Título original: 9 (2009)
Realização: Shane Acker
Argumento: Shane Acker e Pamela Pettler
Elenco de vozes: Christopher Plummer, Martin Landau, John C. Reilly, Crispin Glover, Jennifer Connelly, Fred Tatasciore, Elijah Wood e Alan Oppenheimer
O cinema de animação sempre foi, por excelência, um espaço onde o estilo fantasioso e de contos de fada se firmou. Dos estúdios da Disney vinham, na sua maioria, histórias mágicas e comoventes, em mundos coloridos e adaptados a todas as faixas etárias, mas especialmente às crianças. Apenas recentemente assistimos à generalização de um universo de animação um pouco mais negro e obscuro, ou até à chamada animação para adultos de onde se destacam filmes como Persépolis (2007) ou Valsa com Bashir (2008). Tim Burton é, por excelência, o realizador que mais provas tem dadas nessa área, quer seja como produtor em The Nightmare Before Christmas (1993) ou como realizador em Corpse Bride (2005). Ou poderíamos até usar como referência o excelente Coraline (2009)
Shane Acker conquistou precisamente Tim Burton Productions e a Focus Features por ter dado provas com as suas curtas-metragens do género, especialmente com 9 (2005) que mereceu ser adaptado para longa-metragem. Em Portugal, a sua estreia foi adiada vários meses a fio e foi precisamente na secção júnior do Festival IndieLisboa 2010 que o filme estreou. Este é uma prova de como o cinema de animação tornou-se ainda mais maduro, mas que mantém a sua qualidade, mesmo vindo de uma produtora mais pequena, longe da dimensão de obras da Disney/Pixar ou DreamWorks.
Num ambiente pós-apocalíptico, 9 prima pela excelência técnica e visual. Remetendo para obras como Terminator Salvation (2009), Matrix (1999) ou até The Road (2009), a produção do filme não fica a dever aos grandes estúdios de animação. Desde o pormenor da caracterização das personagens, utilizando materiais comuns, à definição dos cenários, até aos tons escuros e monocromáticos utilizados, tudo revela grande cuidado. No domínio técnico, não devemos descurar também a qualidade do elenco de vozes que reúne nomes como Christopher Plummer, Martin Landau, John C. Reilly, Crispin Glover, Jennifer Connelly e Elijah Wood.
No entanto, o ponto menos positivo de 9 é o argumento. Embora a originalidade que lhe dá grande vantagem perante outras obras, facilmente nos apercebemos que embora a curta duração do filme, esta é por si só demasiado grande para o argumento que tem em mãos. Para uma curta-metragem serve perfeitamente, mas para uma longa-metragem assenta em trâmites demasiado simplistas e clichés.
9 não é genial, nem um grande filme, mas mesmo assim vale bem a pena o seu visionamento, mesmo que não deva ser feito por crianças numa faixa etárias mais baixa, especialmente devido a algumas cenas mais violentas. Porém, a técnica, originalidade e mensagem de esperança, sobrevivência e companheirismo tornam-no uma interessante fonte de entretenimento.
Realização: Shane Acker
Argumento: Shane Acker e Pamela Pettler
Elenco de vozes: Christopher Plummer, Martin Landau, John C. Reilly, Crispin Glover, Jennifer Connelly, Fred Tatasciore, Elijah Wood e Alan Oppenheimer
O cinema de animação sempre foi, por excelência, um espaço onde o estilo fantasioso e de contos de fada se firmou. Dos estúdios da Disney vinham, na sua maioria, histórias mágicas e comoventes, em mundos coloridos e adaptados a todas as faixas etárias, mas especialmente às crianças. Apenas recentemente assistimos à generalização de um universo de animação um pouco mais negro e obscuro, ou até à chamada animação para adultos de onde se destacam filmes como Persépolis (2007) ou Valsa com Bashir (2008). Tim Burton é, por excelência, o realizador que mais provas tem dadas nessa área, quer seja como produtor em The Nightmare Before Christmas (1993) ou como realizador em Corpse Bride (2005). Ou poderíamos até usar como referência o excelente Coraline (2009)
Shane Acker conquistou precisamente Tim Burton Productions e a Focus Features por ter dado provas com as suas curtas-metragens do género, especialmente com 9 (2005) que mereceu ser adaptado para longa-metragem. Em Portugal, a sua estreia foi adiada vários meses a fio e foi precisamente na secção júnior do Festival IndieLisboa 2010 que o filme estreou. Este é uma prova de como o cinema de animação tornou-se ainda mais maduro, mas que mantém a sua qualidade, mesmo vindo de uma produtora mais pequena, longe da dimensão de obras da Disney/Pixar ou DreamWorks.
Num ambiente pós-apocalíptico, 9 prima pela excelência técnica e visual. Remetendo para obras como Terminator Salvation (2009), Matrix (1999) ou até The Road (2009), a produção do filme não fica a dever aos grandes estúdios de animação. Desde o pormenor da caracterização das personagens, utilizando materiais comuns, à definição dos cenários, até aos tons escuros e monocromáticos utilizados, tudo revela grande cuidado. No domínio técnico, não devemos descurar também a qualidade do elenco de vozes que reúne nomes como Christopher Plummer, Martin Landau, John C. Reilly, Crispin Glover, Jennifer Connelly e Elijah Wood.
No entanto, o ponto menos positivo de 9 é o argumento. Embora a originalidade que lhe dá grande vantagem perante outras obras, facilmente nos apercebemos que embora a curta duração do filme, esta é por si só demasiado grande para o argumento que tem em mãos. Para uma curta-metragem serve perfeitamente, mas para uma longa-metragem assenta em trâmites demasiado simplistas e clichés.
9 não é genial, nem um grande filme, mas mesmo assim vale bem a pena o seu visionamento, mesmo que não deva ser feito por crianças numa faixa etárias mais baixa, especialmente devido a algumas cenas mais violentas. Porém, a técnica, originalidade e mensagem de esperança, sobrevivência e companheirismo tornam-no uma interessante fonte de entretenimento.
Classificação:
De forma resumida é um filme de qualidade média-alta, demasiado longo, e Tim Burton é o maior.
ResponderEliminarÉ raro escrevermos sobre os mesmos filmes, mas quando escrevemos estamos sintonizados :)
Exactamente! Estamos de acordo! :)
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