A campanha pelos Óscares é alvo de um elevado sentido de marketing. Nem o Cinema está isento do poder da sugestão e da indústria comercial e vozes têm-se levantado contra a óbvia preferência da Academia por tudo o que esteja relacionado com a temática do Holocausto.
Este ano foram vários, alguns deles ainda não estreados em Portugal. Só este ano por exemplo, temos The Reader (2008), The Boy in the Striped Pyjamas (2008), Valkyrie (2008), Defiance (2008, Good (2008) e Adam Resurrected (2008). O mais polémico destes será sobretudo O Leitor e por uma razão muito específica: Kate Winslet está nomeada para Melhor Actriz e poderá ganhar o galardão há muito ansiado, após cinco nomeações infrutíferas. Ainda para mais quanto todos os indicadores apontavam a sua nomeação por Revolutionary Road (2008), que foi injustamente afastado de todas as categorias principais e substituído por um sobre o Holocausto.
Realizado por Stephen Daldry, O Leitor foi surpreendentemente nomeado para cinco Óscares: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Fotografia, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Actriz. Mas a polémica surge por dizer-se por terras do Tio Sam que The Reader está a ser alvo de uma campanha contra a atribuição de qualquer prémio que o filme possa ganhar. A voz mais activa é a de Ron Rosenbaum, jornalista e autor de um livro sobre Hitler, que afirma que é o pior filme já feito sobre a temática e que tende a desculpar os nazis alemães. Podem conferir a opinião completa aqui.
Também pelo The Hollywood Reporter se diz que os estúdios "farejam" os prémios, com a ajuda destas temáticas e acusam-nos de se fazer valer de um evento trágico para ganhar dinheiro.
Para muitos é óbvia esta preferência. Remontamos, por exemplo, a 1994, quando Schindler's List (1993) ganhou sete, dos 12 Óscares para os quais estava nomeado ou em 1999, quando um filme falado em italiano, La Vita è Bella (1997) levou para casa três Óscares e esteve nomeado inclusive para a categoria de Melhor Filme. Coisa muito rara para um filme que não é falado em inglês. Já em 2003, The Pianist (2002) recebeu igualmente três Óscares e o ano passado, Die Fälscher (2007), que por cá estreou como Os Falsificadores, recebeu a estatueta dourada para Melhor Filme Estrangeiro.
Terá a Academia medo de represálias se não recompensar filmes sobre o Holocausto, com medo que a mais alta patente do Vaticano considere que estão a negar a existência do mesmo? Não nos parece plausível, mas a hipótese meramente rebuscada traria muito mais respostas do que as actuais.
Este ano foram vários, alguns deles ainda não estreados em Portugal. Só este ano por exemplo, temos The Reader (2008), The Boy in the Striped Pyjamas (2008), Valkyrie (2008), Defiance (2008, Good (2008) e Adam Resurrected (2008). O mais polémico destes será sobretudo O Leitor e por uma razão muito específica: Kate Winslet está nomeada para Melhor Actriz e poderá ganhar o galardão há muito ansiado, após cinco nomeações infrutíferas. Ainda para mais quanto todos os indicadores apontavam a sua nomeação por Revolutionary Road (2008), que foi injustamente afastado de todas as categorias principais e substituído por um sobre o Holocausto.
Realizado por Stephen Daldry, O Leitor foi surpreendentemente nomeado para cinco Óscares: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Fotografia, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Actriz. Mas a polémica surge por dizer-se por terras do Tio Sam que The Reader está a ser alvo de uma campanha contra a atribuição de qualquer prémio que o filme possa ganhar. A voz mais activa é a de Ron Rosenbaum, jornalista e autor de um livro sobre Hitler, que afirma que é o pior filme já feito sobre a temática e que tende a desculpar os nazis alemães. Podem conferir a opinião completa aqui.
Também pelo The Hollywood Reporter se diz que os estúdios "farejam" os prémios, com a ajuda destas temáticas e acusam-nos de se fazer valer de um evento trágico para ganhar dinheiro.
Para muitos é óbvia esta preferência. Remontamos, por exemplo, a 1994, quando Schindler's List (1993) ganhou sete, dos 12 Óscares para os quais estava nomeado ou em 1999, quando um filme falado em italiano, La Vita è Bella (1997) levou para casa três Óscares e esteve nomeado inclusive para a categoria de Melhor Filme. Coisa muito rara para um filme que não é falado em inglês. Já em 2003, The Pianist (2002) recebeu igualmente três Óscares e o ano passado, Die Fälscher (2007), que por cá estreou como Os Falsificadores, recebeu a estatueta dourada para Melhor Filme Estrangeiro.
Terá a Academia medo de represálias se não recompensar filmes sobre o Holocausto, com medo que a mais alta patente do Vaticano considere que estão a negar a existência do mesmo? Não nos parece plausível, mas a hipótese meramente rebuscada traria muito mais respostas do que as actuais.
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