sábado, 13 de novembro de 2010

4 maneiras de fazer sequelas segundo Hollywood

Numa época marcada por remakes e sequelas, é interessante analisar como todas as sequelas conseguem caber numa de quatro categorias. Ainda assim a saga Star Trek consegue ser das mais interessantes, caindo numa ou noutra categoria conforme o filme analisado.


Mesma situação, outro local/personagens
A ideia base é a mesma que no filme original. As personagens podem nem sequer estar relacionadas ou podem até ser as mesmas, mas aqui o que conta é uma situação em repetição mas ligeiramente diferente. Se for preciso o final é o mesmo, mas o que interessa é que as pessoas achem que é completamente novo e inovador.
Exemplos: Ainda sei o que fizeste no verão passado, Sozinho em casa 2, Eurotrip, Gritos 2, todos os Resident Evil


Pegar noutro elemento da família
O protagonista original até pode surgir na trama, mas quem tem destaque é um familiar directo, com uma grande tendência para os filhos do protagonista. Por vezes esse familiar vai em busca de algo relacionado com o protagonista do filme anterior, outras vezes é apenas usado para fazer um filme em nada relacionado com o primeiro, mas que aproveita para chamar os fãs do filme original que talvez de outra forma não o vissem. Por vezes até repetem a ideia base.
Exemplos: Rei Leão 2, O Padrinho: parte II, O Regresso à Lagoa Azul, Guerra das Estrelas (antes que me matem, há que considerar que já estavam todos escrito originalmente), The Grudge - A Maldição 2


Mesma equipa/agente/herói, outra missão/vilão
Aqui o que conta é o protagonista, que passa por diversas situações sempre com o mesmo tipo de resolução. Este género de sequela é quase sempre vista em filmes de espionagem ou de super-heróis, mas aparece também noutros géneros em que a equipa ou o protagonista o justifiquem.
Exemplos: todos os de James Bond, todos os de Missão Impossível, Ocean's 12 e 13, Os Caça-Fantasmas 2, praticamente todos os filmes de super-heróis de que se consigam lembrar


Mesma pessoa/grupo/família noutra fase da sua vida, mas com um novo conflito interno ou externo
Normalmente utilizada para filmes em que a história deveria ter terminado com o primeiro filme. Dado que a situação do filme original já teve a devida resolução, o modo mais fácil de dar um novo fôlego aos protagonistas é saltar alguns anos e colocá-los numa nova situação que necessita de resolução, não interferindo na primeira na maior parte dos casos. Contudo, nalguns filmes a deixa para o filme seguinte é dada na secção final e até se dão alguns casos em que os argumentistas resolvem explorar algo referido durante o filme original.
Exemplos: Uns Compadres do Pior (e como o título em português é terrível, o original é Meet the Fockers), Toy Story 2 e 3, Olha quem fala também, todos os filmes de Rocky, 102 dálmatas

(obrigada ao Tiago Ramos pela ajuda no texto)

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