Realização: David Yates
Argumento: Steve Kloves e J.K. Rowling
Elenco: Daniel Radcliffe, Michael Gambon, Dave Legeno, Jim Broadbent, Rupert Grint, Emma Watson, Helena Bonham Carter e Alan Rickman
É preciso reconhecer que, no que diz respeito à qualidade técnica, a saga de Harry Potter está entre o melhor do cinema actual.
Mas isso é, neste ponto, insuficiente.
Mas isso é, neste ponto, insuficiente.
Disse sobre o filme anterior que era melhor da série, mais conexo e capaz no que diz respeito à conjugação de entretenimento e de desenvolvimento narrativo.
A manutenção do realizador não se traduziu, no entanto, na evolução positiva da série, nem mesmo na manutenção da sua qualidade.
A manutenção do realizador não se traduziu, no entanto, na evolução positiva da série, nem mesmo na manutenção da sua qualidade.
A história surge-nos, desta vez, tremendamente longa e fastidiosa, sem que alguém tratasse de lhe efectuar os cortes certeiros.
E digo cortes certeiros, pois é indiscutível que estes foram feitos, pois há demasiados pontos soltos na narrativa, pontos surgidos como de surpresa para a maioria dos espectadores, mas que certamente farão sentido para quem leu o livro.
O que isto acaba por causar é um longo mas esburacado relato, que rapidamente cria desconforto no espectador.
E digo cortes certeiros, pois é indiscutível que estes foram feitos, pois há demasiados pontos soltos na narrativa, pontos surgidos como de surpresa para a maioria dos espectadores, mas que certamente farão sentido para quem leu o livro.
O que isto acaba por causar é um longo mas esburacado relato, que rapidamente cria desconforto no espectador.
Neste relato, as três personagens centrais, teimam em assemelhar-se em demasia ao que eram no primeiro filme.
Não parece haver evolução real, ainda que tenham agora mais seis anos do que no início.
Potter continua a parecer um feiticeiro ingénuo e pouco inteligente, dependente do acaso, enquanto os seus amigos continuam a ser o seu complemento de personalidade, ora descontraído (Ron) ora responsável (Hermione) – ainda que no caso destes dois, comecem agora a temperar a saga com um romance tipicamente juvenil.
Não parece haver evolução real, ainda que tenham agora mais seis anos do que no início.
Potter continua a parecer um feiticeiro ingénuo e pouco inteligente, dependente do acaso, enquanto os seus amigos continuam a ser o seu complemento de personalidade, ora descontraído (Ron) ora responsável (Hermione) – ainda que no caso destes dois, comecem agora a temperar a saga com um romance tipicamente juvenil.
Em torno disto, a qualidade dos efeitos, dos cenários, da iluminação, mesmo a clara evolução dos três actores, tudo isso parece apagar-se e perder importância, já que ninguém parece apostado em mais do que lidar com a narrativa preguiçosamente, fazendo uma ilustração do livro que é auto-insuficiente como objecto cinematográfico.
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