Título original: Up
Realização: Pete Docter e Bob Peterson
Argumento: Bob Peterson e Pete Docter
Elenco: Edward Asner, Christopher Plummer e Delroy Lindo
Depois de Ratatouille e Wall-E estamos demasiado mal habituados para sairmos verdadeiramente satisfeitos da visualização de Up.
Isso não é, no entanto, sinal de um mau filme.
Isso não é, no entanto, sinal de um mau filme.
Acima de tudo porque, como é boa norma da Pixar, continuam a apostar na qualidade narrativa, mesmo que desta vez seja em pequenos segmentos que tal mais se evidencia.
Logo no início, uma longa e silenciosa chegada ao ponto de situação de onde partirá a verdadeira aventura é feita com uma incrível inteligência e delicadeza, ainda que com um inesperado dramatismo.
Ainda que a Pixar nunca tenha tratado o seu público – quer juvenil quer adulto – de outra forma que não com todo o respeito de quem acredita nas capacidades de quem está a assistir, nota-se a reacção de tristeza e algum receio que as crianças na sala têm.
Logo no início, uma longa e silenciosa chegada ao ponto de situação de onde partirá a verdadeira aventura é feita com uma incrível inteligência e delicadeza, ainda que com um inesperado dramatismo.
Ainda que a Pixar nunca tenha tratado o seu público – quer juvenil quer adulto – de outra forma que não com todo o respeito de quem acredita nas capacidades de quem está a assistir, nota-se a reacção de tristeza e algum receio que as crianças na sala têm.
Isso é, depois, deixado um pouco de lado na aventura colorida e dinâmica que se segue que vai falar dessa lição muito simples, de que todas as possibilidades são ainda possíveis independentemente da idade que se tem e que a vida não termina nas memórias, mas tem de ser impelida por elas.
Lição que não é única, pois a seu lado surge a evidência da necessidade que as crianças têm de uma figura paterna presente e dedicada e de como a procurarão das formas mais inusitadas.
Pelo meio dos divertidos sketches, a Pixar nunca deixou de criar alguns dos mais clarividente e directos filmes sobre os males modernos das relações familiares. Um acto de coragem, não menos do que isso.
Lição que não é única, pois a seu lado surge a evidência da necessidade que as crianças têm de uma figura paterna presente e dedicada e de como a procurarão das formas mais inusitadas.
Pelo meio dos divertidos sketches, a Pixar nunca deixou de criar alguns dos mais clarividente e directos filmes sobre os males modernos das relações familiares. Um acto de coragem, não menos do que isso.
A par da qualidade da narrativa, a Pixar continua, com muita distância, a apresentar os filmes com maior qualidade técnica, desta vez em fabuloso 3D, que só teve rival no recente Ice Age 3.
Só que a qualidade técnica da Pixar está para lá do efeito 3D, é de origem e bastaria o detalhe daquele conjunto de balões que já se antevia no trailer para o provar.
O efeito 3D da Pixar não está a saltar do ecrã com um qualquer truque, é antes uma ferramenta para compôr a profundidade e a qualidade das imagens.
Só que a qualidade técnica da Pixar está para lá do efeito 3D, é de origem e bastaria o detalhe daquele conjunto de balões que já se antevia no trailer para o provar.
O efeito 3D da Pixar não está a saltar do ecrã com um qualquer truque, é antes uma ferramenta para compôr a profundidade e a qualidade das imagens.
Up é o filme da Pixar que vem relembrar que são precisos filmes (um pouco) menos conseguidos para que se desenvolvam técnicas, efeitos e talentos, pois o Cinema raramente foi feito somente de obras-primas.
E, claro, é também o filme que vem relembrar o quanto mais apreciamos as obras-primas da Pixar quando elas não nos são entregues a todo o momento.
E, claro, é também o filme que vem relembrar o quanto mais apreciamos as obras-primas da Pixar quando elas não nos são entregues a todo o momento.
Ainda uma nota para a versão portuguesa do filme.
Embora seja irritante poder apenas ter acesso à versão 3D em português e não no original, este é um caso de imensa qualidade, algo que se tornou bastante comum desde que as dobragens começaram na primeira metade da década de 1990, e que continua, neste caso.
A escolha de vozes é de um incrível acerto e os actores dão o melhor de si com elas.
Embora seja irritante poder apenas ter acesso à versão 3D em português e não no original, este é um caso de imensa qualidade, algo que se tornou bastante comum desde que as dobragens começaram na primeira metade da década de 1990, e que continua, neste caso.
A escolha de vozes é de um incrível acerto e os actores dão o melhor de si com elas.
Não concordo com quase nada. UP é possivelmente o melhor filme da Pixar (a par de Wall-E). A sequência incial é do mais bem conseguido que já se fez em animação, só equiparável a myazaki, aos primóridos da disney e, lá está, ao melhor da pixar.
ResponderEliminarÉ um filme de uma maturidade imensa - a Pixar é a única que verdadeiramente tem conseguindo criar "para toda a família", sem infantilizar os mais velhos, explorando a imaginação dos mais novos.
E para além da perfeição técnica (a palete de cores é imensa), tem elementos cómicos muito inteligentes em quase todo o filme. é de longe dos melhores filmes do ano. Com toda a delicadeza e subtileza que faltou a boa parte dos filmes dos óscares (basta pensar no benjamin button).
Só me esta dizer que salivo até o ir ver!
ResponderEliminarP.S- Penso que na última temporada, não houve filme tão delicado como O Estranho Caso de Benjamin Button.
Caro Anônimo, não concorda e ainda bem.
ResponderEliminarNo entanto, se analisar com mais maturidade o filme, verá que a componente inicial, mais dramática e mais adulta, está claramente separada da parte que se segue, mais aventurosa, mais divertida e mais infantil.
Claro que a segunda parte é perfeitamente clássica, mas o filme não consegue conjugar as duas componentes.
E sobre Myazaki, há muito que deixaram de ver os seus filmes com suficiente sentido crítico.
Rotula-se tudo de genial, tal como agora se quer fazer com a Pixar.
Na verdade estou inteiramente de acordo com o que foi escrito e com a apreciação final. Certo é que não consigo evitar o sabor a desilusão após o prodígio técnico e argumentativo que foi Wall-e. AInda assim, é um filme que merece uma ida ao cinema.
ResponderEliminarUm Pixar com 3,5 estrelas é uma desilusão. Estou a adiar o inevitável, mas brevemente vou ver e espero não ficar assim tão desiludido.
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