quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Passatempo Invictus


«Não lhes falem ao cérebro, falem-lhes ao coração.» — Nelson Mandela

Como todos bem sabemos, o desporto é um grande chamariz, uma fonte de igualdade e um catalisador de emoções.
Por isso mesmo a história de como uma equipa de segunda linha foi levada quase somente pela radical visão e esperança de Nelson Mandela ao título de campeã mundial e, mais do que isso, a formar um povo uno num país há muito dividido pelo Apartheid, só poderá ser uma história que apelará a todos os públicos.
Invictus é a história de como o desporto se tornou na melhor arma ao serviço da intenção política unificadora e apaziguadora de Nelson Mandela e de como o desporto, quando embuído de um significado maior, pode ser a fonte de uma reviravolta na História.

O filme que Clint Eastwood orquestrou a partir deste livro estreará em Portugal a 28 de Janeiro.
O filme tem facilmente conquistado a generalidade da crítica, além de ter finalmente correspondido às expectativas de uma larga fatia do público que vê Morgan Freeman como o único actor capaz de representar Mandela - afinal de contas, quando o actor e o vencedor do Nobel da Paz se encontraram, entenderam-se na perfeição.
A expectativa para os cinéfilos não podia ser maior.

Para vos abrirmos o apetite para este livro e para o filme que dele nasceu, deixamo-vos um pequeno extracto da introdução para que melhor compreendam aquilo que está aqui em causa.

Disse-lhe que a narrativa se centraria no drama particular de um determinado acontecimento desportivo. O desporto é um poderoso mobilizador das emoções das massas e um dos cadinhosonde melhor se moldam as percepções políticas (mais um aceno de cabeça, curto e decidido). Recordei-lhe alguns exemplos disto, como os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, os quais Hitler pretendia utilizar para promover a ideia da superioridade ariana — planos esses olimpicamente gorados por Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro —, ou Jackie Robinson, o primeiro negro a jogar na principal liga de basebol e que, com isso, iniciou uma viragem nas consciências que haveria de causar grandes mudanças sociais na América. Também lhe mencionei a inesperada vitória americana face à União Soviética em hóquei no gelo, em 1980, vitória essa tanto mais saborosa quanto foi disputada no solo pátrio.
Em seguida, recordei-lhe as palavras que ele próprio proferira um ano ou dois antes, ao atribuir um prémio de carreira a Pelé, a maior estrela do futebol brasileiro. Citei-lhas, lendo-as nos apontamentos que trazia comigo: «O desporto tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar e de unir as pessoas que pouco ou nada têm... e derruba barreiras raciais até com maior facilidade que os governos mais poderosos.»
Chegando, enfim, ao cerne da questão, disse-lhe que determinada partida em especial ultrapassara os exemplos que eu acabara de lhe referir. Foi uma partida em que convergiram todos os tópicos que eu lhe vinha referindo ao longo desta nossa conversa, uma partida que invocara, como que por magia, a «sinfonia da fraternidade» que enchera os sonhos de Martin Luther King, enfi m, um acon tecimento no qual convergiu tudo aquilo por que Mandela sofrera e se batera durante toda a sua vida. Referia-me à final do...
De repente, o seu sorriso iluminou a sala e, juntando as mãos como quem recorda uma ocasião de grande felicidade, completou a minha frase: «(...) do Campeonato do Mundo de Râguebi, em 1995!» O meu sorriso confi rmou as suas palavras e Mandela acrescentou: «Pois, pois... Perfeitamente! Vejo claramente o tipo de livro que tem em mente», disse com uma voz cheia, como se tivesse deixado de ter oitenta e dois anos para passar a ter quarenta anos a menos. «John, tem a minha bênção... de todo o coração!»

http://media.nj.com/stephen_whitty_on_movies/photo/invictus-movie-review-morgan-freeman-matt-damonjpg-2034969e567109b1_large.jpg

Para se habilitarem a ganhar um dos dois exemplares que a Editoral Presença está a oferecer, bastará que nos sugiram um casting alternativo para as duas personagens centrais deste filme.
O casting não terá qualquer género de restrições, mas deverá ser possível ao júri identificar os nomes sugeridos para substituir Morgan Freeman e Matt Damon.
Se acharem necessário acrescentar alguma explicação para esse fim, incluam-na, embora essa explicação não sirva de distinção para a escolha do júri.

As respostas mais interessantes serão premiadas. Boa sorte a todos!

Regulamento:
- O passatempo decorre até às 14:00 do dia 23 de Janeiro, sendo excluídas todas as respostas que chegarem depois desse prazo.
- Para participarem terão de enviar um email para splitscreen.passatempos@gmail.com. Esse email deverá conter, além das respostas às perguntas colocadas, o nome completo e a morada do participante.
- Os premiados serão escolhidos entre todos aqueles que apresentarem uma participação válida e a escolha será definitiva a menos que se apresente um caso de fraude.
- O nome dos vencedores será publicado neste blogue e os mesmos serão avisados por email.
- Só serão permitidas participações a residentes em Portugal e apenas uma por participante e residência.
- Os custos associados ao envio dos prémios ficará a cargo dos participantes.
- Em caso de não concordar com alguma destas regras, deverá abster-se de participar.

2 comentários:

  1. Há previsões para os resultados do passatempo anterior, À Beira do Abismo?
    Obrigada

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  2. No máximo até à próxima semana. Boa sorte. :)

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