7 estranhos acordam num hotel numa cidade fantasma, altamente vigiada por câmaras e da qual não podem sair, sem qualquer sinal dos seus captores ou do motivo por que foram raptados. Eis o início de mais uma série ao estilo de 1984, onde cada movimento é vigiado e o livre-arbítrio pode mesmo nem existir, com um ambiente de um livro de Stephen King.
Persons Unknown conta com a participação de um elenco capaz, com destaque para Tina Holmes, Kandyse McClure, Gerald Kyd e Jason Wiles. A nível de argumento, a série teve momentos bastante maus, episódios em que provavelmente muitas pessoas desistiram da série, mas compensa tudo isso num final surpreendente que nos indica que, bem divulgada e com um orçamento mais elevado, a série poderia ter sido o próximo grande sucesso televisivo. Ainda assim, uma grande falha no argumento é a falta de exploração de personagens nos primeiros episódios, o que faz os espectadores desligarem-se da série por dificilmente conseguirem algum sentimento de empatia para com elas.
Persons Unknown é claramente uma série de baixo custo, tendo problemas a nível de realização e fotografia. Contudo, o que me incomodou mais foi a decisão de utilizarem shaky cams, provocando uma instabilidade de imagem incomodativa que em nada contribuía para a série. O cenário da cidade denota-se muitas vezes que é isso mesmo, uma série de fachadas falsas de prédios que deveriam ser sólidos. Ainda assim, não é uma série má, é apenas uma série que não teve oportunidade para mais.
A série viu o seu fim anunciado logo ao 5.º episódio pela NBC que, contudo, garantiu aos fãs que iria transmitir todos os 13 episódios. Ora, isto não é exactamente verdade, pois algumas filiais da NBC (por exemplo a de Nova Iorque) decidiram não transmitir alguns episódios em detrimento de eventos desportivos, deixando alguns fãs americanos desiludidos com a estação. A outra situação que não correu muito bem para a NBC foi o modo como decidiram anunciar o final da série, "Tudo será revelado", que esteve bem longe da verdade.
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