sábado, 28 de maio de 2011

Finisterrae, por Carlos Antunes


Título original: Finisterrae
Realização: Sergio Caballero Lecha
Argumento: Sergio Caballero Lecha
Elenco: Pau Nubiola, Santi Serra e Pavel Lukiyanov


O Fantástico como elemento de estranheza no seio do naturalismo. Um elemento de estranheza que se tornará, finalmente, familiar e acolhedor.
Assim é Finisterrae, um filme que está disposto a dar uma história a sentir, a de dois fantasmas no Caminho de Santiago para recuperarem a vida.
Sem efeitos, há uma abertura de possibilidades ao que o espectador pode percepcionar. É o percurso que importa, com cada uma das etapas a constituir um belo quadro para o qual se olha e nele se projecta o entendimento e o sentimento próprio mais do que se retira algo que o realizador tenha querido tornar evidente.
Cada paragem é a nossa realidade transformada num evocativo lugar de mistério, transformador da nossa crença sensorial.
Há aqui traços de ironia para com a religiosidade e há, até, uma espécie de confronto de um dos fantasmas com outros elementos fantásticos com quem se cruzam.
No entanto, não há convencionalidade que ajude os espectadores menos aptos para este filme que é memorável ou não fosse este, também, um dos filmes mais brilhantemente fotogrados que vão poder ver.




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