Título original: Dylan Dog: Dead of Night
Realização: Kevin Munroe
Argumento: Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer e Tiziano Sclavi
Elenco: Brandon Routh, Anita Briem e Sam Huntington
Argumento: Thomas Dean Donnelly, Joshua Oppenheimer e Tiziano Sclavi
Elenco: Brandon Routh, Anita Briem e Sam Huntington
Dylan Dog é um fumetto cujas histórias são impossíveis de serem enquadradas em categorias estanques. Tem tanto de policial como de horror, mas tem muito mais de pura criação Lovecraftiana das realidades possíveis e impossíveis. E tem, ainda, um humor irreverente à conta de um sidekick que é uma versão de Groucho Marx.
A indústria cinematográfica reduziu tudo isso a uma história com o ambiente policial, uma série de monstros a preencherem a quota de terror e um humor rançoso à conta de um parceiro zombie a necessitar de partes de substituição.
O argumento é tão pobre que até um produtor de uma versão série B de Constantine o teria rejeitado!
Há um artefacto poderoso em jogo, uns clãs antagónicos de vampiros e lobisomens (porque hoje em dia não há mais criaturas possíveis) e um confronto com um demónio como se fosse o nível final de um velho jogo de arcada.
O filme é interpretado por uma série de nomes que não deveríamos voltar a ouvir e por um infeliz Peter Stormare que já merecia voltar a ter um bom papel.
Entre o mau, Brandon Routh destaca-se por ser terrível quando tem um papel que exige algo dele - mesmo que pouco, como é o caso com esta história mal engendrada. O seu único talento é ser terrivelmente auto-paródico sem sequer o saber - daí que os seus momentos em Chuck e Scott Pilgrim vs. the World não sejam assim tão maus, porque pediam tal efeito.
Isto faz de Dylan Dog uma personagem rançoso numa trama bizantina apenas de tantas direcções seguidas de forma inconstante. Se alguém se interessar pela banda desenhada a partir disto será um milagre.
Mais estúpido que toda a destruição feita à personagem é o desperdício de referências cinematográficas e homenagens várias a géneros e criadores que preenchem a BD. Ou seja, havia todo o potencial para enriquecer o discurso cinematográfico de, ao menos, uma das adaptações de banda desenhada que continuam a invadir as salas, fazendo-a lembrar os monstros da Universal ou o terror humorado dos ano 1980.
Em vez disso temos direito a um gigante cliché insípido e idiota com cada piada que tenta fazer, que ainda piora por contar com mais uma aparição de Brandon Routh e do seu cabelo irrepreensível.
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