Autor: Richard Yates
Editora: Civilização Editora
Páginas: 300
Dimensões: 155 x 235 mm
Tipo: Capa Mole
Richard Yates tem neste seu primeiro romance datado de 1961 um retrato cruel e estranhamente ainda actualizado da sociedade norte-americana. Uma espécie de tratado de promessas por cumprir, de sonhos não concretizados e uma tentativa de busca de um european dream, quando o americano não resultou.
A sua escrita é altamente descritiva, por vezes acusada de alguma monotonia, mas que ilustra bem a estagnação e o conflito de interesses vivido por um casal que, em suma, é um retrato de muitos dos casais que nos anos 50 viviam nos subúrbios dos Estados Unidos. Apesar de altamente dramático, com nuances ousadamente pesadas para um livro, Richard Yates acaba por revelar alguma ligeireza humorística e crítica na forma como aborda temas complexos como o adultério ou o aborto.
As personagens são aprofundadas minuciosamente permitindo revelar um Frank Wheeler que luta para sair daquele estado monótono de vida, sem grande sucesso e uma April Wheeler enigmática e bastante complexa, que luta contra os seus demónios interiores de uma forma altamente intensiva. Estas personagens são desenvolvidas num ambiente altamente ilusório, que irradia uma aparente felicidade, onde as personagens secundárias servem de contrabalanço às suas vidas, mas que no fim sofrem do mesmo mal conformista. Destas personagens secundárias, John Givings é a que mais se destaca, funcionando como uma espécie de consciência que revela uma tendência inconformista que acaba por influenciar o casal de protagonistas.
Relativamente ao filme homónimo, realizado por Sam Mendes, justificamos a adaptação como uma tarefa árdua dado o dramatismo e a teatralidade da história. É certamente um filme excelente, que não fica aquém do livro. Uma adaptação excelente, perfeitamente minuciosa, que serve como um transposição visual do livro.
Este Revolutionary Road inspira no leitor uma série de reflexões perturbadoras, um duelo entre o conformismo e o inconformismo, numa sábia e inteligente escrita de Richard Yates.
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A sua escrita é altamente descritiva, por vezes acusada de alguma monotonia, mas que ilustra bem a estagnação e o conflito de interesses vivido por um casal que, em suma, é um retrato de muitos dos casais que nos anos 50 viviam nos subúrbios dos Estados Unidos. Apesar de altamente dramático, com nuances ousadamente pesadas para um livro, Richard Yates acaba por revelar alguma ligeireza humorística e crítica na forma como aborda temas complexos como o adultério ou o aborto.
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Relativamente ao filme homónimo, realizado por Sam Mendes, justificamos a adaptação como uma tarefa árdua dado o dramatismo e a teatralidade da história. É certamente um filme excelente, que não fica aquém do livro. Uma adaptação excelente, perfeitamente minuciosa, que serve como um transposição visual do livro.
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