quarta-feira, 29 de julho de 2009

A Jovem Vitória, por Tiago Ramos



Título original: The Young Victoria (2009)
Realização: Jean-Marc Vallée
Argumento: Julian Fellowes
Elenco: Emily Blunt, Rupert Friend, Paul Bettany, Miranda Richardson, Jim Broadbent, Thomas Kretschmann e Mark Strong

Não há nada que nos cheire a novo em A Jovem Vitória. Ao género de um telefilme da BBC, este tipo de filmes têm-se tornado cada vez mais frequentes, com um claro olhar conservador e enaltecedor da vida de uma qualquer figura da realeza.



Esta biopic centra-se na vida da Rainha Vitória essencialmente antes de o ser e pouco depois de se assumir o trono. Essa fase da sua vida é o ponto mais acertado no argumento, quando se foca na forte consciência social do seu papel e da sua posição na linhagem real e na resistência à tentativa da sua mãe, Duquesa de Kent e do seu conselheiro tornarem-se regentes, devido à jovem idade de Vitória.

Foca-se bastante na vida pessoal da Rainha num período conhecido por muitos poucos, incluindo no seu romance e casamento com o Príncipe Alberto, com direito aos clichés e lugares comuns, mas num estilo absolutamente plausível. Essa fase melancólica e romântica do filme é, contudo, bem complementada com noções sócio-políticas da Inglaterra do século XIX. A forma como a nobreza começava a ser vista pelos populares, bem como os conflitos internos e repercussões na realeza europeia são também pontos de interesse de A Jovem Vitória.

O casting é bastante generoso, com Emily Blunt a assumir um papel difícil na sua carreira, pela importância que a Rainha Victoria tem para os britânicos. E a actriz conseguiu superar essa dificuldade, tendo um desempenho assaz agradável. Rupert Friend e Jim Broadbent têm também bons desempenhos o que contribui para o saldo positivo do filme.



A Jovem Vitória é um filme clássico, conservador e pouco inovador, mas que dentro dos limites do género funciona bem.

Classificação:

3 comentários:

  1. este tipo de produção tem aquele ranço de panfletagem nacional.....

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  2. Christian Camilo,
    Talvez seja propaganda britânica, como de costume, mas não é um mau filme.

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  3. Christian Camilo,
    Talvez seja propaganda britânica, como de costume, mas não é um mau filme.

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