Título original: Clash of the Titans
Realização: Louis Leterrier
Argumento: Travis Beacham e Phil Hay
Compreende-se agora melhor a razão pela qual Sam Worthington foi escolhido como uma das máquinas na saga Exterminador.
Ao fim do terceiro filme de acção consecutivo que podemos ver com ele - Exterminador Implacável: A Salvação e Avatar antecedendo este - podemos ver que Sam Worthington é como uma recuperação dos actores de acção que marcaram a década de 1980.
A verdade é que o actor tem o mesmo perfil daqueles que se supunham ter sido os últimos heróis de acção do cinema americano: o duro perfil cravado em rocha, a inabilidade para ir para lá de algumas frases que funcionem como chavões (mas que se podem inscrever na memória colectiva) e uma inabalável definição do seu carácter para o Bem.
Servindo a este papel não se pode dizer que ele seja a escolha errada, veremos como evolui.
Ao fim do terceiro filme de acção consecutivo que podemos ver com ele - Exterminador Implacável: A Salvação e Avatar antecedendo este - podemos ver que Sam Worthington é como uma recuperação dos actores de acção que marcaram a década de 1980.
A verdade é que o actor tem o mesmo perfil daqueles que se supunham ter sido os últimos heróis de acção do cinema americano: o duro perfil cravado em rocha, a inabilidade para ir para lá de algumas frases que funcionem como chavões (mas que se podem inscrever na memória colectiva) e uma inabalável definição do seu carácter para o Bem.
Servindo a este papel não se pode dizer que ele seja a escolha errada, veremos como evolui.
Porque é evidente que em filmes como este ele não mostrará - por não ter como nem com que o fazer - mais do que esta limitada canastrice.
Desta vez a culpa nem é de Louis Leterrier que, ao contrário do que fizera nos seus terríveis filmes anteriores, se mantém eficaz e sóbrio - mesmo com a esquizofrénica montagem que, ainda por cima em 3D, insiste em tornar tudo demasiado imperceptível.
Desta vez a culpa nem é de Louis Leterrier que, ao contrário do que fizera nos seus terríveis filmes anteriores, se mantém eficaz e sóbrio - mesmo com a esquizofrénica montagem que, ainda por cima em 3D, insiste em tornar tudo demasiado imperceptível.
A culpa é da narrativa atabalhoada, inconsistente e acelerada, para que tudo caiba no limite de 90 minutos que um filme destes exige.
Pleno de eventos precoces, de caminhos que não dão em nada, de personagens que estão lá para ocupar espaço e/ou morrer e de efeitos especiais que tudo enchem mas por pouco tempo - não vá o público ver ainda mais as deficiências dos mesmos - não se parece senão com um tosco entaramelar de ideias pobres deitadas sobre mitos intemporais.
Pleno de eventos precoces, de caminhos que não dão em nada, de personagens que estão lá para ocupar espaço e/ou morrer e de efeitos especiais que tudo enchem mas por pouco tempo - não vá o público ver ainda mais as deficiências dos mesmos - não se parece senão com um tosco entaramelar de ideias pobres deitadas sobre mitos intemporais.
Mais estranha do que a desarticulada narrativa, apenas a injustificada presença de Liam Neeson e Ralph Fiennes nesta embrulhada.
Se o segundo ainda dá - ou tenta - a cara e um pouco de alma atormentada aos maus efeitos que representam o seu deus, o primeiro (contradizendo o que eu disse em De Paris com Amor) está transformado numa ridícula versão barbuda de um Cavaleiro do Zodíaco.
Confronto de Titãs só não desgasta o espectador porque não tem duração para isso. É o benefício de terem despachado tudo a correr, evita que o espectador tenha de se demorar muito tempo no e para lá do filme.
Eu disse que o filme era um treta! Só o trailer ou a tentativa de reeditarem em 3D demonstrou o mainstream sem qualidade que o filme é!
ResponderEliminarAbraço
Cinema as my World
Eu, de facto, já ouvi dizer que além do filme não prestar, o 3D é praticamente inexistente.
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