Realização: Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie
Argumento: Alexander Abela e Rémi Bezançon
Elenco de vozes: Max Renaudin Pratt, Simon Abkarian e François-Xavier Demaison
Numa altura em que a grande maioria das animações que chegam aos nossos cinemas são computorizadas e em 3D, chega a ser refrescante termos a oportunidade de ver nas nossas salas de cinema um regresso à animação clássica à mão e em 2D. O francês Rémi Benzançon estreia-se na animação, com a ajuda do supervisor da animação Les triplettes de Belleville (2003), um dos casos mais bem-sucedidos da animação francesa contemporânea. Tematicamente pertinente e visualmente cativante, com uma paleta de cores intensa, com predominância dos tons amarelos e azuis, a narrativa consegue aliar o espírito aventureiro de uma animação infantil sem nunca comprometer o carácter histórico da mesma, ao centrar a história na chegada da primeira girafa a França, oferecida pelo vice-rei egípcio em 1827. Ao focar-se de forma livre neste momento, os realizadores permitem-se explorar a história com inspiração nas viagens narradas por Jules Verne, de uma forma descomprometida, abordando temas importantes e cativos ao público infantil, como o poder da amizade, lealdade e amor.
É bem verdade que esse formato é linear e básico, especialmente para um público mais habituado a animações narrativamente mais complexas (não se compara por exemplo à profundidade de uma obra de Sylvain Chomet) e que nem sempre a acção se livra de alguma fraca contextualização ou adequação ao produto como um todo. Mas não deixa de interessar, sobretudo pela forma terna e carinhosa com que aborda o tema e pelo visual belo e cativante (há ainda uma bela sequência com desenhos a tinta, uma espécie de esboço da acção, que é usada para sugerir uma viagem por França e que faz valer tudo a pena). Zarafa é uma pequena bela fábula, destinada a um público mais infantil e que vista em família, pode dar origem a uma interessante discussão sobre temas e valores importantes. Nem sempre temos a oportunidade de ver filmes assim nas nossas salas de cinema.
Numa altura em que a grande maioria das animações que chegam aos nossos cinemas são computorizadas e em 3D, chega a ser refrescante termos a oportunidade de ver nas nossas salas de cinema um regresso à animação clássica à mão e em 2D. O francês Rémi Benzançon estreia-se na animação, com a ajuda do supervisor da animação Les triplettes de Belleville (2003), um dos casos mais bem-sucedidos da animação francesa contemporânea. Tematicamente pertinente e visualmente cativante, com uma paleta de cores intensa, com predominância dos tons amarelos e azuis, a narrativa consegue aliar o espírito aventureiro de uma animação infantil sem nunca comprometer o carácter histórico da mesma, ao centrar a história na chegada da primeira girafa a França, oferecida pelo vice-rei egípcio em 1827. Ao focar-se de forma livre neste momento, os realizadores permitem-se explorar a história com inspiração nas viagens narradas por Jules Verne, de uma forma descomprometida, abordando temas importantes e cativos ao público infantil, como o poder da amizade, lealdade e amor.
É bem verdade que esse formato é linear e básico, especialmente para um público mais habituado a animações narrativamente mais complexas (não se compara por exemplo à profundidade de uma obra de Sylvain Chomet) e que nem sempre a acção se livra de alguma fraca contextualização ou adequação ao produto como um todo. Mas não deixa de interessar, sobretudo pela forma terna e carinhosa com que aborda o tema e pelo visual belo e cativante (há ainda uma bela sequência com desenhos a tinta, uma espécie de esboço da acção, que é usada para sugerir uma viagem por França e que faz valer tudo a pena). Zarafa é uma pequena bela fábula, destinada a um público mais infantil e que vista em família, pode dar origem a uma interessante discussão sobre temas e valores importantes. Nem sempre temos a oportunidade de ver filmes assim nas nossas salas de cinema.
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