de uma pretensiosa intelectualidade da cineasta. Mas esse sentido mais filosófico é superado pela excelente interpretação de Ben Kingsley, que parece acordar do estado letárgico que se viu nos seus últimos filmes, numa prestação comovente e difícil. Já Penélope Cruz, com 32 anos à data de produção do filme, não parece enquadrar-se nem um pouco no perfil de uma aluna com pouco mais de duas décadas de vidas. Imprime uma sensualidade latina ao papel, mas não revela sentir-se à vontade com o papel. Por seu lado, Patricia Clarkson e Dennis Hopper, embora demasiado secundários, garante carisma e talento à película.
Elegia traz-nos erotismo, amor e drama numa película que se podia ter revelado uma adaptação melhor. Mas não deixa de ser um filme interessante.
Não digo expectativa, mas interesse por este título e pela interpretação da fantástica Penélope Cruz.
ResponderEliminarJackson,
ResponderEliminarAcredita que a interpretação da Penélope fica um pouco aquém do esperado.
Ora bem, concordo com a nota e com o que escreveste. É um filme que, a espaços, consegue ser muito intenso e aborda a velhice com um sentido muito humano. É no minimo surpreendente.
ResponderEliminarAbraço
Fifeco,
ResponderEliminarÉ isso mesmo, concordo. :)
Fifeco,
ResponderEliminarÉ isso mesmo, concordo. :)