Título original: Red
Realização: Robert Schwentke
Argumento: Jon Hoeber, Erich Hoeber e Warren Ellis
Elenco: Bruce Willis, Mary-Louise Parker, John Malkovich, Helen Mirren, Karl Urban e Morgan Freeman
Argumento: Jon Hoeber, Erich Hoeber e Warren Ellis
Elenco: Bruce Willis, Mary-Louise Parker, John Malkovich, Helen Mirren, Karl Urban e Morgan Freeman
Nas outras comédias de acção que vi este ano - Soldados da Fortuna e Dia e Noite - referi sistematicamente o quão essencial se tornava o elenco para que o filme resultasse.
Suponho que, nesse aspecto, acho que juntar John Malkovich, Helen Mirren e Morgan Freeman é a definição exacta de extravagância para um filme assim.
Suponho que, nesse aspecto, acho que juntar John Malkovich, Helen Mirren e Morgan Freeman é a definição exacta de extravagância para um filme assim.
Helen Mirren mantém a elegância e a postura enquanto dispara tiros como um soldado treinado.
Só Morgan Freeman poderia dar dignidade a uma caricatura de um ditador africano e ainda sacar um momento de honra daqueles de arrepiar.
E faltava descobrir que Malkovich faz o (excêntrico e caricato) louco paranóico como ninguém.
(Falta referir que Bruce Willis continua a fazer de Bruce Willis mas com uma pitada de auto-consciência cómica relativa à idade.)
Só Morgan Freeman poderia dar dignidade a uma caricatura de um ditador africano e ainda sacar um momento de honra daqueles de arrepiar.
E faltava descobrir que Malkovich faz o (excêntrico e caricato) louco paranóico como ninguém.
(Falta referir que Bruce Willis continua a fazer de Bruce Willis mas com uma pitada de auto-consciência cómica relativa à idade.)
Fundamentalmente, é um elenco a mostrar que nem idade nem "posto" são impedimento para se fazer filme para Hollywood, pois como a própria sigla-título dá a entender, a reforma é um posto forçado e não uma escolha para quem ainda se pode divertir com o "jogo".
Mas nenhum deles tem a presença que tem Mary-Louise Parker.
Com o sorriso mais traquina que verão este ano, Mary-Louise Parker mostra que está em sub-aproveitamento a só fazer o fantástico Weeds.
Ela rouba todos os momentos que tem para si e motiva os momentos mais divertidos do filme.
Mas nenhum deles tem a presença que tem Mary-Louise Parker.
Com o sorriso mais traquina que verão este ano, Mary-Louise Parker mostra que está em sub-aproveitamento a só fazer o fantástico Weeds.
Ela rouba todos os momentos que tem para si e motiva os momentos mais divertidos do filme.
O resto é quase "padrão", comédia de acção sem grande requinte mas com suficiente eficácia, com alguns toques de pura inteligência no que toca ao jogo entre a velha forma de espionagem e a nova.
Há um saudosismo por outro tipo de cinema, mais heróico e ingénuo. Um saudosismo propositado no conteúdo e um pouco acidental no que toca à forma - já quando se chega à parte essencial do plano de execução.
A espionagem de há umas décadas era mais elegante, mas suponho que menos divertida.
Red tenta brincar em ambos os campos, o actual e o anterior.
Nem sempre é bem sucedido, mas o diabo do sorriso de Mary-Louise Parker não nos sai da cabeça...
Há um saudosismo por outro tipo de cinema, mais heróico e ingénuo. Um saudosismo propositado no conteúdo e um pouco acidental no que toca à forma - já quando se chega à parte essencial do plano de execução.
A espionagem de há umas décadas era mais elegante, mas suponho que menos divertida.
Red tenta brincar em ambos os campos, o actual e o anterior.
Nem sempre é bem sucedido, mas o diabo do sorriso de Mary-Louise Parker não nos sai da cabeça...
Admito que tenho grande curiosidade neste filme pelas prestações das duas "meninas" de serviço, que parece que a idade não lhes passa por cima: Mary-Louise Parker e a Hellen Mirren...
ResponderEliminarHmm parece-me que gostei mais do que o Carlos do filme, mas concordamos em muitos pontos, principalmente no que achou mais piada nas personagens/actores que as interpretam (aliás se se vir a minha mini-crónica no blogue, as descrições são muito semelhantes - e eu juro que não tinha lido esta sequer :P).
ResponderEliminarÉ um filme divertido, diferente do que se esperaria de uma adaptação de BD, com actores consagrados a divertirem-se num papel, for once. Eu achei imensa piada.
Cumprimentos,
Jorge Rodrigues
Dial P For Popcorn
Grande gozo me deu ler este vosso primeiro parágrafo, ahahah. Ainda não vi o filme e não está nas listas para os próximos meses, pelo que não se se alguma vez o chegarei a ver. A única coisa que acho que pode mudar isso é a minha veneração pelo Malkovich e Freeman e a curiosidade que me despertou a vossa observação sobre a Louise Parker.
ResponderEliminarDe resto, esperava tudo o que disseram na crítica. Mas enfim, acredito que, na categoria de comédia batida e filme de domingo à tarde, nem que seja pelo elenco, seja dos melhorzitos.
Esta última imagem, do Malkovich, está brilhante.