sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Primeiras Impressões: V, segunda temporada


Estreou na semana passada a muito aguardada segunda temporada de V. Depois do surpreendente final que deixou toda a gente a olhar para o céu, havia grande expectativa para este regresso, mas a verdade é que não se podia esperar uma estreia deste nível. Num só episódio, houve mais acção, mais desenvolvimento da história e mais surpresas do que na primeira temporada completa. Mesmo a nível de efeitos especiais, é notório que o sucesso da temporada anterior encorajou a maiores investimentos – e que valeram bastante a pena. O salto qualitativo é notório e cria um novo patamar para as expectativas do que V poderá ter para oferecer.


Tanto do lado dos Visitors como dos membros da Fifth Column, sente-se um forte aumento de tensão. As posições dos personagens são cada vez mais demarcadas, exceptuando aqueles cujo enredo se centra na divisão entre estas facções. A guerra entre Vs e humanos está cada vez mais presente e a confiança da população terrestre nas intenções de Anna (Morena Baccarin) começa a dissipar-se. Por sua vez, a Rainha dos Vs inicia uma luta pessoal contra as suas próprias emoções – algo a que acreditava ser imune. É essa mesma luta que estimula a sua crueldade, uma característica cada vez menos vista como algo frio e insensível e mais como fruto da sua ira. Já Erica (Elizabeth Mitchell) continua a tomar o pulso das emoções na série: tão depressa nos consegue transmitir as suas preocupações, como nos deixa suster a respiração em situações de perigo iminente.


Lisa (Laura Vandervoot) foi a surpresa da primeira temporada. Não vista como mais do que um instrumento da mãe no início da série, foi gradualmente sofrendo uma grande transformação através do seu contacto com os humanos. A excelente evolução da personagem dá agora os seus frutos: a rainha herdeira conquistou a sua independência emocional e tornou-se um jogador fundamental nesta guerra de Anna contra a humanidade. É particularmente interessante a forma como é explorada a sua divisão interna entre as ordens dadas pela sua mãe, que sente o dever de respeitar, e aquilo que sente realmente ser certo ou errado.


A grande novidade no elenco é a actriz Jane Badler: na série V original, interpretava o papel de Diana, líder dos Vs. Agora, interpreta uma personagem com o mesmo nome, mas como mãe de Anna. Após 15 anos sem ver a filha, tem agora muita coisa para lhe dizer e a relação entre as duas promete ser um tema central para esta temporada. Mais do que aliens vs. humanos, ou razão vs. emoção, esta é uma série sobre mulheres determinadas: cada uma com os seus princípios, valores e objectivos, mas todas em rota de colisão. Quer Anna goste ou não, o arranque desta temporada promete grandes emoções.

2 comentários:

  1. Sem dúvida, a minha personagem favorita está a ser Lisa. Laura Vandervoot parece estar muito à vontade com a sua personagem e mostra que é uma actriz com futuro, pois o seu papel está a ser desempenhado e uma maneira brilhante. Gosto particularmente nas expressões faciais de tanto Lisa como Anna, e os seus opostos. Na primeira temporada tínhamos Anna que, ao dar discursos tinha um papel estudado e mostrava expressões faciais, mas quando virava a cara mostrava o seu verdadeiro rosto (o que me fez adorar a personagem). Já Lisa é a inversão do papel, mostra-se série com a mãe mas vira a cara e rapidamente mostra preocupação.

    Sem dúvida que fiquei muito surpreso com a Diana… Está igual, e está tão bem representada como na série original, mas com um papel diferente e uma personagem mais humana que, sinceramente, adoro.

    ResponderEliminar
  2. A Lisa / Laura Vandervoot tem um grande factor revelação. Quem viu LOST já conhecia bem a Elizabeth Mitchell e provavelmente até foi esse o factor que despertou curiosidade pela série. É uma grande actriz que começou num papel mais pequeno que ela, mas que o conseguiu enriquecer bastante. Já Morena Baccarin, mesmo quem não conhecesse, ficaria rendido ao seu desempenho - simplesmente fez da Anna uma personagem emblemática e até inesquecível.

    Com estas duas actrizes de destaque, Laura não parecia mais do escolhida pela beleza e as linhas do corpo... mas realmente conseguiu criar uma personagem fantástica, não imagino ninguém melhor que ela para transmitir as emoções de Lisa ao espectador, sem as mostrar aos restantes personagens. É de uma subtileza genial :)

    ResponderEliminar