Título original: [REC] 2
Realização: Jaume Balagueró e Paco Plaza Elenco: Claudia Silva, Ferran Terraza, Manuela Velasco, David Vert e Jonathan Mellor
Sou um detractor de [REC] com a dose de animosidade que isso me valeu. Não encontrei nele nem sustos nem cinema, o que é o mesmo que dizer que não lhe encontrei nada.
Com esta sequela não sou tão afirmativo da minha percepção.
Com esta sequela não sou tão afirmativo da minha percepção.
Neste caso começam a surgir traços de personagens. O padre com uma missão, a própria rapariga Medeiros.
Não são sólidos nem suficientes para satisfazerem uma exigência cinematográfica, mas num filme que é todo ele um truque, de certa forma aceita-se que sejam ténues as suas presença.
Começam a ter uma história, começam a ter uma base onde se movimentar, mesmo que esta seja uma história vulgarizada ao longo dos anos que se limita a misturar elementos de dois géneros há muito instalados em definitivo no cinema de terror, mais exactamente desde que o final dos anos 1960 estreou a primeira obra de Romero e no início dos anos 1970 chegou O Exorcista.
Não são sólidos nem suficientes para satisfazerem uma exigência cinematográfica, mas num filme que é todo ele um truque, de certa forma aceita-se que sejam ténues as suas presença.
Começam a ter uma história, começam a ter uma base onde se movimentar, mesmo que esta seja uma história vulgarizada ao longo dos anos que se limita a misturar elementos de dois géneros há muito instalados em definitivo no cinema de terror, mais exactamente desde que o final dos anos 1960 estreou a primeira obra de Romero e no início dos anos 1970 chegou O Exorcista.
Isto não impede que a estrutura narrativa do filme seja fraca, moldada ao gimmick do filme em vez de abrir caminhos para ele.
Quero com isto dizer que, perante o assumir de uma forma de apresentar o filme, a narrativa teria de ser muito mais incisiva do que é.
Continua a haver um desleixo - embora menor quando comparado ao filme anterior - de quem escreve, desinteressados que estão da solidez do argumento quando o truque de câmara lhes garantirá a venda de bilhetes independentemente do trabalho feito a montante da filmagem.
Quero com isto dizer que, perante o assumir de uma forma de apresentar o filme, a narrativa teria de ser muito mais incisiva do que é.
Continua a haver um desleixo - embora menor quando comparado ao filme anterior - de quem escreve, desinteressados que estão da solidez do argumento quando o truque de câmara lhes garantirá a venda de bilhetes independentemente do trabalho feito a montante da filmagem.
Por outro lado é preciso reconhecer o esforço colocado na articulação dos momentos de câmara.
Embora se sujeite o olhar de cada momento às necessidades visuais, há pelo menos o esforço em fazer variar a perspectiva e multiplicar os caminhos por onde a câmara circula e a forma como ela é dominada pelo grupo que a maneja.
O problema desta montagem, a par com a tentativa de construção de uma história explicativa, está na forma como reduz o número e a variedade de sustos que atraíram o público ao primeiro filme e que, por isso mesmo, o podem agora afastar pela diferença operada.
Embora se sujeite o olhar de cada momento às necessidades visuais, há pelo menos o esforço em fazer variar a perspectiva e multiplicar os caminhos por onde a câmara circula e a forma como ela é dominada pelo grupo que a maneja.
O problema desta montagem, a par com a tentativa de construção de uma história explicativa, está na forma como reduz o número e a variedade de sustos que atraíram o público ao primeiro filme e que, por isso mesmo, o podem agora afastar pela diferença operada.
Claro que sobra a questão essencial sobre estes dois filmes, que sem o artifício da câmara na primeira pessoa, serem facilmente reduzidos - já com boa margem de manobra - a meia hora cada um.
Ou seja, com a possibilidade de isto se tornar numa trilogia, é provável que um único filme pudesse ter arrumado a questão de forma satisfatória e com uma (mais) fácil aceitação do gimmick.
Ou seja, com a possibilidade de isto se tornar numa trilogia, é provável que um único filme pudesse ter arrumado a questão de forma satisfatória e com uma (mais) fácil aceitação do gimmick.
Esta é uma daquelas famosas trilogias de 4... "Rec Genesis" (Plaza) e "Rec Apocalypse" (Balagueró) estão confirmados.
ResponderEliminarhttp://antestreia.blogspot.com/2010/10/rec2-por-nuno-reis.html
Nuno, pelo que eu entendo, trata-se de uma trilogia + prequela e não "trilogia de 4".
ResponderEliminarAchoo que ainda mais famosas são os dípticos transformados em trilogia por mera divisão de um filme ao meio.
;)