quinta-feira, 2 de julho de 2009

S1nais do Futuro, por Tiago Ramos



Título original: Knowing (2009)
Realização: Alex Proyas
Argumento: Ryne Douglas Pearson e Juliet Snowden
Elenco: Nicolas Cage, Chandler Canterbury e Rose Byrne

Logo no início de S1nais do Futuro é iniciado um debate entre o determinismo e a aleatoriedade, que denuncia de imediato o que a seguir se passa. E é baseado nesses pequenos pormenores supostamente interessantes que o argumento Ryne Douglas Pearson e Juliet Snowden se camufla de inteligência.



Realizado pelo cineasta egípcio Alex Proyas, autor de Dark City (1998) e I, Robot (2004), esperava-se uma película com alguma qualidade superior. O seu dedo encontra-se bem vinculado pois estamos perante uma obra graficamente espectacular, com efeitos visuais que transmitem veracidade ao argumento. E esse é, de facto, um dos maiores pontos de interesse do filme. Faz recordar, de certa forma, filmes como Signs (2002), numa perspectiva ainda mais sci-fi, ligando-se a questões de carácter mais prático como a numerologia ou a astrofísica.

O problema e que reduz o potencial do filme é a sensação de dejà vu que se espelha em obras com espírito apocalíptico, num argumento com demasiados clichés. O ambiente negro que mistura conceitos sobrenaturais, crenças religiosas e algum misticismo contrasta com o espírito de ficção científica. Mas a dada altura encontramos demasiadas lacunas que podemos encarar de duas perspectivas: ou são reveladoras de um trabalho fraco ou é uma tentativa de dar ao espectador espaço de manobra para reflexão.

Contudo a grande falha será a nível do elenco, com Nicolas Cage enquanto protagonista, que revela algum carisma, melhorando em relação a trabalhos anteriores, mas falta-lhe algum ímpeto e expressividade. Por outro lado são Chandler Canterbury e Rose Byrne quem brilha mais.


O final é um dos grandes calcanhares de Aquiles do argumento. Mas esse clímax já vinha por demais anunciado com os pequenos detalhes dos diálogos que se foram apresentando ao longo do argumento. Por outro lado deixa o espectador com a dúvida do motivo de tal fim. Reminiscências do Jardim do Éden ou do casal Adão e Eva? Talvez. Contudo, muitas lacunas ficam por responder. A maior é aquela com que o filme se iniciou. Qual a teoria correcta? Determinismo ou aleatoriedade? Essa nem S1nais do Futuro soube responder.

Classificação:

5 comentários:

  1. Cléber,
    Não considero assim tão mau. Dentro do género é aceitável, mas obviamente que podia ser melhor.

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  2. Concordo totalmente.
    São muitos os clichés do argumento,Nicolas Cage tenta mas não vai lá e também achei que o final pretendia representar Adão e Eva

    abraço

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  3. Jackie Brown,
    Tinha potencial para muito mais e penso que essa alusão ao Éden era obviamente propositada.

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  4. otimo, o melhor filme que eu já assistir
    sim e outra
    se quer assistir um filme verdadeiro
    compre um documentario!

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