Autor: Jamie Reidy
Editora: Editorial Presença
Páginas: 272
Julgo que o título original do livro não deixará dúvidas sobre a diferença de direcção que o filme levou.
É surpreendente que alguém tenha achado uma comédia romântica num livro assim violentamente irónico, mordaz e, acima de tudo, auto-depreciativo.
Mas acaba por ser uma surpresa agradável, pois gerou uma comédia adulta, capaz de abordar a sexualidade sem um tom condescendente ou palerma.
Ainda assim, aquela redenção sentimental e aquele final moralista são um pouco demais no filme que é e são a diferença maior para o livro, todo ele revelações da parte mais obscura da vida do autor.
O livro revela que o mundo da farmacêutica é tão sórdido como qualquer outro. Digno de um filme, de facto, mas indigno de uma consciência pacificada.
Revela como se vende a medicina nos EUA e o grau de imaginação que é necessária para se ir conquistando um mercado sobressaturado e tão ferozmente competitivo como o da alta finança.
Um mercado de vários milhões que, por tudo isto, leva a que exista muita vontade e outras tantas hipóteses de desonestidades e exageros.
O livro é uma revelação sobre os patamares mais mundanos da medicina dos grandes laboratórios.
Consegue ser cómico pela forma descomplexada como Jamie Reidy revela tudo e não se esquiva a castigar-se a si próprio deixando a nú o seu papel no meio de tudo isso.
Porque ele não tem orgulho no que fez, mas também não tem vergonha. Ganhou apenas um sentido crítico para o que foi a sua vida que lhe serve de experiência e de tema para escrever um livro muito interessante.
Julgo que o título original do livro não deixará dúvidas sobre a diferença de direcção que o filme levou.
É surpreendente que alguém tenha achado uma comédia romântica num livro assim violentamente irónico, mordaz e, acima de tudo, auto-depreciativo.
Mas acaba por ser uma surpresa agradável, pois gerou uma comédia adulta, capaz de abordar a sexualidade sem um tom condescendente ou palerma.
Ainda assim, aquela redenção sentimental e aquele final moralista são um pouco demais no filme que é e são a diferença maior para o livro, todo ele revelações da parte mais obscura da vida do autor.
O livro revela que o mundo da farmacêutica é tão sórdido como qualquer outro. Digno de um filme, de facto, mas indigno de uma consciência pacificada.
Revela como se vende a medicina nos EUA e o grau de imaginação que é necessária para se ir conquistando um mercado sobressaturado e tão ferozmente competitivo como o da alta finança.
Um mercado de vários milhões que, por tudo isto, leva a que exista muita vontade e outras tantas hipóteses de desonestidades e exageros.
O livro é uma revelação sobre os patamares mais mundanos da medicina dos grandes laboratórios.
Consegue ser cómico pela forma descomplexada como Jamie Reidy revela tudo e não se esquiva a castigar-se a si próprio deixando a nú o seu papel no meio de tudo isso.
Porque ele não tem orgulho no que fez, mas também não tem vergonha. Ganhou apenas um sentido crítico para o que foi a sua vida que lhe serve de experiência e de tema para escrever um livro muito interessante.
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