Título original: Dorian Gray
Realização: Oliver Parker
Argumento: Toby Finlay e Oscar Wilde
A obra de Oscar Wilde reflectia sobre o Hedonismo e a Estética, sobre o Prazer e a Duplicidade Humana.
Já o filme de Oliver Parker é um mero desfilar de perfídias e cenas supostamente transgressoras.
Já o filme de Oliver Parker é um mero desfilar de perfídias e cenas supostamente transgressoras.
Supostamente porque se trata apenas de estilizar algumas situações que já não chocam nem fascinam o público.
A situação que mais interesse revela é uma que funciona pela piada da aposta, de que Dorian Gray conseguiria desflorar uma debutante e, logo de seguida, dormir com a mãe dela. É o descaramento com que ele gere a situação que causa o sorriso ao espectador e que faz dele, por um mero momento, uma personagem de interesse.
A situação que mais interesse revela é uma que funciona pela piada da aposta, de que Dorian Gray conseguiria desflorar uma debutante e, logo de seguida, dormir com a mãe dela. É o descaramento com que ele gere a situação que causa o sorriso ao espectador e que faz dele, por um mero momento, uma personagem de interesse.
O resto do tempo, que este seja Dorian Gray ou outra personagem, não é relevante.
Isto porque a sua situação não serve a nenhuma reflexão, não tem contexto de fundo.
O filme centra-se no que a personagem fez, como se visualizá-lo fosse mais importante para o público do que simplesmente intui-lo e a partir daí olhar o impacto que alguém assim tem na forma como se olha o mundo.
Dorian Gray envolve-se numa história de amor que vulgariza o significado que tinha no livro e termina numa nota pobre de tão simplista.
Isto porque a sua situação não serve a nenhuma reflexão, não tem contexto de fundo.
O filme centra-se no que a personagem fez, como se visualizá-lo fosse mais importante para o público do que simplesmente intui-lo e a partir daí olhar o impacto que alguém assim tem na forma como se olha o mundo.
Dorian Gray envolve-se numa história de amor que vulgariza o significado que tinha no livro e termina numa nota pobre de tão simplista.
Não fosse o toque de classe de Colin Firth, acho que não haveria nada de bom a dizer desta versão de um clássico da literatura.
Actualizá-lo para aquilo que se pensa ser as vontades modernas do público de cinema não passa, fundamentalmente, de um erro, que afasta os leitores veteranos e não conquista quaiquer outros.
Actualizá-lo para aquilo que se pensa ser as vontades modernas do público de cinema não passa, fundamentalmente, de um erro, que afasta os leitores veteranos e não conquista quaiquer outros.
Concordo e é uma pena.
ResponderEliminarA forma como alteraram a história não foi nada das melhores. Arranjando justificações e desculpas para Dorian Gray ser como é foi uma péssima escolha, desvirtuou o personagem, tornando-o menos interessante.
E a estética tão importante no livro não me agradou no filme.
Bem, tem sempre aquela cena fabulosa do comboio em que o irmão da Sybil Vane só o ouve chegar quando o atinge lololol
A obra de Oscar Wilde é magnífica. Tem um ambiente muito próprio e um "subtexto" genial.
ResponderEliminarRecuso-me a ver qualquer adaptação.
Destronou a obra de Wilde que, como tu referes, era cheia de simbolismo. Adoptou-a a tempos recentes e fez a maior treta possível! Dos piores do ano!
ResponderEliminarAbraço
Cinema as my World
A sério?! Fogo, a obra do Oscar Wilde é das minhas favoritas e estava muito ansioso por ver esta adaptação
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