quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mitologia de Fringe - parte II


Continuamos hoje o resumo sobre a mitologia de Fringe, desta vez abordando os dois mundos paralelos e as crianças (agora adultos) que foram sujeitos aos ensaios com Cortexiphan.

Os miúdos do Cortexiphan

No último episódio foi de novo abordada a temática dos ensaios com o Cortexiphan, desta feita de novo devido à capacidade especial de um dos sujeitos a teste.

Do grupo a que Olivia pertencia, sabemos que existiam mais 15 além dela. 2 deles (Nick Lane e James Heath) encontram-se em coma induzido na Massive Dynamics de modo a que se mantenham controlados após uma tentativa de activação. Outros 5 desse grupo (Miranda Greene, Lloyd Becker, Timothy Ober, Alan Derosa e Julie Heath) foram mortos por James Heath numa tentativa de atrasar a progressão do seu tumor através de uma troca de energias. As duas irmãs, Nancy Lewis e Susan Lewis/Pratt, também já apareceram no episódio The Road Not Taken, sendo que Nancy se encontra em paradeiro desconhecido e Susan morreu devido às suas capacidades pirocinéticas. Restam-nos, então, Cameron A., Tessa E., Rich N., Annie P., Lisa B. e Ken T.


Quanto a quem anda a tentar activar os elementos do grupo sabe-se pouco ou nada, apenas que devem ter conhecimentos que datam da altura dos ensaios com Cortexiphan, já que não foi mantida uma lista (ou pelo menos nenhuma de que Walter tenha conhecimento). A activação de Nick Lane foi feita por Isaac Winters a mando de Sanford Harris, mas sobre a de Heath não temos qualquer informação a não ser o facto de ter sido um indivíduo do sexo masculino. Sabe-se, contudo, que Sanford Harris reportou os acontecimentos com Nancy a um superior, possivelmente o cérebro por detrás de todas as tentativas de activação.

Agora, a grande questão continua a ser a mesma: qual o papel dos "Cortexiphan kids" no futuro do mundo? De acordo com o manual ZFT (Zerstörung durch Fortschritte der Technologie), o progresso científico e tecnológico levará ao Apocalipse, referindo também a existência de um mundo paralelo habitado por seres diferentes de nós, com uma História diferente (que por esta altura assumimos serem os shapeshifters). São então referidas as crianças como sendo o melhor recurso e os futuros soldados da guerra entre os dois mundos, devendo ser protegidas e preparadas, para mais tarde poderem proteger todos os restantes.


Depois de terminados os ensaios que lhes permitiram despertar e controlar as suas capacidades, as crianças voltaram às suas vidas normais tendo, contudo, mantido um certo perfil comum, como usar exclusivamente roupas escuras e misturar-se na comunidade mantendo quase sempre uma postura de protecção em relação aos restantes (Olivia no FBI, Greene como advogada que ajudava os casos em que as pessoas não tinham mais hipóteses e Becker no exército). Este perfil parece corresponder às instruções dadas ainda em Jacksonville, tal como o facto de não se recordarem das experiências por que passaram nessa fase. Citando Nick Lane:
Eu acho que eles queriam que nos esquecêssemos. Mas eu não consegui. Eu fiz o que eles nos disseram. Eu esperei, Olive. O soldado que aí vem é tanto natural como anti-natura. Eu esperei que me chamassem. Manténs-te em forma, manténs-te atento e manténs-te pronto. Eu usei os pretos e cinzentos. Eu misturei-me.



Os dois mundos

Apesar de o episódio desta semana abordar esta temática (pelo que possivelmente na próxima semana vou de novo falar nela), eis uma pequena contextualização do que já sabemos até agora.

Primeiro que tudo, o porquê de existir mais do que um mundo. Segundo Walter, por cada decisão que uma pessoa tem de tomar, de acordo com as várias opções que tinha, formam-se novos mundos onde a pessoa optaria por cada uma delas (ou seja, a pessoa acaba por ir por todas as opções, mas em mundos diferentes). Ora com isto se conclui que existirão infinitos mundos paralelos, portanto porquê o facto de na série apenas se abordarem dois mundos?


Bem, teorias existem, factos não, mas para quem estiver interessado a teoria mais divulgada é que na verdade o outro mundo que tem sido abordado até agora seria o mundo onde se deveria passar a "guerra". Contudo, com a intervenção de September, o observador, no momento em que o Walternate descobria a cura para Peter a "História" foi alterada, tendo Peter passado para o outro mundo. Qual a importância de Peter no meio disto tudo? Ainda está por explicar... Agora a verdade é que se esta teoria está correcta, então teremos um terceiro mundo, aquele de onde provêm os shapeshifters.

Diferenças assinaladas até agora entre os dois mundos:
  • no "outro" mundo Walternate é um pai ausente, ao contrário da forte relação que Walter mantinha com Peter (daí o facto de Walter estar sempre preocupado com Peter e este afirmar constantemente que ele era um pai ausente)
  • no mundo paralelo Manhattan chama-se Manhatan
  • durante o 11 de Setembro, em vez de terem sido atacadas as Torres Gémeas foi atacada a Casa Branca no mundo paralelo
  • John F. Kennedy continua vivo no outro mundo
  • o filme "Regresso ao Futuro" tem Eric Stoltz como actor principal, algo que poderia ter acontecido neste mundo se Michael J. Fox não tivesse sido preferido devido à sua popularidade mesmo após terem sido iniciadas as gravações com Stoltz
  • a doença de Peter demorou menos tempo a matá-lo neste mundo do que no outro, permitindo a Walter salvar o Peter do mundo paralelo
  • o Empire State Building servia como ancoradouro de dirigíveis nos anos 80

2 comentários:

  1. Belo artigo, sim senhor!
    Ainda não havia reflectido numa terceira realidade paralela.

    No entanto, ao ver o episódio sobre o Peter, este conduziu-me a uma nova questão rapidamente:
    Qual dos universos em Fringe é o universo-prime (o original)?

    É que começo a suspeitar que estas aventuras da série Fringe passam-se, e sim, já numa própria realidade alternativa. E com isso, poderia perfeitamente o outro universo ser o original (prime), se é até mais avançado (de onde Walter foi buscar um telemóvel nos anos 80) e era lá que o Observador se encontrava antes de desviar o curso dos acontecimentos nas duas realidades.

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  2. Sim, também já pensei nessa hipótese e está referida no post, de que os acontecimentos se deveriam passar no outro mundo. Contudo, caso se prove isso, a terceira realidade foi algo que os produtores disseram que não iria existir (têm afirmado constantemente que se vão resumir apenas a duas realidades).

    Por isso tenho esperança que o episódio de hoje tenha revelado alguma peça fundamental para se perceber esta questão. Senão paciência, espera-se mais algum tempo :) Mas a ideia que me dá é que falta ali uma revelação fundamental para percebermos de onde vêm os shapeshifters e que com isso tudo se comprenderá.

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