Título original: Bébé(s)
Realização: Thomas Balmes
Um documentário estreado nas salas portuguesas, a menos de alguns casos de formação essencial para o público, tentam aproveitar uma onda de sucesso exterior.
Suponho que um documentário é, quase sempre, um investimento barato – por comparação com outros géneros – cujo retorno é aceitável.
Bebé(s) engloba os dois predicados.
Um documentário capaz de atrair o público tem-se tornado numa ocasião menos rara mas baseada numa reviravolta do próprio conceito.
De França os exemplos são claros se recuarmos até Microcosmos e a sua ficção criada em torno da realidade do universo à escala ínfima.
Bebé(s) é o seu inverso absoluto, com a realidade a não ter narrativa.
As filmagens de Bebé(s) não dialogam, limitam-se a acontecer com acontecimentos ocasionalmente coincidentes.
Como tal, não há cinema, há uma contiguidade de imagens e de acontecimentos que não são momentâneos mas que não constituem um discurso inteligível nem, mais importante ainda, interessante.
Bebé(s) é moroso, estático, supérfluo. O olhar mais clínico e a narração enquadrada da BBC teria feito muito mais por este filme do que esta liberdade fez.
Bebé(s) satisfaz-se com a contemplação dos pequenos seres confiando no encanto dos adultos para fazer valer a sua ideia.
A ideia genérica de mostrar as diferenças dos “quatro cantos” do mundo pelo desenvolvimento de outros tantos nascimentos não pode funcionar se não há outras ideias ao longo da sua concretização.
Bebé(s) é uma ideia que se vê ou como curiosa ou como caricata e que, como tantas outras ideias, não se basta a si mesma.
Suponho que um documentário é, quase sempre, um investimento barato – por comparação com outros géneros – cujo retorno é aceitável.
Bebé(s) engloba os dois predicados.
Um documentário capaz de atrair o público tem-se tornado numa ocasião menos rara mas baseada numa reviravolta do próprio conceito.
De França os exemplos são claros se recuarmos até Microcosmos e a sua ficção criada em torno da realidade do universo à escala ínfima.
Bebé(s) é o seu inverso absoluto, com a realidade a não ter narrativa.
As filmagens de Bebé(s) não dialogam, limitam-se a acontecer com acontecimentos ocasionalmente coincidentes.
Como tal, não há cinema, há uma contiguidade de imagens e de acontecimentos que não são momentâneos mas que não constituem um discurso inteligível nem, mais importante ainda, interessante.
Bebé(s) é moroso, estático, supérfluo. O olhar mais clínico e a narração enquadrada da BBC teria feito muito mais por este filme do que esta liberdade fez.
Bebé(s) satisfaz-se com a contemplação dos pequenos seres confiando no encanto dos adultos para fazer valer a sua ideia.
A ideia genérica de mostrar as diferenças dos “quatro cantos” do mundo pelo desenvolvimento de outros tantos nascimentos não pode funcionar se não há outras ideias ao longo da sua concretização.
Bebé(s) é uma ideia que se vê ou como curiosa ou como caricata e que, como tantas outras ideias, não se basta a si mesma.
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