Argumento: Paul Laverty
Um homem que falhou no seu casamento e que tem de tomar conta de dois adolescentes que não o respeitam e que se dão com as piores companhias.
Um homem desesperado a braços com o seu próprio desespero e falhanço, rapidamente perdendo a sua lucidez.
Esse homem é Eric, um carteiro que terá de encontrar resolução para os crescente problemas que o afligirão.
Mas o drama social do filme transforma-se em algo mais, inusitado mas interessante.
Um homem desesperado a braços com o seu próprio desespero e falhanço, rapidamente perdendo a sua lucidez.
Esse homem é Eric, um carteiro que terá de encontrar resolução para os crescente problemas que o afligirão.
Mas o drama social do filme transforma-se em algo mais, inusitado mas interessante.
O apelo fantástico do filme, com efeitos por vezes bastante cómicos, torna-o distinto das demais produções impregnadas de realismo social.
Não que ele esmoreça, pois os dramas quotidianos de uma classe em luta estão todos lá, mas em vez de sobrecarregar o cinzentismo - muitas vezes impotente - deste conjunto de pessoas, apela a uma dimensão pessoal nascida de uma, o do belo futebol jogado por Eric Cantona.
Não que ele esmoreça, pois os dramas quotidianos de uma classe em luta estão todos lá, mas em vez de sobrecarregar o cinzentismo - muitas vezes impotente - deste conjunto de pessoas, apela a uma dimensão pessoal nascida de uma, o do belo futebol jogado por Eric Cantona.
Esse apelo nasce de uma benção de Cantona, um Deus para o protagonista que por um capricho lhe surge como um filosófico motivador, com igual vontade de o empurrar para a resolução da sua vida e de se revelar como há muito não podia fazer.
Cantona revela-se nobre e humano, desmistificando-se para com isso se tornar num ídolo ainda maior. Tão depressa deixa à solta um indecifrável provérbio francês como dá um bafo num charro.
Quem gosta de futebol, como que gosta de cinema, tem a sorte de encontrar aqui um personagem enebriante e transversal.
A sua revelação de que o seu maior momento em campo não foi nenhum dos golos que os seus fãs memorizaram ao segundo mas antes um passe, uma dádiva de confiança, uma partilha que só pode nascer numa equipa, é um enorme momento de cinema.
Cantona revela-se nobre e humano, desmistificando-se para com isso se tornar num ídolo ainda maior. Tão depressa deixa à solta um indecifrável provérbio francês como dá um bafo num charro.
Quem gosta de futebol, como que gosta de cinema, tem a sorte de encontrar aqui um personagem enebriante e transversal.
A sua revelação de que o seu maior momento em campo não foi nenhum dos golos que os seus fãs memorizaram ao segundo mas antes um passe, uma dádiva de confiança, uma partilha que só pode nascer numa equipa, é um enorme momento de cinema.
Ken Loach nunca filmou nada assim e dificilmente alguém voltará a filmar. Afinal, é tão difícil encontrar por aí um ídolo desportivo que realmente tenha a substância que lhe atribuem.
Arriscou ficar lembrado como o realizador do filme sobre Cantona, mas concretizou um filme que na sua dedicação tem à mostra as imperfeições que se adoram num objecto assim tão caloroso.
Arriscou ficar lembrado como o realizador do filme sobre Cantona, mas concretizou um filme que na sua dedicação tem à mostra as imperfeições que se adoram num objecto assim tão caloroso.
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