Último dia de pré-Fantas e cresce a expectativa para os filmes que o certame deste ano nos oferecerá. Antes disso tivemos a oportunidade de rever um dos clássicos do festival, o sueco Frostbiten e vencedor do Grande Prémio Fantasporto 2006 e The Aryan Couple, um drama da Segunda Guerra Mundial.
Frostbiten (2006), de Anders Banke
No seu equilíbrio moderado entre terror e comédia, Frostbiten consegue manter o interesse, especialmente pelo seu ambiente razoavelmente gore e uma direcção de fotografia por vezes bastante clínica e fria. A narrativa consegue divertir em alguns momentos e pontualmente consegue construir um ambiente tenso a partir de pequenos detalhes de direcção artística, mesmo que nem sempre consiga sustentar o tom de terror durante muito tempo. Ainda sim, é original, com ideias sólidas e um bom objecto de entretenimento.
É verdade que o filme obedece a um certo padrão e esquematismo das obras que se focam no tema da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto. Contudo e ao distanciar-se do habitual foco nos campos de concentração, mas dar sim atenção a um judeu de elevado estatuto social e o seu casal de empregados arianos, permite-se a uma certa frescura. Aliás, em grande parte do tempo, o filme não cria aquela tensão de terror habitual nos filmes da temática, mesmo que trate também dessa perspectiva. Claro que é um filme formalmente banal e sem grandes surpresas (mesmo quando tenta surpreender com reviravoltas), mas no entanto The Aryan Couple é um bom drama, conseguido com boas interpretações, com destaque para Martin Landau.
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