Realização: Vadim Perelman
Argumento: Laura Kasischke e Emil Stern
Há uma diferença muito grande entre o título original e o título traduzido do novo filme de Vadim Perelman (realizador de House of Sand and Fog). Se o original The Life Before Her Eyes expõe de imediato o espectador ao objectivo do cineasta, a tradução Sem Medo de Morrer tenta de certa forma iludir o espectador, colocando-o perante uma obra pretensiosa e melodramática.
Primeiro volta a colocar em primeiro plano o síndroma da recordação de massacres do género de Columbine que os americanos parecem gostar de expor. Mas mais que uma obra sobre esse tema, é acima de tudo sobre a perda da inocência e as consequências das escolhas. O argumento oscila entre passado e presente em conjunto com as interpretações das protagonistas.
O problema maior é que o filme perde potencialidades de forma gradativa, com uma diferença considerável nas interpretações das protagonista. Uma Thurman perde-se demasiado na postura nostálgica e deprimida, num ambiente claustrofóbico, enquanto que Evan Rachel Wood consegue apresentar algum brilho e carisma.
O melhor do filme é a relação conturbada entre as personagens de Evan Rachel Wood e Eva Amurri, com algumas cenas mais interessantes e dramáticas. Pena que de facto, essas cenas sejam mínimas e que todo o filme se resuma à repetição exaustiva de 10 minutos de um flashback.
Pawel Edelman (nomeado para o Óscar de Melhor Fotografia por The Pianist) garante toda a excelente estética do filme, com um elevado bom gosto a nível fotográfico. Uma estética quase lírica a dados momentos, mas que curiosamente e em conjunto com o argumento do filme, potencia-o mais a um estatuto pretensioso. Esse pretensiosismo revela-se mais quando, inesperadamente e sem fundamento, insere uma moral anti-aborto ou quando adopta uma postura filosófica.
Sem Medo de Morrer vive de reviravoltas e do twist final que acaba por se revelar um pouco óbvio e que aumenta ainda mais o contraste entre o tom da narrativa.
Primeiro volta a colocar em primeiro plano o síndroma da recordação de massacres do género de Columbine que os americanos parecem gostar de expor. Mas mais que uma obra sobre esse tema, é acima de tudo sobre a perda da inocência e as consequências das escolhas. O argumento oscila entre passado e presente em conjunto com as interpretações das protagonistas.
O problema maior é que o filme perde potencialidades de forma gradativa, com uma diferença considerável nas interpretações das protagonista. Uma Thurman perde-se demasiado na postura nostálgica e deprimida, num ambiente claustrofóbico, enquanto que Evan Rachel Wood consegue apresentar algum brilho e carisma.
O melhor do filme é a relação conturbada entre as personagens de Evan Rachel Wood e Eva Amurri, com algumas cenas mais interessantes e dramáticas. Pena que de facto, essas cenas sejam mínimas e que todo o filme se resuma à repetição exaustiva de 10 minutos de um flashback.
Pawel Edelman (nomeado para o Óscar de Melhor Fotografia por The Pianist) garante toda a excelente estética do filme, com um elevado bom gosto a nível fotográfico. Uma estética quase lírica a dados momentos, mas que curiosamente e em conjunto com o argumento do filme, potencia-o mais a um estatuto pretensioso. Esse pretensiosismo revela-se mais quando, inesperadamente e sem fundamento, insere uma moral anti-aborto ou quando adopta uma postura filosófica.
Sem Medo de Morrer vive de reviravoltas e do twist final que acaba por se revelar um pouco óbvio e que aumenta ainda mais o contraste entre o tom da narrativa.
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