Título original: A Letter to Elia
Realização: Kent Jones e Martin Scorsese
Argumento: Kent Jones e Martin Scorsese
Elenco: Martin Scorsese e Elia Kazan
Uma carta é sempre uma oportunidade para que quem a escreva fale de si próprio, até mesmo para que compreenda aquilo que não conseguiria expressar de outra forma.
Esta carta é dessas, uma forma de Martin Scorsese revelar como o cinema de Elia Kazan o formou como ser humano muito antes de o formar como cineasta.
Filho de um bairro de emigrantes italianos e de uma cultura fechada, onde os homens não expressavam emoções, Scorsese revela que através de Kazan e das figuras que ele dirigiu - Marlon Brando em Há Lodo no Cais, James Dean em A Leste do Paraíso e Montgomery Clift em Quando o Rio se Enfurece - aprendeu que há emoção no masculino.
Filmes que olhavam o microcosmos de que Scorsese fazia parte e que traduziam o que um jovem não sabia dizer sobre, por exemplo, a relação que tinha com irmão.
Como uma carta, é um filme que não tem medo de ser parcial e incompleto. Depende somente da vontade de Scorsese, que viria a ser amigo de Kazan e que aqui o defende, mesmo depois de lhe apontar o dedo.
Tendencioso, sim, mas não cego. Este olhar de Scorsese para Kazan e do espectador para Scorsese é uma obra elucidativa sobre o cinema e sobre a existência.
A par do restante que o realizador tem feito na divulgação e preservação do cinema, vem confirmar Scorsese como moderna figura paterna e protectora do significado do Cinema.
Esta carta é dessas, uma forma de Martin Scorsese revelar como o cinema de Elia Kazan o formou como ser humano muito antes de o formar como cineasta.
Filho de um bairro de emigrantes italianos e de uma cultura fechada, onde os homens não expressavam emoções, Scorsese revela que através de Kazan e das figuras que ele dirigiu - Marlon Brando em Há Lodo no Cais, James Dean em A Leste do Paraíso e Montgomery Clift em Quando o Rio se Enfurece - aprendeu que há emoção no masculino.
Filmes que olhavam o microcosmos de que Scorsese fazia parte e que traduziam o que um jovem não sabia dizer sobre, por exemplo, a relação que tinha com irmão.
Como uma carta, é um filme que não tem medo de ser parcial e incompleto. Depende somente da vontade de Scorsese, que viria a ser amigo de Kazan e que aqui o defende, mesmo depois de lhe apontar o dedo.
Tendencioso, sim, mas não cego. Este olhar de Scorsese para Kazan e do espectador para Scorsese é uma obra elucidativa sobre o cinema e sobre a existência.
A par do restante que o realizador tem feito na divulgação e preservação do cinema, vem confirmar Scorsese como moderna figura paterna e protectora do significado do Cinema.
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